As dificuldades na inclusão da mulher no esporte
O Tema de Redação da Semana 4 já está liberado! Quer saber qual é? Confira abaixo o tema e a proposta de redação, com a coletânea de textos, para você treinar a sua escrita e garantir uma boa nota do vestibular!
Vai ficar de fora? Confira o tema As dificuldades na inclusão da mulher no esporte
Confira, abaixo, a proposta de redação.
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema As dificuldades na inclusão da mulher no esporte, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Não foi fácil para a seleção voltar da Copa América Masculina de Basquete, realizada na Cidade do México, em setembro de 2015, com apenas uma vitória na mala, eliminada na primeira fase. Mas o jogador estreante Ricardo Fischer, 1,85m, pelo menos pôde descansar as pernas. Estava na classe executiva de um voo da American Airlines com seus companheiros. Três semanas antes, Karina Jacob, 1,85m, retornara de Edmonton, no Canadá, com o quarto lugar da Copa América na bagagem. Mas ela, como as demais jogadoras da seleção feminina, teve de encarar os mais de 10 mil quilômetros da viagem em classe econômica mesmo.
A diferença no modelo da poltrona do avião em que sentam homens e mulheres do basquete é apenas o reflexo de uma política pública esportiva nacional que por regra privilegia o gênero masculino. Isso vale na análise de elementos tão distintos quanto a proporção de mulheres entre os contemplados pelo Bolsa Atleta (principal mecanismo de apoio ao esporte a partir da base) ou entre número de pessoas que ocupam cargos de poder no esporte. Essas estatísticas obviamente estão relacionadas.
“É uma questão que remete às origens do esporte olímpico contemporâneo, quando as mulheres foram impedidas de fazerem parte. Historicamente o esporte é visto como espaço de poder masculino, tanto do ponto de vista da prática esportiva, quanto da gestão”, opina Katia Rubio, professora da Escola de Educação Física da USP com 23 livros publicados nas áreas de psicologia do esporte e estudos olímpicos.
Toda a estrutura de poder que definiu as transferências voluntárias de recursos do governo federal ao basquete, priorizando a seleção masculina, é formada por homens. Começa no ministro do Esporte, George Hilton, e no presidente da Confederação Brasileira de Basketball, Carlos Nunes, passando pelos seus subordinados Vanderlei Mazzuchini (diretor de seleções), Marcos Jorge Lima (secretário-executivo do Ministério) e Ricardo Leyser (secretário de Esporte de Alto Rendimento). Também os técnicos das seleções masculina e feminina e todos os membros do primeiro escalão do ministério são homens.
Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/reportagem/2015/11/13/ Rumo-à-Olimp%C3%ADada-elas-treinam-com-o-dinheiro-que-sobra
TEXTO II
Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/reportagem/2015/11/13/ Rumo-à-Olimp%C3%ADada-elas-treinam-com-o-dinheiro-que-sobra
TEXTO III
Richard Keys: “Parece que é uma mulher que vai bandeirar hoje, de acordo com Steve, o cameraman.”
Andy Gray: “Uma mulher bandeirinha?”
Richard Keys: “Foi o que ele [cameraman] disse. Ele falou que ela é boa. Mas não sei se a gente pode confiar.”
Andy Gray: “Eu não confiaria. O que as mulheres sabem de impedimento?”
Essa conversa entre o narrador Richard Keys e o comentarista Andy Gray, ambos da Sky Sports, da Inglaterra, aconteceu no último dia 22, antes da transmissão do jogo entre Wolverhampton e Liverpool, pelo Campeonato Inglês. Os dois estavam se referindo a Sian Massey, que iria “bandeirar” a partida. Sem saber que o microfone estava aberto, foram flagrados e o vídeo do diálogo vazou na internet. Andy Gray, que estava desde 1992 na Sky Sports e era um dos comentaristas mais famosos do país, foi sumariamente demitido. Richard Keys renunciou ao cargo.
Esse episódio inglês é mais um caso de preconceito contra as mulheres. O machismo continua sendo um dos problemas sociais da atualidade. Segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística), publicada em março de 2010, as mulheres ganham 72,3% do salário de um homem que ocupa o mesmo cargo e possui a mesma escolaridade ou menos.
O futebol é apenas mais um campo onde o machismo ainda persiste. O esporte mais praticado entre os homens em todo o mundo é um campo tradicionalmente machista, seja dentro das quatro linhas ou nas cabines de transmissão dos estádios. A Trivela foi ouvir mulheres que trabalham com o futebol para conhecer melhor essa realidade.
Disponível em:http://trivela.uol.com.br/mulheres-ainda-enfrentam-machismo-velado-no-futebol/
TEXTO IV
A seleção brasileira possui um novo goleador. Ou melhor, uma goleadora. Na noite desta quarta-feira, a craque Marta anotou três gols no primeiro tempo do amistoso contra Trinidad e Tobago, chegou a 98 com a camisa amarela e superou ninguém menos do que Pelé, autor de 95 gols durante a vitoriosa carreira de tricampeão mundial.
No amistoso disputado nesta quarta-feira, em Natal, que terminou com uma incrível goleada por 11 a 0, Marta comandou a seleção brasileira no setor ofensivo. A exibição da ‘Rainha’ começou com os três primeiros gols da goleada – Beatriz anotou o quarto tento.
No segundo tempo, a camisa 10 ainda anotou, de fora da área, o seu quarto gol no massacre da seleção brasileira. Marta ainda balançou a rede pela quinta vez antes de deixar o duelo para a entrada de Raquel, aos 15min da etapa final.
Além do fato de bater a marca obtida pelo Rei, o amistoso desta quarta-feira ficará marcado de maneira especial por outro fator. Diante de Trinidad e Tobago, Marta vestiu pela 100ª vez a camisa da seleção brasileira.
Marta, assim, quebra mais uma marca importante na carreira. A camisa 10 sustenta o posto de atleta mais laureada da história do futebol feminino: foram cinco troféus de Melhor Jogadora do Mundo; o último veio em 2010. No ano passado, a craque terminou com a segunda colocação.
Disponível em: http://espn.uol.com.br/noticia/ 563554_marta-supera-pele-e-vira-a-maior-artilheira-da-historia-da-selecao