Sabe aquele tema de redação que nós indicamos para você no Plano de Estudos da Semana 37? Ele virou um modelo de redação aqui no blog, feito pela monitora Bruna Saad, para você se inspirar e comparar com a sua própria redação. Confira!
Veja aqui a coletânea de textos completa para este tema e faça já a sua redação: Os impactos da ostentação no plano de consumo da sociedade brasileira.
Ser ou ter, eis a questão
Nos últimos anos, a realidade social de muitos brasileiros mudou para melhor. Em consequência dessa ascensão econômica, o poder de consumo da sociedade aumentou. Neste sentido, percebe-se a criação de um paradoxo social: ao mesmo tempo em que a situação financeira de muitos indivíduos melhorou a exclusão social ainda continua muito evidente. Para minimizar essa situação, os excluídos tentam se enquadrar ao estilo de vida das classes mais favorecidas, muitas vezes, ostentando sem poder.
A moda ostentação brasileira tem origem no movimento norte-americano “Bling Bling”, que foi popularizado principalmente por rappers que exibem joias, carros e roupas como símbolo da nova ascensão social. Porém, no Brasil, muitas dessas pessoas não têm dinheiro de verdade, vivem em condições precárias, têm dificuldade em pagar o aluguel e plano de saúde, mas não deixam de consumir bens de consumo supérfluos. Em contrapartida, a ostentação não é restrita, apenas, às classes menos favorecidas em ascensão. Os ricos também estão incluídos nessa parcela da população que não consegue ir a um restaurante sem fotografar a comida e compartilhar nas redes sociais.
Outro ritual que evidencia os novos tempos da economia nacional, representando a ostentação em uma sociedade na qual o consumo é a principal forma de ascensão social é o chamado “rolezinho”. Os participantes desse movimento são, em sua maioria, jovens marginalizados que, ao circular pelos shoppings, estão rompendo barreiras de classe e invadindo o espaço das elites. O fato de o jovem da periferia ser considerado um consumidor indesejado representa o preconceito e a exclusão social existentes na nossa sociedade. Dessa forma, fica claro que a aquisição de bens não é suficiente para inclusão social.
Torna-se evidente, portanto, que a sociedade precisa recuperar a capacidade de refletir sobre seus valores e deixar de ser completa vítima das facetas do capitalismo. Em primeiro lugar, a conscientização deve partir dos próprios indivíduos, que dão mais valor ao que têm em vez do que são. A escola como educadora deve auxiliar na construção desses valores desde cedo. É importante, também, que a mídia, sendo o principal veículo de propaganda, não faça distinção de classes ao criar um público-alvo para um determinado produto, visando, cada vez mais, a uma sociedade harmônica e igualitária.
AGORA QUE VOCÊ JÁ CONHECE OS IMPACTOS DA OSTENTAÇÃO, CONFIRA NOSSO GABARITO DO ENEM 2015!