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Redação: O texto – Pressupostos da Escrita e da Leitura

Acesse os materiais de aula ao vivo e lista de exercícios de Redação, sobre Pressuposto da Escrita e da Leitura, e prepare-se para o vestibular.

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Prepare o caderno, o lápis e as canetas: hoje tem aula com o de Redação com o professor mais fofo desse Brasil! icon biggrin Redação: Pressupostos da Escrita e da Leitura
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Redação: Pressupostos da Escrita e da Leitura

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Material de Aula ao Vivo

 

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A REDAÇÃO NO VESTIBULAR
O que é a redação? Esse substantivo é derivado do verbo redigir; de acordo com o dicionário Aurélio, o vocábulo redigir vem do latim redigere e significa, entre outras especificações, “escrever com ordem e método”. Essa definição vem bem ao encontro da proposta deste curso: permitir que os alunos adquiram e absorvam, de forma plena e integrada, conhecimentos gerais acerca das técnicas de redação existentes e aplicáveis na ocasião do exame vestibular. Em outras palavras, objetivamos fazer com que o aluno/candidato possa, ao fim do curso, ter ampla consciência acerca do que está sendo passado para o papel. Essa consciência, com toda a certeza, será fundamental para que o texto (ou as respostas das provas discursivas, se houver) seja bem apreciado pela banca corretora do vestibular. Mais profundamente, é fato que nosso aluno estará sendo preparado também para a vida…
Já que mencionamos o vestibular, cabe lembrar aqui que, comumente, a prova de Redação é realizada por todos os candidatos com pontuação “uniforme”, ou seja, não há distinções no que diz respeito ao valor da prova para um candidato na área de Humanas ou de Biomédicas, por exemplo. Essa tarefa é vista pelas comissões de vestibulares como essencial à classificação de um aluno, uma vez que, justamente por não possibilitar a existência de um “gabarito”, acaba por medir alguns aspectos da subjetividade humana. Dito de outro modo, a redação é a prova mais útil para a banca no sentido de “conhecer”, mesmo que de modo bastante restrito, a capacidade de reflexão do candidato. Sobre esse aspecto, falaremos em outro módulo.
 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1. 1. CONCEITO DE TEXTO:
Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o conceito de texto é bastante amplo. Ao utilizarmos o referido vocábulo, imediatamente imaginamos uma folha de caderno pautado, com suas linhas preenchidas a caneta ou a lápis. Visão equivocada ou, para dizer o mínimo, limitada. Deve-se definir texto como um todo, divisível ou não em partes, construído em determinada linguagem e que produz sentido completo para um “leitor” – em dada situação. Para maior entendimento, seguem alguns comentários pertinentes:
a) Entenda-se por “situação” o contexto em que o “leitor” está inserido. Pode ser uma sala de aula, uma festa ou uma reunião de negócios, por exemplo.
b) O “leitor” é qualquer indivíduo que se encontra em uma situação na qual ocorre a emissão de uma mensagem – não necessariamente escrita.
c) A referência à linguagem remete a qualquer forma de comunicação: palavras, olhares, gestos, sons, cores, símbolos, entre outros.
d) É imperativo que todos esses elementos associados produzam sentido, isto é, possam ser entendidos por alguém – no caso, o leitor.
Pela definição apresentada, até mesmo um sinal luminoso com o farol vermelho indicado pode ser concebido como texto. Isso ocorre, porque se trata de uma unidade (todo), construída em linguagem visual (cor vermelha, no caso), produzindo sentido (“PARE”) para o “leitor” (o motorista) no contexto adequado ao entendimento, que é o do tráfego de veículos.
Podemos inferir, desse modo, que àquela noção comum de texto, somam-se outras muito mais amplas. Esse é o motivo por que, no momento em que nos propomos a aprender técnicas de Interpretação textual, não podemos estar presos a uma visão restrita, anacrônica, segundo a qual são analisados apenas textos de grandes autores como Machado de Assis e Manuel Bandeira. Devemos ampliar ao máximo nossos horizontes, procurando fazer estudos a partir de textos jornalísticos, orais, ou até mesmo não-verbais e híbridos. Aliás, essa última referência tem se apresentado como uma das maiores tendências dos atuais vestibulares: a cobrança da correta leitura de charges, tirinhas em quadrinhos, fotografias e até mesmo pinturas. Por exemplo, o vestibular já testou a capacidade de apreensão dos sentidos de uma fotografia de Sebastião Salgado no contexto de uma guerra civil e, na mesma linha, o Exame Nacional do Ensino Médio – o ENEM – já formulou questões utilizando telas do mestre cubista Pablo Picasso.
1.2. O TEXTO:CLASSIFICAÇÕES
Embora as classificações de texto sejam inúmeras, vamos iniciar nossos estudos trabalhando duas divisões bastante simples: quanto à forma e quanto ao conteúdo.
a. Quanto à forma, os textos podem ser classificados como textos verbais (construídos com palavras, no sentido estrito do termo); não-verbais (imagens e símbolos são utilizados em sua confecção) e híbridos (associação entre palavras e imagens).
b. No plano do conteúdo, são divididos em literários (ou artísticos) e não-literários (ou técnicos). Abaixo, temos um exemplo de texto híbridonão-literário, retirado de um site da Internet.
O texto - Pressupostos da Escrita e da Leitura
 
