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Hipermetropia: o que é, causas e resumo

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Esse texto é para você que não enxerga muito bem de perto.

Condição do olho humano em que a luz é focada na parte posterior da retina, em vez da própria retina. Isto faz com que a pessoa veja desfocados os objetos a curta distância, enquanto os objetos distantes são vistos normalmente. À medida que a condição se agrava, é possível que se comece a ver os objetos desfocados a qualquer distância. É um tipo de erro refrativo.

Entre outros sintomas comuns da hipermetropia estão dores de cabeça e astenopia (termo geralmente utilizado para descrever queixas relacionadas a erros de refração). Além disso, desequilíbrio do músculo ocular, incluindo dor ao redor dos olhos, ardência e coceira nas pálpebras e fadiga ocular. Algumas pessoas podem também manifestar disfunção de acomodação, disfunção binocular, ambliopia e estrabismo. É um tipo de erro refrativo.

1. O que é hipermetropia?

Este defeito consiste em um encurtamento do bulbo do olho na direção anteroposterior. O olho hipermetrope, embora acomode a visão para objetos impróprios, o faz com algum esforço. Em condições de músculos ciliares relaxados, a um objeto no “infinito” ele conjuga uma imagem real, situada depois da retina. Com a intervenção dos músculos, porém, ocorre a acomodação e a visão de objetos longínquos torna-se perfeita.

Na hipermetropia o problema não reside na observação de objetos muito afastados, mas na visão de objetos próximos. O ponto próximo do olho hipermetrope situa-se mais distante do olho que o ponto próximo do olho normal.

Figura 01. Corte do olho humano.

Fonte: Tópicos de Física – Vol. 2 – Termologia, Ondulatória e Óptica – 19ª ed. 2012.

2. Os princípios básicos da óptica geométrica na acomodação visual

Para que as imagens conjugadas pelo sistema óptico do bulbo do olho sejam nítidas, elas devem formar-se sobre a retina, cuja distância em relação à lente é constante — em média, igual a 15 mm. Assim, a distância da imagem projetada no fundo do olho em relação à lente é invariável, o que acarreta a constância da abscissa p'. Já os objetos visados por um observador estão a diferentes distâncias de seu olho, o que implica a variância da abscissa p.

Considerando a função dos pontos conjugados:

você pode observar que a constância de p' e a variância de p provocam a variância de f, que é a distância focal da lente.

A partir do que foi exposto, depreende-se que a lente (que opera de modo praticamente elástico) tem distância focal variável, de acordo com as variações da distância do objeto ao olho. A variação da distância focal da lente é feita pelos músculos ciliares, por meio da maior ou da menor compressão destes sobre ela. Esse processo de ajuste da distância focal do sistema óptico do bulbo do olho à visão nítida de objetos diferentemente afastados é denominado acomodação visual.

A acomodação visual possibilita ao bulbo do olho a conjugação de imagens nítidas para objetos situados dentro de certo intervalo da reta visual, que é denominado intervalo de acomodação e se estende desde o ponto remoto até o ponto próximo.

  • Ponto remoto (PR): É o ponto objeto para o qual a vista conjuga imagem nítida sem nenhum esforço de acomodação. Nesse caso, os músculos ciliares mostram-se relaxados e a lente assume máxima distância focal.
  • Ponto próximo (PP): É o ponto objeto para o qual a vista conjuga imagem nítida com máximo esforço de acomodação. Nesse caso, os músculos ciliares mostram-se contraídos e a lente assume mínima distância focal. A distância do ponto próximo ao olho é denominada distância mínima de visão distinta.

Destaquemos que, para o olho normal (ou emétrope), o ponto remoto se localiza no “infinito”, enquanto o ponto próximo se situa, aproximadamente, a 25 cm do olho — um valor que varia com a idade.

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3. Como corrigir a anomalia visual?

A correção é feita com o uso de lentes convergentes, que aumentam a vergência do sistema ocular:

Figura 02. Correção da hipermetropia com lentes convergentes.

Fonte: Tópicos de Física – Vol. 2 – Termologia, Ondulatória e Óptica – 19ª ed. 2012.

As lentes corretivas devem conjugar a um objeto real situado no ponto próximo normal (PPN) a 25 cm do olho, em média) uma imagem virtual, localizada no ponto próximo hipermetrope (PPH). Essa imagem comporta-se como objeto real para o sistema óptico do bulbo do olho.

Sendo dN a distância mínima de visão distinta do olho normal e dH a distância mínima de visão distinta do olho hipermetrope, a distância focal (e a vergência) da lente de correção fica determinada aplicando-se à situação do esquema anterior a função dos pontos conjugados (Equação de Gauss):

Equação de Gauss

É importante observar que:

  • As lentes convergentes corretivas da hipermetropia são “positivas”, isto é: f > 0 e V > 0.
  • No dimensionamento da distância focal (e da vergência) apresentado na página anterior, foi desprezada a distância entre a lente corretiva e a lente ocular.
  • Na aplicação da Equação de Gauss, fizemos p' < 0, porque a imagem conjugada pela lente corretiva é virtual.

Observação: O tratamento consiste na utilização de óculos ou lentes de contato ou na correção cirúrgica. Embora os óculos sejam o método de correção mais simples, as lentes de contacto oferecem um maior campo de visão. A correção cirúrgica consiste na alteração da forma da córnea.

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