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presidentes do Brasil

Veja quais foram todos os presidentes do Brasil e saiba um pouco sobre cada um deles

Confira todas as pessoas que já foram presidentes do Brasil e um resumo sobre cada momento da liderança

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Em 1889 quando Deodoro da Fonseca proclama a república, põe fim à única monarquia que existia na América do Sul. Através do golpe instaurado por militares com o apoio das principais elites brasileiras, chega ao fim a fase do Brasil imperial e se inicia uma nova e turbulenta configuração política.

A República vai personificar o ideal de modernidade desejado pelas camadas urbanas e pela classe média. Embora o movimento não tenha tido um caráter amplamente popular, começa aqui o ideal de formação do cidadão que precisa passar a escolher os seus presidentes e governantes. E como o Brasil não é para amadores: vai ter muito babado, confusão e gritaria.

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República da Espada: 1889 – 1894

Manuel Deodoro da Fonseca (1889 – 1891)

Militar de carreira ingressou desde a adolescência na Escola Militar e atuou em importantes conflitos dentro e fora do país, como a Revolução Praieira e a Guerra do Paraguai. Nomeado para o último gabinete ministerial antes da queda da monarquia, veio pra o Rio de Janeiro onde encabeçou a Proclamação da República tornando-se o primeiro presidente do país.

No seu governo foi criada a Constituição de 1891 e o Código Penal brasileiro, o Código Comercial do Brasil foi reformulado e houve a oficialização da separação entre o Estado e a Igreja. Seu mandato foi marcado por forte crise econômica e política com a disputa entre federalistas e centralizadores. Em 1891 o Marechal renuncia e morre no ano seguinte.

Floriano Vieira Peixoto (1891 – 1894)

Nascido em Maceió no ano de 1839, era filho de Manuel Vieira e Joaquina de Albuquerque. Ingressou na escola militar e fez parte do 1° Batalhão de Voluntários da Pátria que lutou na Guerra do Paraguai. Tornou-se vice-presidente após a proclamação da república e dois anos depois virou o presidente do Brasil.

Conhecido como Marechal de Ferro, precisou combater revoltas que eram contra o seu governo e queriam eleições presidenciais. Suprimiu as revoltas e conseguiu consolidar o sistema republicano no país.

República oligárquica: 1894 – 1930

Prudente de Morais (1894 – 1898)

Primeiro civil eleito, Prudente de Morais representava a oligarquia de São Paulo e deu início a Política do Café com Leite, onde Minas Gerais e São Paulo revezavam no poder. Advogado de formação, atuou como político em diversos momentos e assim que assumiu o cargo precisou lidar com a popularidade de Floriano.

Em seu governo, precisou combater a Guerra dos Canudos e chegou a sofre em atentado de morte por parte de um soldado, fazendo com que ele iniciasse uma caça aos opositores da sua administração. Além disso, resolveu uma série de questões diplomáticas.

Campos Sales (1898 – 1902)

Assumindo o país em meio a uma crise econômica, Campos Sales ajudou a consolidar o caráter agroexportador no Brasil. Precisou lidar com a enorme dívida do Brasil com a Inglaterra devido a política de encilhamento, assinando o acordo de Founding load para renegociação da divida externa.

Visando controlar as disputas políticas, lançou a Política dos Governadores para tentar conciliar o federalismo com o poder do governo central.

Rodrigues Alves (1902 – 1906)

Formado em direito, o 5° presidente do Brasil chegou a ser nomeado conselheiro do Império e deputado provincial. Quando eleito promoveu uma série de urbanizações na cidade do Rio de Janeiro, visando atrair investimentos estrangeiros.

Precisou lidar com revoltas contra o autoritarismo do seu projeto de modernização, como a Revolta da Vacina. Vai ser durante o seu mandato que o Estado do Acre será anexado oficialmente ao território brasileiro.

Afonso Pena (1906 – 1909)

Com uma extensa participação no campo político e com formação na faculdade de direito, vai chegar a ser presidente do Banco do Brasil durante o governo de Prudente de Moraes. Alinhado com a política de valorização do café, vai tomar medidas econômicas que favoreçam a produção e exportação do produto.

