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Confira um resumo sobre português instrumental!

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O latim vulgar fruto da língua nativa de lusitanos, cónios, céticos e galaicos deu origem a uma língua falada no mundo inteiro. Até existe um estudo voltado à sua interpretação e compreensão: o português instrumental, cobrado em alguns vestibulares.

Do noroeste da Península Ibérica, a língua portuguesa ganhou corpo apenas depois da queda do Império Romano. Na Idade Média, o latim começou a se diferenciar e a formar o “galego-português”, uma espécie de avó da língua portuguesa que a gente usa hoje.

A ideia do texto é mostrar um resumo sobre o português instrumental, tirando as principais dúvidas e mostrando alguns exercícios. A gente também vai contar um pouco da importância do Português pra contextualizar. Partiu?

Qual é a importância da Língua Portuguesa?

Foto em detalhe de uma mão escrevendo à caneta em um papelpara ilustrar texto sobre português instrumental

Com a criação de Portugal no século 12 e sua expansão, o galego-português do Reino de Galiza começou a se tornar uma língua independente. A expansão de Portugual pra África e pra América fez com que o idioma se difundisse por várias partes do mundo.

O português é a língua oficial de nove países e o Brasil é o falante oficial com mais habitantes. 

Além do próprio Portugal, o português é língua oficial em vários países africanos. Por exemplo, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné Equatorial e Angola.

Mas ainda existem várias regiões falantes, como Macau, Timor-Leste e Malaca. Assim, a quantidade de regiões adeptas faz da língua a quinta mais popular do planeta. Ainda é com mais falantes no hemisfério sul.

O que é português instrumental?

Foto de letras para ilustrar texto sobre português instrumental

O português instrumental é o estudo da língua pensado na interpretação e na criação de textos. Por isso, as questões de português instrumental costumam ser dissertativas. Assim, as respostas não se dão em alternativas.

Por isso, exigem capacidade de escrita e composição de texto. Essas provas não têm um tamanho padronizado, mas há uma limitação de linhas. Se o espaço pra uma resposta tem só quatro linhas, por exemplo, você vai precisar se esforçar pro seu texto caber nelas.

O português instrumental não é só sobre o lado formal da língua, mas leva em conta a comunicação em todos os campos. Isso vai desde interpretações simples até respostas dissertativas com um nível de abstração mais profundo.

Como responder questões de português instrumental?

As questões de português instrumental testam sua capacidade de interpretação e escrita. Você, dificilmente, vai ver atividades de português instrumental com gabarito, já que são dissertativas e de resposta livre.

Por isso, o português correto é um ponto em que vale prestar atenção. Frases confusas ou erros gramaticais são fatores que não podem passar despercebidos. Procure escrever de acordo com a norma culta.

A linguagem das redes deve permanecer na internet, sem levar pro texto abreviações como “vc” e “tbm”. Assim, as respostas devem ser claras e bem argumentadas. Uma forma de fazer isso é apostar na ordem “resposta + justificativa”.

Como é um texto dissertativo de português instrumental?

Foto de uma mesa com teclado, óculos e canetas para ilustrar texto sobre português instrumental

O texto dissertativo analisa alguns traços dos candidatos. Por exemplo, inteligência linguística, sendo crítico, capacidade de argumentação e por aí vai. 

Assim, é uma forma de transmitir ideias que diz muito sobre os candidatos e essa é a razão pela qual aparece tanto nos vestibulares.

Por isso, você, dificilmente, vai conseguir um bom resultado se escrever de forma mecânica ou robótica. Escrever um texto dissertativo não envolve apenas seu conhecimento em Português, mas seu senso crítico.

As redações dissertativas dos vestibulares costumam ser argumentativas. Isso significa que você vai precisar emitir uma opinião e embasar seus pontos por meio de argumentos. Por isso, é diferente de um texto expositivo, que apenas expõe imparcialmente considerações.

Exercícios de português instrumental

NOMES DO HORROR

“Uma reportagem de Philip Gourevitch na revista New Yorker mostra como, vinte anos depois da guerra de Ruanda, ocorrida em 1994, quando hutus assassinaram 800 mil tutsis em cem dias, ainda é difícil chegar a um consenso sobre como chamar o que aconteceu.

