Conceitos básicos em taxonomia
A taxonomia é um ramo da Biologia que lida com a descrição, identificação e classificação dos organismos. Vejamos alguns dos principais conceitos importantes para a compreensão da taxonomia. Os seres vivos são agrupados em grupos naturais monofiléticos, ou seja, grupos que possuem um ancestral em comum para todos seus descendentes. A classificação deve ser padronizada, para ser entendida em todo o mundo.
O sistema de classificação de Lineu
Em 1735, Carl Von Linné (Lineu) publica o Systema Naturae, onde agrupa os seres vivos de acordo com categorias taxonômicas, sendo essas: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. Quanto mais próximo da espécie, maior o grau de parentesco entre os indivíduos; quanto mais próximo do reino, maior é a diversidade de entre os seres. Essa classificação é utilizada até hoje.
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Como escrevemos o nome de uma espécie?
De acordo com a classificação de Lineu, todos os nomes científicos devem ser escritos em latim, pois é uma língua morta, ou seja, não sofrerá alterações com o tempo, e as descrições e nomes não precisam ser alteradas. Ao escrever o nome de uma espécie, devemos seguir algumas regras:1. A língua utilizada para escrever nomes científicos é o latim e eles devem estar destacados no texto (sublinhados ou em itálico);
2. É obrigatório o uso de duas palavras para designar o nome científico de uma espécie. A primeira deve ser escrita com letra inicial maiúscula e a segunda com letra inicial minúscula;
3. A primeira palavra indica o gênero (epíteto genérico), enquanto a segunda palavra indica o nome específico (epípeto específico). A primeira e a segunda palavra juntas formam o nome da espécie.
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Conceitos básicos em saúde
Parasitoses
Os principais organismos causadores de doenças são os vírus, as bactérias, os protozoários e os vermes (achatados ou cilíndricos).Existem alguns conceitos básicos comuns sobre conteúdos relacionados a doenças e a saúde que são necessários para o entendimento deste tema. Vejamos quais são eles.
Agente etiológico
É o agente causador da doença. Exemplos: o agente etiológico da dengue é um vírus e o da Esquistossomose é o verme platelminto Schistossoma mansoni.
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Vetor
É o agente transmissor da doença. Exemplo: o vetor da dengue é o mosquito Aedes aegypti.
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Hospedeiro definitivo
Hospedeiro no qual o parasita se reproduz de maneira sexuada. Exemplo: na Esquistossomose e na Teníase, o homem é o hospedeiro definitivo, onde o Schistossoma mansoni e a Taenia sp. reproduzem-se sexuadamente.
Hospedeiro intermediário
Hospedeiro no qual o parasita somente amadurece e realiza reprodução assexuada. Exemplo: na Esquistossomose, o caramujo é o hospedeiro intermediário, onde a larva do Schistossoma mansoni amadurece. Na Teníase, o boi ou o porco podem atuar como hospedeiros intermediários, onde a tênia reproduz-se assexuadamente.
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Doenças
As doenças podem ser congênitas, adquiridas ou hereditária. As doenças adquiridas são doenças que são adquiridas ao longo da vida, como resfriado, AIDS, raiva, entre outras. As doenças congênitas são adquiridas no período do desenvolvimento embrionário, dentro do útero materno. As doenças hereditárias são doenças genéticas, ou seja, a informação da doença está contida nos genes, como a miopia. As doenças também podem ser diferenciadas por sua dispersão: na endemia a doença possui um número de casos constante em um determinado local; na epidemia é quando ocorre o surto de uma doença em um determinado local; na pandemia ocorre um surto de uma doença em escala global.Imunização
Estar imune é possuir anticorpos específicos contra determinado antígeno, ou seja, possuir células de defesa que agem contra um organismo estranho no corpo.
Pode-se adquirir anticorpos de duas maneiras:
1. O próprio indivíduo produz seus anticorpos (imunização ativa). É possível produzir anticorpos de forma natural, após contrair uma doença, ou de forma artificial, ao fazer uso de vacinas. As vacinas estimulam o corpo a produzir anticorpos, pois possuem antígenos mortos ou enfraquecidos. Portanto, possuem ação preventiva e devem ser tomadas antes de se entrar em contato com a doença.
Neste tipo de imunização, é gerada uma memória imunológica, permitindo uma produção maior de anticorpos nos próximos contatos do indivíduo com o mesmo antígeno.
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2. O indivíduo recebe anticorpos que foram produzidos por outro indivíduo (imunização passiva). Pode ocorrer de forma natural, como na transmissão de anticorpos que ocorre entre a mãe e o feto através da placenta e do leite materno, ou de forma artificial, ao fazer uso de soros. O soro possui uma grande quantidade de anticorpos e é utilizado quando o indivíduo já entrou em contato com o antígeno, agindo de forma curativa. Exemplo: soros contra venenos de animais peçonhentos. Este tipo de imunização não possui capacidade de gerar memória imunológica.
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