Oi, gente! Discutimos esse tema da semana na monitoria de Redação e muita coisa foi falada, mas e na hora de passar pro papel? Quero dizer a todos vocês que hoje fiz essa redação com muito capricho. Levei 20 minutos pra escrever. Revisei mais de uma vez e segui todas as regras que eu falo pra vocês… usei só um argumento por parágrafo, eliminei o empilhamento de ideias, procurei usar palavras-chave na introdução e conclusão… fiz o título depois do texto… o resultado? Confere aí!
A ilusão da liberdade e a discriminação social velada em relação à mulher
Vivemos um momento de luta pela liberdade em todos os sentidos, principalmente no que tange os direitos civis. Neste paradigma, na sociedade contemporânea ocidental, a maioria das mulheres crê já ter atingido uma liberdade, ao menos civil, muito satisfatória, embora nem todas elas percebam que, do outro lado do mundo, muitas mulheres ainda sofrem por não poder estudar ou por cometer adultério, por exemplo, com penas que parecem medievais no ponto de vista globalizado do homem ocidental.
A globalização cosmopolita, principalmente nos grandes centros urbanos, esconde uma intensa massificação de idéias e estereótipos que continua a acontecer por trás de toda a falsa ilusão de liberdade de escolhas. A pressão em relação à aparência física feminina continua intensa, não só em sua vida pessoal, na qual se sente impelida a ser o mais magra e bem-cuidada o possível, como no trabalho, no qual tem que se vestir no padrão considerado feminino, muitas vezes usando sapatos desconfortáveis e maquiagem agressiva. Os dois padrões desconsideram o que é mais básico: saúde e conforto.
A sexualidade também é um fator problemático, visto que as próprias mulheres, muitas vezes, veiculam noções machistas sobre o comportamento sexual de outras mulheres e sustentam idéias sobre um suposto comportamento masculino, que seria mais visual e menos apegado, em detrimento de uma suposta postura feminina, sempre mais relacionada ao amor do que ao sexo. A desigualdade salarial, o assédio moral às mulheres bonitas e a própria dúvida que surge quanto à capacidade intelectual feminina são aspectos que reiteram o estereótipo de que a mulher é mais sensível e emocional, e por isso, menos capaz. Essas idéias não só oprimem a liberdade de expressão sexual feminina como faz com que os homens também reforcem esses padrões, e acabe parecendo que as relações sempre aconteceram assim e que os homens, ou as mulheres, “são todos iguais”.
Somente o conhecimento e a reflexão podem trazer para essa sociedade contemporânea, iludida com tanta informação e progresso, a verdadeira liberdade de optar como quer viver e de igualar os gêneros, libertando-os de todas as obrigações culturais inventadas para cada um deles. Em nossa História, já houve sociedades matriarcais e deusas da Guerra, da Terra, do Amor; já houve, também, uma Eva que nos expulsou do paraíso. Hoje, podemos ter todas elas e refletir com base no auto-conhecimento e reflexão cultural para escolher que mulher queremos ser, com toda a liberdade civil que é fundamental para começar qualquer discussão a respeito de liberdade.
Muito obrigada a todos vocês, porque de tanto encher o saco de vocês parei pra realmente seguir minhas instruções e fiz uma redação muito melhor! 🙂
Beijinhos,
Carol T x)