O país discute se a melhor palavra para tanto está na língua local, na língua dos colonizadores, se basta precisão verbal (“gutsemba”, “massacrar”) ou se é preciso a redundância de um neologismo (“gutsembatsemba”, “massacrar radicalmente”) para descrever os atos de uma tragédia absoluta.

Debates semelhantes acompanham qualquer trauma coletivo. Há grupos judaicos que rejeitam a expressão consagrada “holocausto”, com seu caráter sacrificial, de expiação de pecados, em nome da menos ambígua “shoah” (“calamidade”, “aniquilação”). Na Turquia, ainda é tabu usar “genocídio” para a matança armênia iniciada em 1915. No Brasil, dá-se algo semelhante na luta pelo reconhecimento do que foi e é praticado contra comunidades indígenas.

De qualquer forma, são batalhas pequenas dentro de uma guerra longa e difícil, de transmissão da memória para que o horror não se repita. Palavras são a primeira arma das vítimas de tentativas de extermínio, às vezes a única, e é preciso chegar a um modo eficiente – que não se resuma a slogans com vocabulário chancelado – para que elas não traiam a natureza do que se viveu.

Ou seja, é preciso saber narrar. Discursos facilmente se banalizam, tornam-se solenes, sentimentais em excesso, causando o efeito contrário do que pretendem. Chegar à sensibilidade do público, causando empatia, desconforto e revolta ativa, o que é objetivo de qualquer militância antiviolência, demanda não apenas reproduzir a verdade dos fatos. A mensagem não é nada sem um receptor disposto a entendê-la, por mais pungentes* que sejam as vítimas.

Como isso não é comum, o que ocorreu em 1994 continua sendo apenas um item numa lista atemporal e universal de genocídios, holocaustos, limpezas, extermínios, calamidades, aniquilações, massacres e gutsembatsembas.”

*pungentes: comoventes — Michel Laub — Adaptado de Folha de São Paulo, 09/05/2014.

1) (Uerj 2016) Chegar à sensibilidade do público, causando empatia, desconforto e revolta ativa, o que é objetivo de qualquer militância antiviolência, demanda não apenas reproduzir a verdade dos fatos.

Transcreva dois outros elementos, presentes no penúltimo parágrafo, que seriam necessários para “chegar à sensibilidade do público”, além da reprodução da verdade dos fatos.

2) (Uerj 2016) Na conclusão apresentada no último parágrafo, há uma enumeração de palavras.

Considerando a leitura global do texto, explique de que maneira a enumeração contribui para a construção da conclusão. Indique, ainda, o risco sugerido pelo autor nesse último parágrafo.

Respostas

Resposta oficial — 1) “Saber narrar”. “Haver um receptor disposto a entender.”

Observação: essa questão exige bastante atenção dos candidatos. A instrução é pra “transcrever” e realmente é preciso apenas fazer isso. Assim, vale prestar atenção nesse tipo de pergunta pra não fazer nada além da solicitação do enunciado.

Resposta oficial — 2) A enumeração reúne os fatos citados. O autor alerta para o risco de os massacres continuarem.

Observação: como na primeira questão, o trecho em que a resposta estava também foi descrito na questão.

O português instrumental serve pra melhorar suas habilidades de interpretação e produção de textos. Por isso, as avaliações costumam testar isso apresentando um texto de referência e exigindo uma resposta dissertativa.

Aqui, você vai precisar defender uma tese, organizando suas ideias e argumentos pra chegar a uma conclusão. 

Mas, como a gente mostrou nas respostas padrão da UERJ, algumas respostas são curtas ou envolvem apenas transcrição. Por isso, vale ficar com a sua habilidade de interpretação de texto bem afiada. 

O Descomplica pode ajudar você nessa missão, já que a gente tem um curso preparatório 100% online e feito com carinho pra você ficar por dentro de tudo o que precisa pra conseguir a aprovação. Vem estudar com a gente!

Comentários

Ronaldo
Ronaldo
29/08/2023 às 16:38

Muito bom português instrumental

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Descomplica
Descomplica
30/08/2023 às 09:33

Olá, Ronaldo! Aproveita tudinho e envia para todo mundo que precisa revisar também, viu! 👏🚀


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