A gestão empresarial é necessária em qualquer modelo de negócio. É por meio de uma boa administração, que organizações conseguem atingir seus objetivos.
Nem é preciso dizer que quando a gestão de negócio não é eficiente e eficaz, a empresa tem sérias dificuldades pra se manter competitiva e até mesmo sobreviver, não é?
O mercado é acirrado e a concorrência é pesada. Então, a gestão de empresas deve ter as ferramentas, as estratégias e o capital humano certo como suporte pra conseguir promover um crescimento sustentável da organização e fortalecê-la como um grande player do mercado.
O que acha de saber um pouco mais sobre gestão empresarial e sobre o que faz um profissional da área? Vem que tem coisa boa pra aprender!
O que é gestão empresarial?
Gestão empresarial é um processo que envolve um conjunto de conhecimentos, competências, ferramentas, metodologias e estratégias usadas pra conduzir um negócio a fim de encontrar os melhores resultados pras organizações.
Esses melhores resultados são vantagens e:
- agilidade nos processos;
- aumento de produtividade;
- mais vendas;
- mais clientes;
- aumento do faturamento;
- expansão do negócio;
- redução de custos;
- fortalecimento da marca; dentre outros.
Pra chegar até eles, a gestão empresarial depende de um bom planejamento estratégico. Esse planejamento é desdobrado em ações e atividades que identificam e mensuram problemas, medem números, evitam falhas e corrigem erros.
A gestão empresarial, então, abrange todas as interfaces de uma organização. E, se você quer saber quais são as áreas da gestão empresarial, se liga aqui nas principais:
- finanças;
- gestão de pessoas;
- marketing e vendas;
- estratégia;
- operações;
- tecnologia;
- inovação.
A gestão de negócio também tem que estar antenada e correr pra acompanhar as tendências, a evolução tecnológica, a mudança nos hábitos de compra dos consumidores, as atualizações nas leis fiscais e muito mais.
Qual a importância da gestão de negócios?
Administrar os negócios começou a ser importante e a tomar forma como ciência a partir da Primeira Revolução Industrial, quando novos modelos de produção começaram a substituir o trabalho artesanal.
A mudança nos meios de produção exigia mais controle dos recursos, redução de custos operacionais e aumento de produtividade. Pra chegar a esses resultados era preciso administrar e gerir.
Desde então, esse cenário passou por outras transformações importantes e o mercado precisou se adaptar e acompanhar.
Atualmente, o cenário é de um mercado dinâmico, com transformações rápidas e a necessidade de tomadas de decisões certeiras e ágeis. As empresas têm, hoje, um olhar pra diversas áreas e operações.
Veja bem, reforçamos o que dissemos lá no início do artigo, que a gestão empresarial é um ponto crítico pra qualquer tipo de negócio e que é decisiva pra sobrevivência de uma empresa.
Você consegue imaginar uma empresa sem uma gestão centralizada, apenas com gestão de setores ou até mesmo sem nenhuma, com colaboradores fazendo tudo como “acham” que deve ser?
Não, né? Daí a grande importância da gestão empresarial.
Como aplicar a gestão de empresas de forma eficiente?
A função da gestão empresarial é organizar e coordenar as atividades de um negócio. Normalmente, é feita por um administrador geral e gestores de áreas — essa composição depende do porte da empresa.
Pra ser eficiente, a gestão empresarial deve estar sustentada em alguns pilares e seguir algumas regras e exigências do mercado.
São alguns exemplos de regras que norteiam as boas práticas empresariais:
- bem-estar social;
- respeito ao meio-ambiente;
- bom clima organizacional;
- respeito à diversidade;
- governança ambiental, social e corporativa.
Os pilares ajudam a empresa a caminhar em direção a essas práticas e ao seu desenvolvimento e crescimento saudável e sustentável.
Eles também ajudam os gestores a definir metas e indicadores de desempenho de acordo com a visão da empresa. Conheça a seguir seis principais pilares.
1. Gestão financeira
Você sabe que a causa de muitas empresas quebrarem nos primeiros anos de atividade é ter uma gestão financeira ineficiente?
Pois é, falta de planejamento, recursos mal aplicados, investimentos mal sucedidos, falta de monitoramento da saúde financeira, dentre outros motivos, são a causa da fragilidade nos processos de gestão empresarial na área das finanças.
Pra que seja bem feita, essa gestão deve ter controle sobre os recursos financeiros disponíveis, manter controlado o fluxo de caixa, assim como o equilíbrio entre créditos e cobranças.
2. Processos bem definidos
A gestão empresarial não pode se debruçar sobre um setor e esquecer do restante. A ampla visão do negócio é que a torna eficiente.
