Não é novidade pra ninguém que nos tempos atuais todos nós, seres humanos, nos tornamos completamente dependentes dos
satélites artificiais.
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E tudo começou com esse aí... Sputnik 1, o primeiro satélite![/caption]
E quem são eles? Bom, existem satélites para uma série de diferentes fins. Tem os
meteorológicos (usados para ajudar a prever o tempo), os de
comunicações (que retransmitem dados de telefone e conversação – sim, suas mensagens do
whatsapp), de
transmissão (similar aos de comunicação, que enviam dados de televisão),
científicos (como o Hubble, da NASA, o mais
pop de todos), de
navegação (alguém aqui já tentou ir pra Bangu sem GPS?) de
resgate (que devia estar quebrado quando o avião caiu na Ilha de LOST), de
observação terrestre (examinam a Terra pra ver se os Homens estão destruindo tudo mesmo ou se tá ok) e os
militares (que são tão secretos que a gente nem sabe o que que rola lá dentro).
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Você nem imaginava que tudo isso era satélite, uh?[/caption]
Como eles são lançados e como ficam lá, parados, orbitando, o pessoal da
Física pode explicar melhor, mas a nossa pergunta aqui é: como eles funcionam?
Basicamente, para você conseguir assistir
Friends no almoço ou enviar uma simples mensagem no
whatsapp, a sua mensagem – em forma de
sinal - é enviada pra um satélite, que a lê no
transponder, numa determinada
frequência. Esse
transponder
amplifica o sinal e o
retransmite pra Terra em outra frequência.
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É assim que seu sinal de internet chega também! =)[/caption]
Tá, mas como? Que sinal é esse? Que frequência é essa? E como assim amplifica e retransmite?
E aí, vamos lembrar de uma ondinha chamada
senóide.
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Oi, eu sou o seno de x![/caption]
Lembra dela, da Trigonometria? A senóide (ou Função Seno) também pode ser escrita como:

Onde é a frequência angular dessa senoide, que designa, basicamente, como vão ser as curvas dessa onda.
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Essas são ondas de frequências diferentes. A verde, por exemplo, é mais “juntinha” que a vermelha, tem frequência maior.[/caption]
Então, acontece que esses sinais que são enviados (e viram nossas mensagens, nossas posições de GPS e nossa previsão do tempo) tem uma forma parecida com essa aí. Só que mais complicadinha. Eles são um
somatório de senóides. É um sinal todo esquisito que chega lá no transdutor que, por sua vez, tem que ajeitar o sinal e deixa-lo bonitinho pra que ele seja processado e enviado de volta, na retransmissão.
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Esse é um tipo de sinal esquisito. Concorda? :b[/caption]
E quem faz isso? A Matemática! Na verdade, uma ferramenta Matemática chamada
Transformada de Fourier.
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Essa é Série de Fourier, que a gente usa pra calcular a Transformada.[/caption]
Resumidamente falando, a Transformada de Fourier pega aquele sinal esquisito lá e separa-o em várias senoides lindinhas, como aquela da figura. E aí a gente consegue ver as frequências delas, aumenta-las, e manda-las de volta (e aí, ufa! Você conseguiu postar aquela foto no
instagram!)
Aposto que você nunca tinha parado pra pensar que a Trigonometria te ajuda a assistir
Friends, programar um fim de semana na praia e dar um “curtir” no Facebook, né? ;)
OBS 1: Esse texto foi escrito de forma bastante sintetizada, aproximando uma série de etapas do Processamento de Sinais, apenas pra ficar mais claro – e menos chato - pra todo mundo! ;)
OBS 2: Quem estiver realmente interessado no assunto e quiser saber mais detalhes,
aqui tem um livro, disponibilizado gratuitamente pelos autores, sobre Processamento de Sinais. Muito legal! =)