As pilhas são sempre formadas por dois eletrodos e um eletrólito. O eletrodo positivo é chamado de cátodo e é onde ocorre a reação de redução. Já o eletrodo negativo é o ânodo e é onde ocorre a reação de oxidação. O eletrólito, também chamado de ponte salina, é a solução condutora de íons.
Para você entender como isso gera corrente elétrica, veja o caso de uma das primeiras pilhas, a pilha de Daniell, em que havia um recipiente com uma solução de sulfato de cobre (CuSO4(aq)) e, mergulhada nessa solução, estava uma placa de cobre. Em outro recipiente separado, havia uma solução de sulfato de zinco (ZnSO4(aq)) e uma placa de zinco mergulhada. As duas soluções foram ligadas por uma ponte salina, que era um tubo de vidro com uma solução saturada de cloreto de potássio (KCl(aq)) com lã de vidro nas extremidades. Por fim, as duas placas foram interligados por um circuito externo. A geração de corrente elétrica se da pela passagem de elétrons do ânodo para o cátodo.
As pilhas atuais possuem esse mesmo princípio de funcionamento, em que um metal doa elétrons para outro, por meio de uma solução condutora, e é produzida a corrente elétrica. A diferença é que as pilhas usadas hoje são secas, porque não utilizam como eletrólito uma solução líquida, como ocorre na pilha de Daniell.
Digamos que de noite, no meio daquele filme de terror, FALTE LUZ…
Com certeza você vai correndo buscar uma lanterna, certo?
Até aí seu problema foi solucionado, mas se a carga das pilhas tiver acabado?
Temos 3 soluções para você no melhor estilo Macgyver, claro se vc conseguir fazer essas coisas no escuro.
1 – Colocar as pilhas no freezer.
O freezer com certeza ainda está frio, então aproveito a temperatura baixa.
E aí, da certo?
Aposto que ela até voltou a funcionar, mas… Não por muito tempo…
Na verdade, ela nem chega a recarregar!
As pilhas que utilizamos para a maioria dos aparelhos são chamadas de pilha seca ácida. E dentro dela, ocorrem as seguintes semi-reações:
Pólo negativo (ânodo): Zn –> Zn+2 + 2e–
Pólo positivo (cátodo): 2 NH4+ + 2 MnO2 + 2e– –> Mn2O3 + NH3 + H2O
Observa-se que na semi-reação catódica há liberação de amônia, esse gás recobre o eletrodo fazendo com que a pilha acabe mais rápido. Quando você a coloca na geladeira, a diminuição da temperatura faz com que o gás amônia descubra o eletrodo, e com isso, a pilha irá funcionar por mais alguns minutos.
2- Colocar as pilhas na água quente.
Quando alguém coloca a pilha na água quente, ocorre…
algo semelhante.
Calma pessoal, a pilha não chega a explodir, mas, o aumento da temperatura favorece a perda de elétrons no ânodo.
Pólo negativo (ânodo): Zn –> Zn+2 + 2e–
Pólo positivo (cátodo): 2 NH4+ + 2 MnO2 + 2e– –> Mn2O3 + NH3 + H2O
Aí entra o deslocamento de equilíbrio, pois o aumento da temperatura favorece o lado endotérmico, que é a produção de elétrons, aumentando a produção de elétrons, logo aumenta corrente elétrica, , e assim, a pilha também funciona mais um pouquinho, porém só mais um pouquinho.
Bom então recarregar as pilhas assim não funciona muito bem, né? Que tal…
3 – Fazer uma pilha de limão, moeda e prego
É só enfiar, o prego e a moeda, no limão. Difícil de acreditar? Mas é verdade.
Como eu disse lá em cima, as pilhas são sempre formadas por dois eletrodos e um eletrólito, no caso o suco do limão é o eletrólito, pois na polpa do limão, tem ácido ascórbico (Vitamina C), esse ácido está ionizado (em ânions e cátions), e assim conduz os elétrons do ânodo, prego de Zinco, para o cátodo, que é a moeda de cobre.
Aí agora é só ligar os fios, e aí…
Quem dera, a corrente gerada pelo limão é muito pequena para carregar o celular.
É não tem jeito, o jeito é esperar a luz voltar.