Olá, pessoal!
Hoje eu trago aqui uma redação pronta com o tema do ENEM de 2006: O Poder de Transformação da Leitura. Analisem com cuidado a excelente estratégia argumentativa desse texto. Além disso, fiquem ligados, pois no próximo post eu trarei uma análise aprofundada dessa redação. Confiram!
PODER VITALÍCIO
Em um primeiro momento, podemos apontar a transformação pessoal que o costume de ler pode ocasionar. Usando a leitura como entretenimento, o indivíduo pode usufruir de momentos de abstração, e até mesmo fuga momentânea da realidade circundante para uma outra, ficcional, o que pode ser saudável. Para os que o condenam como um hábito solitário, há inúmeros grupos de estudo em torno de livros, que demonstram que essa pode ser uma prática social. Hoje, existem várias maneiras de se praticar este ato, e blogs, sites de revistas e de jornais afirmam a Internet como eficiente meio pós-moderno de leitura.
Além disso, é possível estabelecer, também, a possibilidade de transformação social. Se a informação é a chave para o conhecimento, a leitura de obras e autores internacionais proporciona o entendimento de culturas e povos diversos. Da mesma maneira, a literatura de outros tempos ensina ao homem o seu passado, possibilitando maior compreensão do presente. Isso pode aumentar a aceitação das diferenças, o respeito pelo outro, e o discernimento para mudar o que há de errado no momento atual. Se mais autores brasileiros fossem publicados no exterior, poderíamos ser vistos como referência de boa literatura, e não conhecidos somente como o país do carnaval e do futebol.
Por fim, é possível pensar em um efeito mais amplo de transformação política. Sabendo que a leitura aumenta a aptidão cognitiva do indivíduo, e que cada leitor tem sua maneira de perceber e atribuir significado ao que lê, isso pode catapultar a capacidade argumentativa do cidadão. Considerando que vivemos em uma sociedade profundamente influenciada pela mídia de massa, que divulga informações prontas e superficiais, o habito de ler pode levar à reflexão. Pessoas que discutem problemáticas sociais, que sabem de seus direitos e deveres, podem não só votar com mais consciência, como cobrar dos Governantes que as leis sejam cumpridas, para o bem de todos.