Sabe aquele tema de redação que nós indicamos para você no Plano de Estudos da Semana 23? Ele virou um modelo de redação aqui no blog, feita pela monitora Maria Carolina, para você se inspirar e comparar com a sua própria redação. Confira!
Veja aqui a coletânea de textos completa para este tema e faça já a sua redação: O papel da polícia no Brasil do século XXI
O policiamento da sociedade
No livro “A Revolução Burguesa no Brasil”, o sociólogo Florestan Fernandes descreve a violência do regime militar como representação de poder e opressão sobre os indivíduos. Nos dias atuais, trinta anos após o processo de redemocratização, a sociedade tupiniquim ainda se questiona sobre a atual conjuntura da polícia, uma vez que essa tem atuado de maneira intransigente em diversas situações.
Em primeiro plano, o abuso de autoridade, que é empregado por vários policiais, tem com o intuito de repreender de forma truculenta e, muitas vezes, sem a averiguação de delitos. No mês de abril de 2015, professores paranaenses foram agredidos enquanto protestavam contra a alteração de custeios da previdência social, em frente à Assembleia Legislativa. O uso da força militar corroborou para o descrédito e a sensação de insegurança à população, pois essa espera proteção, e não mais o contra-ataque.
Além disso, a Constituição – por meio do artigo 144 – afirma que o papel da segurança pública é promover a manutenção da ordem pública de acordo com os interesses do Estado. Um caso que gerou comoção nacional foi a morte do menino Eduardo de Jesus, baleado na porta de casa enquanto ocorria uma operação no morro do Complexo do Alemão. Nesse sentido, aqueles que contrariam seus objetivos são tratados como possíveis inimigos a serem combatidos, mesmo que isso resulte na vida de inocentes.
Fica perceptível, portanto, a necessidade de mudar a postura da polícia em diferentes contextos. Assim, é viável reformular o modo que esses agentes são treinados para o cumprimento de ordens, a fim de evitar reflexos da opressão do golpe militar de 1964, como também, o acompanhamento psicológico, educacional desses profissionais e a denúncia de brutalidades, inibindo o abuso de poder e as manifestações de violência incorporadas em seus ideais. Desse modo, com a reaprendizagem de sua função, a sociedade passaria a se sentir mais confiante em relação à segurança pública brasileira.