Investiu em estradas de ferro, promoveu a ligação de aéreas distantes do país e modernizou as forças militares brasileiras. Foi um grande incentivador da política de imigrações, principalmente de italianos. Morreu antes de completar o seu mandato.

Nilo Peçanha (1909 – 1910)

Carioca e com uma carreira política extensa, era vice-presidente de Afonso Pena e o substituiu após a sua morte. Embora tenha ficado um pouco mais de um ano na presidência, tomou medidas importantes, como a extensão das obras de saneamento básico para a baixada fluminense, deu inicio ao que se conhece hoje como ensino técnico, além de criar o Serviço de Proteção ao Índio (SPI).

Sobre a sua figura, existe uma controvérsia sobre sua origem racial, uma vez que alguns estudiosos apontam que suas fotos eram clareadas e que ele possuía características associadas à população negra.

Hermes da Fonseca (1910 – 1914)

Sobrinho do primeiro presidente da república, Marechal Deodoro da Fonseca, já havia sido Ministro da Guerra no governo de Afonso Pena. Precisou lidar com uma série de rebeliões durante o seu mandato, como a Revolta da Chibata e a Guerra do Contestado.

Com a popularidade em baixa, criou a Política das Salvações que se tornou um instrumento político que permitia ao governo federal a intervenção em Estados que não apoiassem o seu governo, o que ocorreu principalmente no Nordeste Criou também a tradição da utilização e da passagem da faixa presidencial.

Venceslau Brás (1914 – 1918)

Paulista, assume a presidência após a reconciliação entre Minas Gerais e São Paulo e sua “Política do Café com Leite”. Como seu mandato coincide com a duração da Primeira Guerra Mundial, vai investir em indústrias e em uma política de estimulo a outros tipos de produtos para a exportação. Após o ataque alemão em 1917 a navios nacionais, o Brasil entra no conflito bélico do lado da Tríplice Entente. Com o crescimento industrial, o então presidente do Brasil também precisou lidar com diversas greves operárias.

Rodrigues Alves (1918)

É eleito novamente presidente do país, entretanto não consegue tomar posse, pois foi acometido pela gripe espanhola, o Brasil vivia um surto da doença desde o governo de Venceslau Brás. Em 1919, Rodrigues Alves morre sem chegar a tomar posso no cargo.

Delfim Moreira (1918- 1919)

Com a doença e a impossibilidade de tomar posse do presidente que havia acabado de ser eleito, Delfim Moreira vai assumir o cargo de interino até a convocação de novas eleições, uma vez que a Constituição vigente só permitia a sua permanência no poder caso houvesse pelo menos dois anos de governo.

Epitáfio Pessoa (1919 – 1922)

Rompendo a hegemonia de São Paulo e Minas Gerais, o paraibano foi eleito presidente do Brasil, contudo seu governo manteve a defesa dos interesses das grandes oligarquias. No pós-guerra, precisou lidar com crises econômicas e a divida externa, mantendo a política de valorização do café.

Seu governo foi marcado pela tensão com revoltas militares e proletárias. Alem disso, houve uma série de acontecimentos importantes durante seu mandato, como a Semana de Arte Moderna e a fundação do Partido Comunista. Proibiu a participação de jogadores negros durante a quinta edição do Campeonato Sul-Americano de Futebol em 1922.

Arthur Bernardes (1922 – 1926)

Com uma eleição turbulenta, após a confusão das cartas falsas onde foi acusado de difamar a imagem de Hermes da Fonseca, é eleito presidente do Brasil. Com um clima de insatisfação reinante, seu governo foi marcado pela implantação do Estado de Sitio recorrentemente devido ao aumento do Movimento Tenentista e o operário.

Investiu em empresas siderúrgicas em Minas Gerais e na valorização dos recursos naturais brasileiros. Na política externa, retirou o país das Ligas das Nações em 1926. Na política interna, alterou a constituição de 1891 concedendo maiores poderes a figura do presidente da república.

Washington Luís (1926 – 1930)

Com uma extensa carreira política construída em São Paulo foi eleito em uma eleição sem adversários. Começou o governo pondo fim ao Estado de sítio promulgado pelo seu antecessor e reformulando a parte econômica e monetária do país. Concedeu anistia a presos políticos, entretanto o indulto não se estendeu aos revolucionários do movimento tenentista.

