Descubra tudo sobre a prosa no pós-modernismo brasileiro!
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Contexto Histórico
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- 1953 – Criação da Petrobrás.
- 1959 – Fidel Castro toma o poder em Cuba.
- 1963 – Assassinato do presidente John F. Kennedy.
- 1968 – Protestos estudantis em vários países por reformas educacionais e políticas; Presidente Costa e Silva decreta AI-5.
- 1969 – Primeiro ser humano chega à Lua; Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e Edu Lobo partem para o exílio.
A Reinvenção da Narrativa

Fluxo de Consciência

A Prosa Pós-Moderna e o Público
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Exercícios
1. Sobre o pós-modernismo, é correto afirmar, exceto: a) Pós-modernismo é o nome dado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades desde 1950. b) O pós-modernismo é um termo de periodização artística e literária que se refere ao que vem depois do modernismo, abrangendo suas três fases: primeiro modernismo dos anos 20, modernismo dos anos 30-45, modernismo canônico demeados dos anos 40 e 60. c) As narrativas pós-modernas apoiam-se no cotidiano, daí o seu caráter espontâneo, e dão prioridade às temáticas que levam ao inconsciente coletivo. d) Os temas da prosa pós-modernista são extraídos do cotidiano e tratados com irreverência. Essa abordagem tinha como objetivo destruir e contestar os valores artísticos do passado, bem como os valores ideológicos, sociais e históricos que forjaram o patriotismo brasileiro. e) Enquanto o Concretismo consolidava suas características na poesia, a prosa pós-modernista seguia por diferentes estilos, marcada por tendências diversas: regionalista, urbana, intimista, política, realista-fantástica, além de crônicas e contos. 2.(UFES – ES) "Alguém que ainda pelejava, já na penúltima ânsia e farto de beber água sem copo, pôde alcançar um objeto encordoado que se movia. E aquele um aconteceu ser Francolim Ferreira, e a coisa movente era o rabo do burrinho pedrês. E Sete-de-Ouros, sem susto e mais, sem hora marcada, soube que ali era o ponto de se entregar, confiado, ao querer da correnteza. Pouco fazia que esta o levasse de viagem, muito para baixo do lugar da travessia. Deixou-se, tomando tragos de ar. Não resistia."Guimarães Rosa - O burrinho pedrês.
A característica regionalista presente no fragmento literário acima é: a) A exploração dos homens e dos animais pelos proprietários no meio rural. b) O mal-estar gerado pela decadência social. c) A observação minuciosa da fauna e da flora de uma região. d) A integração dos homens e dos bichos a seu meio ambiente. e) O respeito pelas superstições e sentimentos populares. 3. (Enem – 2013) Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou. [...] Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré-pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos - sou eu que escrevo o que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes. Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado de uma visão gradual - há dois anos e meio venho aos poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência de. De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. Como que estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não inicio pelo fim que justificaria o começo - como a morte parece dizer sobre a vida - porque preciso registrar os fatos antecedentes. LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (fragmento). A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha a trajetória literária de Clarice Lispector, culminada com a obra A hora da estrela, de 1977, ano da morte da escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade porque o narrador a) Observa os acontecimentos que narra sob uma ótica distante, sendo indiferente aos fatos e às personagens. b) Relata a história sem ter tido a preocupação de investigar os motivos que levaram aos eventos que a compõem. c) Reflete-se um sujeito que reflete sobre questões existenciais e sobre a construção do discurso. d) Admite a dificuldade de escrever uma história em razão da complexidade para escolheras palavras exatas. e) Propõe-se a discutir questões de natureza filosófica e metafísica, incomuns na narrativa de ficção.