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Até hoje a Inglaterra mantém o sistema monarquista. Na foto é a rainha Elizabeth II, que governou por 70 anos

Revolução Inglesa: fases e consequências.

Saiba tudo sobre o movimento que possibilitou a ascensão da burguesia inglesa ao poder. Clique aqui e saiba mais!

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A Inglaterra promoveu uma importante reformulação política em sua história, sabia? Fazendo parte da onda de revoluções burguesas, A Revolução Inglesa superou o Absolutismo e foi essencial para criar as bases da Revolução Industrial. Ela pode ser resumida em dois períodos: a Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa.

Resultado de movimentos políticos e sociais que ocorreram entre os anos de 1640 e 1688 na Inglaterra, a Revolução Inglesa culminou no fim do absolutismo ali e na implantação de uma monarquia parlamentar – em que o rei está submetido ao parlamento. A Revolução Inglesa é considerada a primeira revolução burguesa da Europa!

Entre um período e outro da Revolução Inglesa tem muuuita história! É uma baita confusão, babado e gritaria. Vem tranquilo pra saber tudo sobre este período na história da Inglaterra e fique super preparado caso o assunto seja cobrado no vestibular. 

  1. Absolutista, mas nem tanto

Com a formação dos Estados Nacionais, o absolutismo foi amplamente adotado na Europa durante a Idade Moderna. Contudo, a relação da Inglaterra com o absolutismo foi marcada pela instabilidade. Desde de antes da formação da Monarquia Parlamentar Inglesa, já existiam mecanismos para controlar o poder do rei, como a Magna Carta (1215).

O ideal absolutista só vai se concretizar após a Guerra das Duas Rosas (1455 – 1485), entre as famílias York e Lancaster pelo trono inglês. O conflito enfraquece os laços senhoriais e fortalece o poder na figura do rei. Com a dinastia Tudor (1485 – 1603), o absolutismo se concretizou, mas não criou raízes, como veremos a seguir.

  1. As tretas religiosas

Durante as reformas religiosas, Henrique VIII rompe com a Igreja Católica e cria a Igreja Anglicana.  Apesar de ser amplamente difundido que o rompimento estava ligado somente à negação do divórcio, é importante ressaltar que o interesse do rei estava diretamente ligado às posses da Igreja e seu excesso de poder. Ou seja, a nova religião não nasceu buscando romper dogmas católicos, muito pelo contrário, muitos aspectos continuaram iguais.

Junto com o anglicanismo, o Calvinismo também vai ganhar terreno entre a burguesia inglesa, que vai encontrar na nova religião um incentivo às suas práticas comerciais. Conhecidos como puritanos, os burgueses adquiriram mais força econômica, espiritual e religiosa e se fortaleceram politicamente, o que proporcionou uma ascensão cada vez maior dessa classe.

  1. A conspiração contra a burguesia

A dinastia dos Stuarts foi marcada pela oposição entre a nobreza e os burgueses, vulgo, puritanos. O crescimento econômico e político da burguesia assustava a nobreza. Essa desavença vai se estender para o campo político com o acirramento das disputas no Parlamento entre a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes. Enquanto a primeira representava os interesses burgueses, a segunda era composta pela nobreza.

Com a intenção de diminuir o poder da burguesia, Jaime I (1603 – 1625) vai aumentar os impostos e promover uma perseguição religiosa aos puritanos. Numa clara tentativa de restabelecer o absolutismo e centralizar o poder na sua figura, ele ainda fechou o parlamento (1614 -1622) e manteve uma postura intervencionista com a formação de monopólios estatais.

Quando seu filho, Carlos I (1625 – 1649), assume o trono, a postura com relação a centralização do poder e a perseguição aos puritanos continua a mesma, porém com o Parlamento aberto. Sofrendo uma oposição ferrenha, principalmente, da Câmara dos Comuns, liderada por Oliver Cromwell, sua postura vai dar início a chamada Guerra Civil.

  1. Revolução Puritana

Conhecida também como a Guerra Civil Inglesa, o conflito bélico opôs os defensores do poder do rei, os Cavaleiros, e aqueles que defendiam o interesse dos puritanos, os cabeças redondas. Formada por camponeses e pela baixa burguesia, o exército chamado de New Model Army era liderado por Oliver Cromwell e era composto também por dois grupos radicais: os Diggers, que atuavam no campo e os Levellers, que estavam ligados à cidade.

Vencido o exército dos nobres, os puritanos decapitaram o rei Carlos I em 1649 e instalaram uma república liderada por Oliver Cromwell. 

A República de Cromwell

Chamada de Commonwealth, o novo modelo republicano, que a princípio lutou contra o absolutismo, vai ser construído em cima de contradições. A centralização do poder, que era a grande crítica à monarquia, vai ser a marca principal do governo de Oliver Cromwell.

Ele dissolveu o Parlamento e se declarou o Lorde Protetor da Inglaterra, Irlanda e da Escócia e se manteve enquanto tal até a sua morte. Apesar do autoritarismo, Cromwell não esqueceu as demandas da burguesia e promulgou os Atos de Navegação (1651). Através dele, impulsionou a marinha inglesa, diminuiu a concorrência holandesa e aumentou o lucro dos comerciantes ingleses.