Criou o Conselho de Defesa Nacional e terminou as obras de importantes rodovias, como São Paulo-Rio. Com o crescimento das criticas vai promulgar a Lei Celerada restringindo a liberdade de imprensa e vai colocar o PCB na ilegalidade. Durante seu mandato, o Brasil vai ser atingido pela crise do café e pela eclosão da crise de 29 e em um desacordo com as oligarquias cafeicultoras vai romper o Convênio de Taubaté.

Júlio Prestes (1929 – 1930)

Apoiado por Washington Luís para sua sucessão, Julio Prestes vai disputar com Getúlio Vargas, candidato da Aliança Liberal construída pelos estados do Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais. Instalou-se um caos no país com as acusações de fraudes nas eleições presidenciais e com a morte de João Pessoa, candidato a vice-presidência de Vargas.

Apesar da vitória eleitoral de Prestes, ele não chega a tomar posse porque Getulio Vargas, apoiado por uma boa parte dos militares e pela elite descontente com o jogo político entre São Paulo e Minas Gerais armaram uma revolução, depondo assim Washington Luís do poder e impedindo que Julio Prestes consumasse a transmissão de cargo. A partir daí, dar-se inicio ao que ficou conhecido no Brasil como a Era Vargas.

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A Era Vargas: 1930 -1945

Getúlio Vargas: Governo Provisório (1930 – 1945)

Logo após a tomada de poder por parte de Vargas e seus aliados, forma-se uma Junta Militar Provisória que concede o poder a Getúlio Vargas que se torna o Chefe do Governo Provisório. Assume com o discurso de criar uma assembleia constituinte para formular uma nova constituição e assim convocar novas eleições. Contudo, cada vez mais Vargas concentrava o poder em suas mãos, governando através de decretos e protelando a criação da Constituinte.

Descontentes com o adiamento das eleições, os paulistas foram pras ruas na Revolução Constitucionalista de 1932 lutar contra o Governo Provisório. Após a derrota militar de São Paulo, Vargas cede e coloca um civil para governar o Estado, além disso, cria a Constituição de 1934.

Logo em seguida, é eleito por votação indireta pelo Congresso, dando início ao Governo Constitucional que deveria durar até o ano de 1938. Contudo, através do Plano Cohen, uma suposta ameaça comunista, Vargas cancela as eleições e instaura uma ditadura com características fascistas que ficará conhecida como Estado Novo.

Após uma série de contradições devido ao seu caráter altamente autoritário, o governo de Vargas chega ao fim em 1945. É importante citar que Getulio vai criar uma série de medidas extremamente importantes para o Brasil, como: a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o Instituto do Açúcar e do Álcool, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o Ministério do Trabalho.José Linhares (1945- 1946)

Como presidente do Supremo Tribunal Federal, assumiu o comando do país após a saída de Getulio Vargas do poder. Foi presidente durante apenas três meses, período em que organizou as novas eleições.

Repúblicas Populistas: 1945 – 1964

Eurico Gaspar Dutra (1946 – 1951)

Candidato do Partido Social Democrático (PSD), foi apoiado pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com a intenção de promover uma redemocratização. Planejava investir em quatro áreas estratégicas para ele: Saúde, Alimentação, Transporte e Energia (Plano SALTE), contudo não conseguiu tirar boa parte dos seus planos do papel.

Promulgou uma nova constituição em 1946, que assegurava a divisão dos três poderes: executivo, legislativo e judiciário. Com o advento da Guerra Fria, o presidente do Brasil vai cortar relações com a União Soviética, colocando o Partido Comunista Brasileiro novamente na ilegalidade e promovendo uma política intervencionista nos sindicatos brasileiros.

Getúlio Vargas (1951 – 1954)

Eleito dessa vez por eleição direta, representando o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), volta ao poder causando uma agitação política no Brasil.

Com uma postura nacionalista, defendia a estatização de empresas de setores estratégicos, como a energia. Criou a Petrobrás, o BNDE, entre outros durante o período. Precisou lidar com uma forte oposição, principalmente da UDN e de Carlos Lacerda. Insatisfeitos, os trabalhadores foram para a rua protestar na Greve dos 300 mil.