2. PRESSUPOSTOS DA ESCRITA, DA LEITURA E DA INTERPRETAÇÃO
Um pressuposto é uma circunstância ou fato considerado como antecedente necessário de outro. Dito de outro modo, trata-se da base necessária ao aprendizado de determinado conteúdo. Apresentaremos agora os pressupostos a serem apreendidos, ao longo do curso, pelos alunos que pretendem ler, interpretar e, principalmente, escrever bem. Vamos a eles!
2.1. DOMÍNIO DA LINGUAGEM:
Você já deve ter se deparado, em sua vida, com inúmeras situações em que era necessário expressar-se de forma clara, precisa e gramaticalmente correta. Pode ter sido na apresentação de um trabalho na feira de ciências de seu colégio ou em algum discurso de homenagem aos pais. Por outro lado, também ocorreram situações – mais numerosas até – em que a utilização de uma linguagem muito rebuscada poderia fazer você soar “pedante” frente a outras pessoas. É o que aconteceria em reuniões com os amigos, por exemplo. Em todas essas situações, você foi exigido no que diz respeito ao nível de linguagem a ser empregado. Na verdade, não existe um uso de linguagem essencialmente adequado. A escolha do nível aplicável dependerá, fundamentalmente, das circunstâncias em que o “falante” estiver inserido. Nesse sentido, vale a pena analisarmos os principais níveis de linguagem existentes – todos já “cobrados” no vestibular.
A. Registro Formal, que se subdivide em registro erudito e registro culto.
B. Registro Informal, subdividido em uso coloquial e uso vulgar (ou inculto).
A classificação apresentada não é suficientemente completa para que se analise a linguagem em seus diversos usos; podem aparecer outros níveis (ou variações) como a linguagem regional, a familiar e a especializada, própria de determinados grupos de pessoas que se associam sob o escopo técnico.

