O Período Regencial é importante pra ser compreendido, pois estamos em ano eleitoral e a gente sabe que, às vezes, é cansativo ver as pessoas falando sobre política nas redes sociais.
Contudo, é muito importante entender a posição e as propostas dos diversos grupos políticos!
Para ajudar você com isso — e com o preparo para o Enem — vamos falar do Período Regencial, mostrando as orientações dos grupos políticos existentes na época.
Escrevemos esse texto de um jeito que mostra que as divergências políticas estão longe de ser um problema atual e pra que você nunca mais esqueça a diferença entre os principais grupos do Período Regencial: chimangos, caramurus e jurujubas! Vamos em frente. Prepare-se!
O que foi o Período Regencial?
O Período Regencial começou quando D. Pedro I decidiu abdicar do trono brasileiro, no ano de 1831. Já que seu herdeiro não poderia assumir a coroa, por causa da idade — Pedro de Alcântara tinha apenas cinco anos —, foi criada uma estratégia de transição.
Para resolver a questão, decidiu-se que o país seria governado por regentes, até que seu sucessor tivesse idade pra assumir o trono.
Contudo, essa forma de governo descentralizada e de diferentes segmentos políticos acabou resultando em uma série de rebeliões em diferentes províncias, as maiores desde o descobrimento do Brasil.
Quais os principais grupos políticos do Período Regencial?
Nessa época o país estava dividido politicamente e havia disputas entre os diferentes setores da sociedade, pois faltava um líder capaz de unificar os interesses e mediar os conflitos — notou alguma semelhança com a atualidade?
Confira os principais grupos envolvidos nas revoltas do Período Regencial.
1. Caramurus ou Restauradores
Os restauradores faziam parte da galera que apoiava o líder, ou seja, o regime monárquico centralizado e queriam a volta de D. Pedro.
Tinham um perfil bastante conservador e eram formados principalmente por militares, comerciantes portugueses e burocratas.
2. Chimangos ou Moderados
Esse pessoal até aceitava a existência de um líder vitalício, como o imperador — basicamente pra não criar climão entre os partidos —, mas defendiam que todos deveriam ter mais representatividade, opinando sobre as decisões e dando sugestões sobre os rumos do país.
Eram um grupo que desejava manter a unidade territorial e que, apesar de defenderem um governo monárquico, defendiam também o federalismo. Sabe aquele pessoal que geralmente quer separar as brigas e arrumar solução pra tudo?
3. Jurujubas ou Exaltados
Não confunda com as deliciosas balinhas de goma, as jujubas, hein? Sempre tem aquela galera que se irrita com tudo e quer partir pra briga, né?
São aqueles que defendiam exaltadamente que todo mundo tivesse o direito de opinar e intervir nas questões políticas!
Exigiam uma eleição pra escolher o líder, o federalismo, a democratização da sociedade e eram adeptos do uso da força pra fazer valer os seus ideais. Alguns eram a favor da República.
Quais as principais revoltas do Período Regencial?
Todas essas divergências alimentaram muitas rebeliões. Confira quais foram as principais:
- Guerra dos Farrapos — Rio Grande do Sul;
- Cabanagem — província Grão Pará;
- Sabinada — Bahia;
- Balaiada — Maranhão;
- Revolta dos Malês — Bahia.
Não é de hoje que os interesses econômicos e a disputa pelo poder causam fissuras na sociedade e produzem conflitos que acabam prejudicando todo mundo.
O Período Regencial é um bom exemplo de como a falta de bons líderes podem desestruturar uma nação.
Então, que tal conhecer o cursinho preparatório para o Enem da Descomplica?