Em 1954, promoveu um aumento de 100% no salário mínimo, o que levou a perda de apoio significativa por parte dos militares. E meio a escândalos de corrupção e a um atentado ao opositor Carlos Lacerda, a situação de Vargas fica insustentável. Antes de terminar o seu mandato, Vargas de mata no palácio do Catete.

Café Filho (1954 – 1955)

Vice-presidente e Presidente do Senado Federal assume a presidência do Brasil após o suicídio de Vargas. Mantém-se no poder por um pouco mais de um ano e precisou fazer concessões sobre a participação de opositores no seu governo devido à pressão da oposição.

Carlos Luz (1955)

Presidente da Câmara dos Deputados foi empossado presidente do Brasil após o adoecimento de Café Filho. Foi rapidamente retirado do poder acusado de conspirar contra a entrega do poder ao novo presidente eleito.

Nereu Ramos (1955- 1956)

Eleito pelo Congresso Nacional devido ao afastamento de Carlos Luz, foi responsável por completar o tempo de governo do falecido Vargas e passar o comando do país para Juscelino Kubitschek. Devido a instabilidade política, durante seu tempo de mandato governou em estado de sítio.

Juscelino Kubitschek (1956 – 1961)

Com um ambiente de tensão após a morte de Vargas, JK foi eleito com um discurso de cunho desenvolvimentista. Com seu plano “50 anos em 5” prometia um desenvolvimento econômico e social para o país.

Foi o responsável pela construção capital federal, Brasília, promovendo uma maior integração com as áreas mais distantes do Brasil. Seu mandato foi marcado por uma estabilidade política, um aumento significativo, entretanto também houve o aumento da dívida externa.

Jânio Quadros (1961)

Com a campanha do “varre, varre”, Jânio prometia varrer a corrupção do país. Foi eleito, mas teve que governar com o vice da oposição que havia ganhado a eleição. Seu governo durou cerca de sete meses envolvido em uma série de polêmicas, como os memorando que enviava diretamente a seus ministros que ficaram conhecidos como “bilhetinhos de Jânio”.

Outra polêmica foi a condecoração de Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul e a sua aproximação com a União Soviética. A forte pressão da oposição e a forte instabilidade política fez com que o presidente eleito renunciasse ainda no primeiro ano de governo.

Ranieri Mazzilli (1961)

Como o vice-presidente João Goulart estava em viagem a China, Ranieri é eleito presidente interino do Brasil no meio de uma tensão política sobre a sucessão de Jânio. Sendo a primeira de algumas vezes em que ele tomou posse do cargo.

João Goulart (1961 – 1964)

Os militares não queriam permitir a posse do vice-presidente devido à proximidade dele com as ideias socialistas. Então foi feito um acordo, onde Jango governaria com um sistema parlamentarista que visava diminuir seu poder. Governou sob uma grande instabilidade política e econômica.

Lançou o Plano Trienal que consistia em uma série de reformas de base que incluíam: reforma agrária e a nacionalização de setores estratégicos. Buscando popularidade, participa do Comício da Central do Brasil. A oposição lança a Marcha da Família com Deus pela Liberdade a fim de protestar contra o governo de Jango. Em 1964, o então presidente sofre um golpe de estado e é deposto do poder pelos militares.

Ditadura Militar: 1964 – 1985

Ranieri Mazzilli (1964)

Durante o golpe militar em curso, assume o poder de forma interina após a cassação do mandato de João Goulart. O poder efetivo estava nas mãos da junta militar chamada de Comando Supremo da Revolução criada pelos golpistas.

Castelo Branco (1964 – 1967)

Foi eleito após a promulgação do Ato Institucional de n° 1 (AI – I) através de uma eleição indireta. Decretou uma série de Atos Institucionais e uma nova constituição onde pôs fim aos partidos políticos, implantou o bipartidarismo (ARENA e MDB) e aumentou o poder do presidente do Brasil. Seu governo foi marcado pela forte repressão e pela perda de direitos por parte da população.