Sendo assim, o que ajuda a ter esse olhar e pensamento sistêmico sobre a organização é ter processos bem definidos.
Uma solução é um fluxograma organizacional bem detalhado, com áreas da empresa, cargos e atividades do setor.
Assim, é mais fácil aplicar os indicadores de desempenho e descobrir onde estão as deficiências (retrabalhos, menos produtividade, desperdícios etc.) e melhorar esses processos.
3. Colaboradores motivados e engajados
Como você acha que funciona uma empresa sem o engajamento de seus colaboradores? Funciona devagar, apresenta vários problemas, têm baixa produtividade, muitos retrabalhos e por aí vai.
Por isso, é essencial o papel de liderança. O líder incentiva, treina e motiva sua equipe. Dessa forma, há um maior engajamento e, como consequência, um forte suporte à gestão da empresa.
4. Gestão tributária
Este ponto está diretamente relacionado com a gestão financeira, mas é importante enfatizá-lo, pois, muitas vezes, a parte financeira é bem conduzida, mas há gargalos na parte de tributação.
Sabemos que o Brasil é um país que tem a maior carga tributária do mundo. Se você não sabia, descobriu agora. Com tantos impostos e taxas, muitas empresas acabam se perdendo se não têm um boa gestão de tributos. E problemas com o fisco dá uma dor de cabeça…
E a tributação envolve quantias significativas de dinheiro, sendo assim, essa gestão é muito importante pra sobrevivência da empresa.
5. Indicadores de desempenho
Os indicadores de desempenho dão informações essenciais pra que uma organização consiga medir os resultados de seus principais processos.
Ao analisar sua situação atual com a anterior e ainda com as metas estipuladas, a empresa consegue visualizar o que precisa fazer, caso não tenha alcançado os resultados esperados.
Dessa forma, consegue rearranjar as metas, elaborar novas ações e conduzir os processos pra alcançá-las.
Os indicadores de desempenho, também chamados de KPIs, são definidos já no início do planejamento estratégico e mensurados quinzenal ou mensalmente.
6. Planejamento estratégico
Como o próprio nome diz, ele serve pra planejar. Não tem como aplicar uma boa gestão empresarial sem planejamento.
No planejamento estratégico é que são definidas as metas do negócio pra médio e longo prazo. Depois, há os desdobramentos dessas metas em planos de ação, que darão resultados em curto prazo.
Também no planejamento são definidos os indicadores pra mensurar os resultados do plano de ação e são eles, conforme vimos no tópico anterior, que contarão o que deu certo e o que precisa ser revisto.
Gestão empresarial para PME: como funciona?
Se engana quem pensa que pequenas e médias empresas (PME) não precisam de gestão empresarial. Aliás, isso deve se tornar um mantra: “todo negócio precisa de gestão empresarial, independentemente de seu porte, segmento ou natureza da atividade”.
Os pequenos e médios negócios, apesar de nem sempre serem uma marca reconhecida em seu estado ou país, fazem a economia girar. Esses estabelecimentos, normalmente, têm produtos do nosso dia a dia.
Pode ser uma pequena farmácia, aquele mercadinho na esquina de casa, a barraca de sucos no calçadão…cada um deles precisa de uma boa gestão.
A diferença pros grandes negócios é que não há uma equipe e nem gestor pra cada setor. São poucas pessoas — muitas vezes apenas o proprietário e outro profissional — que tocam o negócio e que têm que dar atenção a todas as áreas.
No entanto, o porte da empresa não determina uma forma mais fácil de gerir. Os processos são os mesmos, apenas em escala menor.
Podemos ainda citar o microempreendedor individual (MEI), que também gerencia um negócio e que tem que planejar, executar as atividades, controlar os processos e mensurar resultados.
Como é a gestão empresarial para grandes empresas?
Você já pode até imaginar como é a gestão empresarial de grandes empresas, não é mesmo?
Empresas desse porte não têm como administrar o todo com poucos profissionais. Por isso que cada setor tem seu próprio gestor ou gerente. Normalmente esses profissionais se reportam a um diretor, que é responsável pela gestão geral.
Na verdade, se formos falar sobre todos os possíveis tipos de organização hierárquica de empresas, teremos muitos modelos a mostrar. Isso porque cada empresa tem um organograma que atende às suas necessidades de gestão.
O que é preciso saber é que existe uma gestão mais centralizada, que acompanha o todo. Um CEO, por exemplo, é quem normalmente executa esse papel e tem diretores e gestores que gerenciam setores e respondem a ele. Quanto maior for a empresa, mais gestão por setor ela vai ter.
Mas como funciona essa gestão? Não é tudo tão confuso? Não, não é!
