Você sabia que no século XVII a Inglaterra passou por várias revoluções? Que tal vermos os principais motivos que as desencadearam?
Os antecedentes para essas revoluções foram, por exemplo:
- A Carta Magna de 1215
- A Guerra dos 100 anos (1337-1453), entre Inglaterra e França, por disputas territoriais, econômicas e políticas, que Joana D’Arc ajudou a dinastia Valois a vencer
- A Guerra das Duas Rosas, em território inglês, numa disputa dinástica (York X Lancaster) para saber quem controlaria a Inglaterra, mas quem ascende ao poder é a dinastia Tudor, promovendo a centralização política – aquela dinastia do Rei Henrique VIII, da Rainha Maria I (Blood Mary) e da Rainha Elizabeth I.
A dinastia Stuart chega então ao poder (quando os Tudors morrem “Tudors” (ou todos), como diria o Professor William). Os reis fazem o juramento anglicano e, nesses governos de Jaime I e Carlos I, há inúmeras perseguições religiosas e a fuga de ingleses para as 13 Colônias, com total intolerância a qualquer outra religião que não o anglicanismo. Foi daí que surgiu a Revolução Puritana (puritanos eram os calvinistas ingleses).
A Revolução Puritana se deu a partir de uma guerra civil, na qual de um lado estava a burguesia parlamentar e, do outro, a monarquia absolutista e os nobres. Houve a formação do New Army, comandado por Oliver Cromwell defendendo os puritanos, dando a eles a vitória. Foi criada então a República Puritana (1649/58), na qual a primeira ação foi a execução de Carlos I. Além do fechamento do parlamento e do combate às oposições houve a intensificação dos enclausures, até a morte de Cromwell em 1658.
Em 1660, houve a restauração monárquica e o retorno dos Stuart (Stuart Litlle? Não, Carlos II) que, com seu autoritarismo levou o parlamento à divisão. O agora rei, Jaime II, era católico e aliado da França, tendo um filho com sua rainha também católica ameaçando a restauração do catolicismo, causou outra revolução. Houve a famosíssima Revolução Gloriosa (1688), na qual foi coroado Guilherme de Orange, ou Guilherme III, e ocorreu também a criação da “Bill of Rights”, a declaração de direitos ingleses, com a instauração da monarquia parlamentar na Inglaterra. Aquela que “o reina, mas não pode governar”. Será que a atual rainha gosta de não governar?