Economicamente, aplicou reformas no âmbito bancário, financeiro e tributário visando controlar a crise econômica em que o país se encontrava. Além disso, promoveu a abertura do Brasil ao capital estrangeiro e criou o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Artur da Costa e Silva (1967 – 1969)

Representante do Partido da ARENA e candidato único é eleito o segundo presidente do Brasil durante o regime militar. Devido ao descontentamento de parte da população com a perda de direitos, ocorreu a “Passeata dos Cem Mil”. Seu mandato foi marcado pelo recrudescimento da repressão e da perseguição a opositores políticos. Houve um crescimento econômico devido à concessão de créditos e o estimulo ao comércio exterior.

Além disso, investiu no sistema de transportes e no de habitação através de obras públicas. Tinha o intuito de promover uma reforma política, entretanto sofreu um acidente vascular antes de assinar o decreto. Costa e Silva veio a falecer no mesmo ano.

Emílio Médici (1969 – 1974)

Após o impedimento do vice-presidente de Costa e Silva chegar ao poder, uma Junta Governativa Provisória vai indicar o general para o cargo de presidente do Brasil. Vai ser durante o seu governo que o país passará pela fase conhecida como o “Milagre Econômico”, que apesar do grande crescimento econômico vai elevar a concentração de renda e aumentar absurdamente a divida externa do Brasil.

Também será nesse momento que tortura e os assassinatos serão utilizados em larga escala pelo regime militar, sendo conhecido como “Anos de Chumbo”. Precisou combater os as guerrilhas que possuíam influencia comunista e socialista. O presidente investirá na propaganda e criará o slogan “Brasil: ame-o ou deixe-o”.

Ernesto Geisel (1974 – 1979)

Assume a presidência com o discurso de redemocratizar o país de forma lenta e gradual. Seu mandato foi marcado pelas disputas políticas entre a os chamados de “linha dura” e o MDB, onde os primeiros perderam força com a abertura política exercida, ainda que em pequena medida, pelo então presidente. Mediante as derrotas eleitorais da ARENA e a oposição cada vez mais forte do MDB lançou o “Pacote de Abril”. Em seu ano de saída revogou o AI-5.

Baptista de Oliveira Figueiredo (1979 – 1985)

Candidato de Geisel, da continuidade ao processo de abertura política de forma lenta, gradual e segura de acordo com os moldes do governo anterior. Sanciona a Lei da Anistia o que fez com que os opositores ao regime que se encontravam no exterior começassem a retornar do seu exílio.

Organizou a reforma partidária, extinguindo o bipartidarismo. Já em 1982 ocorreram as primeiras eleições diretas a nível regional, mas descontentes com a lentidão do processo o povo começa ir as ruas no ano seguinte exigir a eleição direta pra presidente, o movimento ficou conhecido como Diretas já!

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Nova República: a partir de 1985

Tancredo Neves (1985)

Embora o movimento pelas eleições diretas tenha se difundido pelo país, não logrou sucesso e a próxima eleição ainda foi indireta com a eleição de Tancredo Neves. Apesar de eleito, o primeiro presidente civil após o período militar não toma posse do cargo porque é internado as pressas e morreu logo em seguida.

José Sarney (1985- 1990)

Tomou posse como presidente interino durante o período hospitalar de Tancredo, sendo confirmado presidente do Brasil após a morte do mesmo. Deu continuidade ao processo de democratização no país. Precisou lidar com uma grave crise econômica e com uma inflação extremamente alta.

Criou o Plano Cruzado como uma tentativa de estabilizar a economia brasileira. Durante seu mandato também foi criada a Constituição de 1988, conhecida como a Constituição Cidadã e que vigora até hoje dentro do país. Em 2016, o ex-presidente foi acusado de corrupção pela operação Lava-Jato.

Fernando Collor (1990 – 1992)

Com uma forte campanha televisiva a promessa de pôr fim à corrupção, Collor foi eleito através de votação direta. Representante do neoliberalismo iniciou um processo de privatizações e de diminuição da taxação na importação, o que levou a uma entrada massiva de produtos importados.

Com uma inflação muito alta, lançou o Plano Brasil Novo, conhecido como Plano Collor. Substitui o Cruzado Novo pelo retorno do Cruzeiro. Através do Plano Collor confiscou a poupança da população, causando uma revolta generalizada. No segundo ano de governo, despontam uma série de denúncias sobre corrupção e esquemas ilegais que levaram ao seu impeachment.