2.2. CONHECIMENTO DE MUNDO:
Se, de um lado, é necessário dominar a linguagem – referente à forma do texto – para que possamos ler e interpretar bem ou nos expressar do modo mais adequado, por outro lado isso de nada adiantará se não tivermos o conhecimento e as referências necessárias para que aquilo que existe sob o plano formal possa fazer sentido para nós. Em outras palavras, devemos possuir também o conteúdo necessário à apreensão das informações. Nesse momento, um provável questionamento invade sua mente: “- O que é conteúdo? Como obtê-lo? Eu já não o possuo?”. Tais dúvidas são legítimas a partir do que foi colocado. Assim, vamos às respostas.
Em primeiro lugar, deve-se considerar conteúdo todo o conhecimento que pode ser utilizado no entendimento ou na escritura de um texto. Desde as referências mais banais (reconhecer os “mecanismos” utilizados para que se possa atravessar uma rua em segurança, por exemplo) até as mais sofisticadas (compreender o que são alimentos transgênicos, a fim de se aprofundar a discussão sobre a sua comercialização).
Em segundo lugar, os meios de obtenção desse conhecimento já devem ter sido inferidos por você. Ora, qualquer indivíduo que interaja com a sociedade, assistindo à televisão ou batendo papo com os amigos, passa a ter um acúmulo de conhecimento mínimo, cotidiano, o que por si só já pode ser utilizado. A complementação mais técnica pode ser obtida de diversas formas: na escola/universidade, com a leitura de jornais, revistas e, principalmente, livros e através das mais diversas mídias, com o cinema e a Internet hoje ocupando posições de destaque.
Por fim, a última grande dúvida: você já possui esse conhecimento? A resposta é sim e não. “Sim”, porque você chegou ao ano do vestibular com méritos, tendo absorvido uma gigantesca carga de conhecimento. “Não”, porque, sem dúvida alguma, diversos aspectos que você terá que dominar ainda serão ministrados, e nossas aulas – com discussões e aprofundamentos temáticos – visarão ao preenchimento dessa “lacuna”.
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (FUVEST) “A princesa Diana já passou por poucas e boas. Tipo quando seu ex-marido Charles teve um love affair com lady Camille revelado para Deus e o mundo.”
(Folha de S. Paulo, 05/11/93)
No texto acima, há expressões que fogem ao padrão culto da língua escrita.
a) Identifique-as.
b) Reescreva-as conforme o padrão culto.
 
2. (PUC) O texto abaixo reproduz a fala de um professor universitário em uma aula sobre administração de empresas. Mantendo todas as informações dadas, transforme essa fala em um texto adequado à modalidade escrita, em registro formal.

“[…] Tem uma distinção hoje… bastante grande… entre a figura do proprietário e a figura… hã…do administrador… não significa que o proprietário não… possa administrar sua empresa… né… mas ele deve administrar ela de acordo com técnicas gerenciais […]”

(Fragmento extraído e adaptado de Callou, D. (org.) A linguagem falada culta na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UFRJ, 1991)
Obs.: As reticências marcam pausas no fluxo da fala.
3. Estabeleça a devida correspondência entre os períodos/versos abaixo e os tipos de linguagem indicados a seguir:
a) Erudita
b) Familiar
c) Regional
d) Gíria
e) Especializada
( ) O trombadinha quase sempre se dá bem; o paquera apanha quando mexe com alguém. (trecho de samba-enredo)
( ) P’rá cavalo ruim, Deus bambeia a rédea. (Guimarães Rosa)
( ) Mas pois vós, Senhor, o quereis e ordenais assim, fazei o que fordes servido. (Padre Antônio Vieira)
( ) A jurisprudência, associada aos preceitos da Magna Carta, revela-se aplicável à lide; por isso, o Ministério Público sugere a absolvição do querelado.
( ) – Onde é que você viu tanta galinha, Alzira? Ficou maluca? – e minha mãe sorriu, balançando a cabeça. (Fernando Sabino)
 
 
 

GABARITO

1. a) “Por poucas e boas”; “tipo”; “para Deus e o mundo”.
b) “A princesa Diana já passou algumas situações difíceis. Por exemplo, seu ex-marido Charles teve um love affair com lady Camille revelado para toda a sociedade.”
2. “Há uma distinção hoje bastante grande entre a figura do proprietário e a do administrador. Isso não significa que aquele não possa administrar sua empresa, mas deve fazê-lo de acordo com técnicas gerenciais […]”
3. D/C/A/E/B

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