O Tema de Redação da Semana 46 já está liberado! Quer saber qual é? Confira abaixo o tema e a proposta de redação, com a coletânea de textos, para você treinar a sua escrita e garantir uma boa nota do vestibular!
Agora, que o ENEM já passou, está na hora de se preparar para as provas específicas de outros vestibulares. Confira, abaixo, a proposta de redação do tema:Dissertação – Da falta de atenção à depressão, as indústrias farmacêuticas têm aproveitado o incômodo do cliente para “criar” sintomas e vender medicamentos.
TEXTO I
“O suíço Daniel Vasella, presidente da Novartis, é um dos expoentes da indústria farmacêutica mundial. Médico de formação, ele decidiu abandonar o consultório em 1988, aos 35 anos de idade, para trabalhar na área de vendas da fabricante de medicamentos americana Sandoz. Vasella fez, então, uma carreira rápida e bem-sucedida e, em 1996, assumiu o comando da Novartis, empresa resultante da fusão da Sandoz com a Ciba-Geigy e uma das cinco maiores do mundo no setor. Anos atrás, durante uma entrevista, Vasella foi perguntado sobre como sua empresa conseguia criar os medicamentos de sucesso exigidos pelos investidores. Sua resposta foi tão direta quanto surpreendente. “Você cria um desejo”, afirmou ele, como se estivesse falando de um produto de consumo como qualquer outro.”
Disponível em: h_ttps://mdajlemos.wordpress.com/2008/08/29/como-a-industria-farmaceutica-cria-doencas-e-vende-remedios/_
TEXTO II
“Há cerca de trinta anos, o dirigente de uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo fez declarações muito claras. Na época, perto da aposentadoria, o dinâmico diretor da Merck, Henry Gadsden, revelou à revista Fortune seu desespero por ver o mercado potencial de sua empresa confinado somente às doenças. Explicando, preferiria ver a Merck transformada numa espécie de Wringley’s – fabricante e distribuidor de gomas de mascar –, Gadsden declarou que sonhava, havia muito tempo, produzir medicamentos destinados às… pessoas saudáveis. Porque, assim, a Merck teria a possibilidade de “vender para todo mundo”. Três décadas depois, o sonho entusiasta de Gadsden tornou-se realidade.
As estratégias de marketing das maiores empresas farmacêuticas almejam agora, e de maneira agressiva, as pessoas saudáveis. Os altos e baixos da vida diária tornaram-se problemas mentais. Queixas totalmente comuns são transformadas em síndromes de pânico. Pessoas normais são, cada vez mais pessoas, transformadas em doentes. Em meio a campanhas de promoção, a indústria farmacêutica, que movimenta cerca de 500 bilhões dólares por ano, explora os nossos mais profundos medos da morte, da decadência física e da doença – mudando assim literalmente o que significa ser humano. Recompensados com toda razão quando salvam vidas humanas e reduzem os sofrimentos, os gigantes farmacêuticos não se contentam mais em vender para aqueles que precisam. Pela pura e simples razão que, como bem sabe Wall Street, dá muito lucro dizer às pessoas saudáveis que estão doentes.”
Disponível em:https://www.umaoutravisao.com.br/secoes/Sa_úde/aindustrbilionaria.html_
TEXTO III
“Doença mental e criatividade não são categorias mutuamente excludentes; ao contrário, frequentemente estão associadas. Afinal, criar significa escapar de padrões habituais, inovar, surpreender. Ora, essas características podem muito bem ser aplicadas à doença mental, a tal ponto que, para alguns artistas, são inseparáveis. O grande pintor norueguês Edvard Munch (autor do famoso O grito) era psicótico; admitia-o, mas temia que o tratamento pudesse reduzir ou suprimir seu potencial. A pergunta, pois, se impõe: existe um denominador comum entre criatividade e doença mental? A dúvida não é de hoje. Já havia sido formulada por Aristóteles, no famoso Problema XXX: “Por que razão todos os que foram homens de exceção no que concerne à filosofia, à poesia ou às artes são manifestamente melancólicos?”.
Moacyr Scliar_. Disponível em: https://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/entre\_a\_euforia\_e\_a\_depressao.html_
O século XXI tem sido marcado pelo surgimento de diversas doenças que nunca pareceram afetar tanto o ser humano. Da falta de atenção à depressão, as indústrias farmacêuticas têm aproveitado o incômodo do cliente para “criar” sintomas e vender medicamentos. Há opiniões, como a de Moacyr Scliar, que dizem, inclusive, que o tratamento de diversas “doenças” é um ingrediente básico na perda da inspiração. Prova disso são os grandes escritores de escolas como o Romantismo e o Barroco, que expressavam suas inquietudes em obras incríveis. Hoje, talvez não existissem.
Considerando a coletânea acima, produza um texto dissertativo-argumentativo – com cerca de 25 linhas e título –, que mostre e defenda um posicionamento sobre essa discussão. Não será tolerada a cópia de qualquer um dos textos apresentados.