Itamar Franco (1992 – 1995)

Assumiu de forma interina durante o afastamento do então presidente, sendo confirmado após a renúncia de Collor. Durante seu mandato foi instalado o Plano Real e a criação da Unidade Real de Valor, que vai dar origem a nova moeda brasileira, o real.

Junto com seu ministro da fazendo, Fernando Henrique Cardoso, consegui controlar a inflação no país. Em 1993 realizou o plebiscito que decidiria qual seria o sistema de governo do Brasil, tendo vencido o presidencialismo.

Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2003)

Com prestigio devido ao sucesso do Plano Real, FHC é eleito logo no primeiro turno. Foi o primeiro presidente reeleito para um segundo mandato. Deu continuidade as privatizações, promoveu um corte de gastos nas contas públicas e implantou no Brasil o trabalho terceirizado.

Melhorou e ampliou as relações diplomáticas brasileiras. Já no seu segundo mandato, o país vai passar por uma forte crise econômica e uma crise energética.

Luís Inácio Lula da Silva (2003 – 2011)

Após três derrotas sucessivas a corrida eleitoral, o operário e sindicalista consegue se eleger com um discurso de caráter mais moderado. Seu governo vai se caracterizar por uma estabilidade e crescimento econômico que conseguiu diminuir a dívida externa do país. Propôs medidas que diminuíssem os níveis de pobreza do país e pôs em pratica uma política de expansão educacional.

Deu continuidade ao processo de melhoria da política diplomática do país. Entretanto, seu governo também foi marcado por uma série de escândalos sobre corrupção envolvendo seu partido e alguns aliados, como o Mensalão. Em 2018 o próprio ex-presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Dilma Roussef (2011 – 2016)

Com um currículo extenso na luta contra o governo militar, vai ser a sucessora do presidente Lula e a primeira mulher a ser eleita no Brasil. Alterou o protocolo ao escolher ser chamada de “presidenta”. Vai seguir a linha do ex-presidente e dar continuidade a políticas que visavam beneficiar a camada mais pobre da população.

Ao mesmo tempo, também vai colocar em prática uma série concessões à iniciativa privada, como de estradas, aeropostos e etc.. A partir de 2013, Dilma viu a sua popularidade despencar com uma série de manifestações gigantescas que deixavam clara a insatisfação popular com a corrupção e a crise econômica em que o país se encontrava.

Ainda assim, conseguiu se reeleger em 2014 no meio de uma disputa eleitoral tensa. Com pouca governabilidade e sem muito apoio da massa populacional, Dilma vai sofre um processo de impeachment em 2016, sendo acusada de crime de responsabilidade fiscal.

Michel Temer (2016 – 2018)

Como vice-presidente, tomou posse após a saída da presidenta Dilma do poder após desavenças políticas com a mesma. Durante seu governo o Brasil continuou em uma crise econômica e política, vendo o nível do seu desemprego aumentar cada vez mais. Em 2017 enquanto ainda estava com o mandato em curso, chegou a ser indiciado por corrupção pela Operação Lava Jato. Sua prisão foi decretada em 2019.

Jair Messias Bolsonaro (2019)

Em uma eleição turbulenta marcada pelas fakenews e pelo acirramento das rivalidades politicas, aonde chegou a sofrer um atentado, Bolsonaro se elege com discursos que exaltavam o período da ditadura militar. Até o presente momento, o presidente eleito e sua base governamental tem se envolvido em uma série de polêmicas, como: a supressão de diversos ministérios e a acusação de que ONG’s teriam colocado fogo na Amazônia.

Algumas curiosidades sobre a república brasileira:

  • Os dois primeiros presidentes do Brasil morreram um ano após as suas saídas;
  • Em 1989 a Imperatriz Leopoldinense utilizou uma parte do primeiro hino nacional da república em seu samba enredo;
  • Aos 77 anos, Michel Temer foi o residente mais velho da república brasileira;
  • Nunca foi eleito um presidente da região Norte do país;
  • Dilma e Collor foram os únicos que se formaram em economia e os dois sofreram impeachment;
  • Desde a promulgação do decreto da reeleição, todos os presidentes eleitos se reelegeram.

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