Uma empresa grande e, em alguns casos algumas médias também, tem o seu planejamento estratégico, que abrange as ações pra toda a organização.
Esse planejamento se divide em planejamentos por setor, que são os planejamentos táticos. Dessa forma, você consegue entender melhor a gestão geral e a gestão por setores.
Tipos de gestão empresarial
Se você está se perguntando se um modelo de gestão atende a todos os tipos de negócios, chegou a hora de falarmos sobre isso.
E já vamos começar sendo bem diretos: não atende. Por isso, existem tipos de gestão pra atender cada tipo de negócio. Conheça mais sobre cada um!
Autocrático
Você pode não conhecer pelo nome, mas é o tipo mais tradicional de gestão empresarial. Inclusive, é o tipo que aparece nos exemplos que demos acima, com os gestores como atores centrais.
Apesar de mais comum, este tipo de gestão começou a perder espaço nos últimos anos pra novos modelos de gestão.
É claro que não estamos falando de algo que vá sumir de uma hora pra outra. O que acontece é que as empresas têm buscado novas formas de se adaptar a uma nova realidade.
Essa nova realidade no mundo dos negócios pede uma gestão de processos mais ágil e mais veloz. Imagine como uma empresa vai acompanhar o volume de informações e dados que a internet gera diariamente e que são cruciais pro negócio?
Em velhos moldes de processos, se perde tempo e enquanto uma empresa está perdendo tempo, a concorrência está lá, ganhando mais visibilidade, usando os dados pra direcionar suas ações estratégicas e correndo à frente na vantagem competitiva.
Esse é apenas um exemplo, há muitos outros que justificam empresas estarem adotando novas e atuais metodologias na gestão de empresas.
Democrático
Este é o modelo de gestão que considera contribuições e sugestões dos colaboradores pra tomadas de decisões.
Neste tipo, as habilidades de liderança dos gestores são muito importantes pra que se tenha uma boa comunicação e também pra evitar possíveis conflitos entre colaboradores da mesma equipe ou de diferentes setores.
Como se trata de opiniões e sugestões, o ambiente se torna bem propício a divergências, discussões e outros tipos de problemas.
Meritocrático
Este tipo destaca os colaboradores com melhor desempenho, os motivando a se envolver de forma mais ativa nos processos da empresa.
Assim, eles contribuem diretamente pros resultados que a empresa busca. O problema deste tipo de gestão está na possibilidade de se criar um ambiente muito competitivo entre os colaboradores. Mais uma vez, cabe ao gestor saber direcionar seus colaboradores no caminho certo.
Excelência de gestão
O nome já diz bastante, não? Neste tipo de gestão se aplica uma metodologia pra implementar as melhores práticas empresariais. O modelo tem 8 princípios:
- Adaptabilidade;
- Compromisso com os stakeholders (partes interessadas);
- Desenvolvimento sustentável;
- Aprendizagem e inovação;
- Liderança transformadora;
- Geração de valor;
- Pensamento sistêmico;
- Processos orientados.
Foco nos processos
Nesta gestão se procura garantir a padronização das operações da organização, colocando os processos como centro.
O que motiva gestores a optar por este tipo são basicamente o aumento da eficiência e melhoria dos resultados e a facilidade de substituir pessoas da equipe, caso ela fique desfalcada.
Isso porque, os processos são descritos em detalhes e bem claros, o que facilita a substituição de membros da equipe sem que a produtividade seja afetada.
Ferramentas e softwares úteis para a gestão de empresas
Uma gestão empresarial não existe completamente sem ter suporte de ferramentas que identificam problemas, apontam prioridades, medem resultados e de tecnologias que automatizam e otimizam processos.
Conheça alguns softwares e ferramentas essenciais pra gestão empresarial.
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Esta ferramenta é uma ótima opção pra organizar funções. Pode ser utilizada, por exemplo, pra organizar as atividades resultantes dos planejamentos estratégico e tático, os planos de ação.
A sigla vem de 7 palavras interrogativas do inglês:
- What: o quê? — define a ação que deve ser executada;
- Why: por quê? — indica o motivo pra realização do projeto ou da atividade;
- Where: onde? — diz onde as ações serão realizadas;
- When: quando? — define o período em que a ação será executada;
- Who: quem? — indica quem serão os responsáveis por cada ação;
- How:como? — aponta de que forma o projeto ou as ações serão realizados;
- How much: quanto? — define quanto custará o projeto ou cada ação do planejamento.
Sua principal característica é a clareza que a ferramenta dá ao projeto, assim como evita que algum ponto importante seja deixado de fora.
Matriz SWOT
SWOT é um acrônimo pras palavras do inglês strengths (forças), opportunities (oportunidades), weaknesses (fraquezas), e threats (ameaças). Em português, ela ganha o nome de matriz FOFA.
