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Exercícios para treinamento I

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Gente,

como estão? 🙂

Estudando muito? Espero que sim!

Hoje vou postar aqui 5 exercícios discursivos interessante para que vocês treinem. Todos eles estão com seus respectivos gabaritos. Amanhã, postarei outros 5 exercícios para vocês também treinarem.

Vamos lá! =P

Questão 1 –

Catar feijão

Catar feijão se limita com escrever:
jogam-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na da folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

MELO NETO, João Cabral de. Obra Completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994; pp. 346-347

No terceiro verso da primeira estrofe do poema de João Cabral de Melo Neto, há uma construção com um termo elíptico.  Identifique o termo que foi omitido.

Gabarito:

O termo omitido foi “água”.

Questão 2 – LIRA XIV

Gozemos do prazer de são amores.
Sobre as nossas cabeças,
Sem que possam deter, o tempo corre:
E para nós o tempo, que se passa,
Também, Marília, morre.

(Tomás Antonio Gonzaga)

“As flores que adornam nosso jardim são lindas.”
Nesta frase, qual é a classe gramatical do termo destacado? E a sua função sintática?

Gabarito:

Pronome relativo. Sujeito

Questão 3 –

“Linda
E sabe como viver
Você me faz feliz
Esta canção é só para dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais.”

Analisando o terceiro verso, indique:

a)    O complemento de “faz”

b)    A função de “feliz”

Gabarito:

a) Me

b) Predicativo do objeto.

Questão 4 –

Carta

(…) Talvez você já saiba que as notícias não são lá muito boas. Pensei em começar dizendo que apesar de tudo o Rio continua lindo, mas sustei a pena, primeiro porque seria um clichê e depois porque isso você vê todos os dias, apesar de estar distante. Mas a verdade é que estamos passando um aperto. Nosso Rio, meu caro, tornou-se de repente um símbolo do mal. De uns tempos para cá, uma conjugação de fatores – policiais, políticos, econômicos e outros mais impalpáveis – tem contribuído para isso, criado uma bola de neve que não temos sabido como deter. A imagem da cidade dói associada à violência, de forma taxativa.(…)

SEIXAS, Heloisa. Contos Mínimos. Revista Domingo. Jornal do Brasil. 29 de junho de 2003. p. 42

Fazendo apenas as modificações necessárias, reescreva o trecho “porque isso você vê todos os dias, apesar de estar distante.” (texto 2), substituindo o elemento coesivo sublinhado por outro de valor semântico equivalente.

Gabarito:

porque isso você vê todos os dias, mesmo estando distante.

porque isso você vê todos os dias, embora esteja distante.

Questão 5 –

A tarde cai, por demais
Erma, tímida e silente…
A chuva, em gotas glaciais,
Chora monotonamente.

E enquanto anoitece, vou
Lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó.

Enternecido sorrio
Do fervor desses carinhos:
É que os conheci velhinhos,
Quando o fogo era já frio.

Cartas de antes do noivado…
Cartas de amor que começa,
Inquieto, maravilhado,
E sem saber o que peça.

Temendo a cada momento
Ofendê-la, desgostá-la,
Quer ler em seu pensamento
E balbucia, não fala…

A mão pálida tremia
Contando o seu grande bem.
Mas, como o dele, batia
Dela o coração também.

A paixão, medrosa dantes
Cresceu, dominou-o todo.
E as confissões hesitantes
Mudaram logo de modo.

Depois o espinho do ciúme…
A dor… a visão da morte…
Mas, calmado o vento, o lume
Brilhou, mais puro e mais forte.

E eu bendigo, envergonhado,
Esse amor, avô do meu…
Do meu – fruto sem cuidado
Que, ainda verde, apodreceu.

O meu semblante está enxuto
Mas a alma, em gotas mansas,
Chora, abismada no luto
Das minhas desesperanças…

E a noite vem, por demais
Erma, úmida e silente…
A chuva, em pingos glaciais,
Cai melancolicamente.

E enquanto anoitece, vou
Lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó.

Determine o gênero a que pertence o texto, mencionando duas características que o comprovem.

Gabarito:

O gênero literário predominante no texto 3 é o lírico, caracterizado pela presença do “eu lírico”, pela subjetividade excessiva, do clima emotivo e sentimental e da construção de um presente marcado por experiências e reminiscências do passado.

Espero ter ajudado!

Eventuais dúvidas, é só me procurar! 🙂

Abraços,

Diego

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