Esta ferramenta é utilizada pra analisar os ambientes internos (forças e fraquezas) e externos (ameaças e oportunidades) da organização.
Esta análise não é feita somente por gestores. Ela envolve a participação dos colaboradores, assim, se obtém diversas visões de um mesmo fato.
Após o levantamento dos problemas e das possibilidades de melhorias ou oportunidades, os gestores podem definir os passos necessários pra aproveitar o cenário favorável e pra melhorar o que é preciso.
Matriz GUT
Esta é uma ferramenta que ajuda a definir prioridades e pode ser utilizada após a análise SWOT, pois ela poderá apontar vários problemas a resolver, por exemplo.
Assim, será necessário que o gestor decida o que fazer primeiro. Com a matriz GUT fica mais fácil.
O processo é simples: em uma planilha, são anotados os pontos a resolver e, ao lado de cada um deles, haverá três colunas. A primeira terá a letra G, de Gravidade, a segunda terá a U, de Urgência e a terceira a T, de Tendência.
Cada problema deve receber pontuação de 1 a 5, a nota mais alta de acordo com o nível de gravidade, urgência ou tendência.
Ao final, as três notas são multiplicadas e o tópico que tiver a nota maior é o que deve ser resolvido primeiro.
ERP
Um ERP (Enterprise Resource Planning) ou Planejamento de Recursos Empresariais, em tradução livre, é um software essencial pra gestão empresarial.
Esse tipo de software integra informações sobre as várias áreas da empresa, assim é possível acompanhar em tempo real toda a movimentação, de estoque, financeira, etc.
Além disso, evita problemas como atualização manual de dados e dispersão de informações.
Há muitos outros softwares e ferramentas de gestão. Nesse ponto, podemos afirmar que só não faz uma boa gestão empresarial quem não quer, pois os recursos estão por aí.
Especialização em gestão empresarial
É muito bom conhecer um pouco mais sobre opções de carreira, não é mesmo? Melhor ainda é saber o que fazer pra chegar lá.
Pra se tornar um especialista em gestão empresarial, você pode fazer uma especialização. Quem tem formação superior em Administração e Negócios, Economia, Contabilidade e áreas correlatas pode se especializar e direcionar sua carreira pra gestão de negócios.
Esse é um mercado aquecido, com grandes oportunidades de trabalho em empresas nacionais ou transnacionais. Afinal, qualquer organização quer reforçar seu time com talentos que possam ajudá-las a ter uma gestão empresarial eficiente, eficaz e de resultados.
Não podemos esquecer das soft skills
Ao longo do texto falamos bastante em competências técnicas, as hard skills, e não enfatizamos a importância das competências comportamentais, as soft skills.
Liderança e capacidade pra mediar e resolver conflitos foram dois pontos que abordamos brevemente e essas habilidades são soft skills muito valorizadas nos profissionais.
Caso não saiba a diferença, de forma resumida, as hard skills são as competências que adquirimos com a graduação, por exemplo. As soft skills são aquelas que aprendemos a desenvolver.
Você deve saber que já não basta ter um currículo recheado de competências técnicas pra chamar a atenção dos recrutadores. Há um novo perfil de profissional, que trabalha soft skills, como:
- resiliência;
- autocontrole;
- capacidade de trabalhar sob pressão;
- gerenciamento de tempo;
- flexibilidade e adaptabilidade; dentre outras.
O que estudar para ser um bom gestor?
Como você viu, um gestor de empresas tem grandes desafios em sua profissão. Por isso, a preparação certa pra esse cargo é decisiva pro sucesso na carreira.
Você vai cansar de ouvir isso, mas é sempre válido: estude sempre, se atualize, aperfeiçoe suas competências e adquira novas.
Não pense somente em sua qualificação técnica, pois você pode ser altamente qualificado, mas se não tiver “traquejo social”, você pode ser trocado por quem tem desenvoltura e as habilidades sociais que as empresas esperam de seus colaboradores.
Ideias sobre o que estudar pra ser um bom gestor? Olha só:
- Gestão Empresarial;
- Administração e Negócios;
- Gestão Financeira;
- Marketing;
- Liderança;
- Administração de Conflitos;
- Gestão de Pessoas;
- Gerenciamento de tempo.
Demos alguns exemplos de áreas que têm muito a te oferecer. Pense que uma pós-graduação nessas áreas pode ser o diferencial que falta em sua jornada profissional.
É hora de adquirir novas hard e soft skills. Lembre-se que o mercado não espera e se você esperar demais, acaba ficando no ponto! Visite nosso site e conheça as opções em especializações que te transformarão no gestor que o mercado precisa.