  1. O retorno daqueles que não foram

Com a morte de Oliver Cromwell, seu filho Richard Cromwell assume o poder. Porém, sua liderança e popularidade não eram lá grandes coisas. Com um governo marcado pela instabilidade, ele será retirado do poder e o Parlamento vai conseguir restaurar a monarquia e colocar a dinastia Stuart no poder.

Mas como os nobres continuavam sendo nobres e a burguesia continuava sendo a burguesia, os conflitos continuaram. Carlos II seguia o exemplo dos antecessores: flertava abertamente com o absolutismo, fechou o Parlamento (1681), perseguiu os puritanos e para piorar, se aproximou novamente do catolicismo. A conversão de seu sucessor, Jaime II, a religião católica e a concessão de benefícios aos católicos podem ser consideradas o estopim para a eclosão de um novo conflito. 

  1. Revolução Gloriosa

Com o aumento da insatisfação de ambos os grupos, nobreza e burguesia, o Parlamento se reúne e organiza um golpe político para tirar Jaime II do poder. Maria II, filha do rei, junto com Guilherme de Orange, seu marido, armam com o Parlamento para depor o rei. 

E assim se concretizou a revolução: sem derramamento de sangue e de forma rápida. Jaime II foi retirado do poder, que foi assumido pela sua filha e por seu marido. Porém, o Parlamento, principalmente a burguesia, vai assegurar a aprovação da Bill of Rights – Declaração de Direitos de 1689 – garantindo a limitação do poder real.  

A promulgação da Bill of Rights acaba de vez com o absolutismo na Inglaterra e promove a consolidação da monarquia parlamentarista. É a vitória da burguesia sobre os privilégios da nobreza. 

  1. Consequências da Revolução Burguesa na Inglaterra

As consequências diretas do sucesso da primeira revolução burguesa foi a conquista da liberdade de expressão e da profissão da fé, além da subordinação da figura do rei ao Parlamento. Ademais, garantiu o direito à propriedade privada e a criação de mecanismo que impediam a volta do absolutismo.

A Revolução Inglesa favoreceu a transformação da Inglaterra em uma potência comercial devido ao aumento da participação da burguesia nas decisões políticas através do Parlamento. Ela consolidou o poder político na mão da burguesia, um fator essencial para a criação das bases necessárias para a Revolução Industrial e para o desenvolvimento pleno da classe burguesa.

 A vida social antes da Revolução Inglesa

Com a Dinastia Tudor, a Inglaterra teve muitas conquistas, que serviram de base para o desenvolvimento econômico do país. Os governos de Henrique VIII e de sua filha Elisabeth I trouxeram:

  • A unificação do país;
  • Afastamento do Papa;
  • Confisco dos bens da Igreja Católica;
  • Criação do anglicanismo;
  • Ingresso na disputa por colônias com os espanhóis.

Foi com esses monarcas que também surgiu a formação de monopólios comerciais, como a Companhia das Índias Orientais e dos Mercadores Aventureiros. Isto serviu para impedir a livre concorrência, embora essa ação tenha sufocado alguns setores da burguesia, o que resultou na divisão da burguesia de um lado – grandes comerciantes que gostaram da política de monopólio – e, de outro, a pequena burguesia que queria a livre concorrência.

Entre os grandes problemas da época estavam a detenção de privilégios nas mãos das corporações de ofício e a situação problemática na zona rural, com a alta dos produtos agrícolas as terras foram valorizadas. Isso gerou os cercamentos, isto é, os grandes proprietários rurais queriam aumentar suas terras expropriando as terras coletivas, transformando-as em particulares.

O resultado foi a expulsão de camponeses do campo e a criação de grandes propriedades para a criação de ovelhas e produção de lã, condições imprescindíveis para a Revolução Industrial.

Para não deixar o conflito entre camponeses e grandes proprietários aumentar, o governo tentou impedir os cercamentos. Claro que com essa ação a nobreza rural, Gentry (a nobreza progressista rural), e a burguesia mercantil foram fortes oponentes.

Resumo sobre a Revolução Inglesa

De forma resumida, podemos destacar os seguintes pontos quando o assunto é Revolução Inglesa:

  • Foi marcada pelas disputas entre nobreza e burguesia;
  • As perseguições religiosas aos puritanos foram marcas da revolução;
  • A Inglaterra nunca foi muito fã do absolutismo;
  • Os Atos de Navegação foram essenciais para transformar a marinha inglesa em uma potência;
  • O período republicano foi marcado pelo autoritarismo;
  • A Revolução Inglesa foi a primeira revolução burguesa;
  • A vitória da burguesia pôs fim ao absolutismo na Inglaterra;
  • O poder político conquistado pela burguesia vai assegurar a expansão do modo de produção capitalista;
  • A Revolução Inglesa foi essencial para o desenvolvimento da Revolução Industrial.

E aí? Entendeu o que foi a Revolução Inglesa e seus impactos? Se precisar de uma força pra estudar para o Enem, conte com a gente! Conheça nosso cursinho para o vestibular e estude com a Descomplica! 

Comentários

fernanda
fernanda
23/10/2013 às 14:17

Muito interessante,apesar de quem escreveu não ter concluído nessa mesma página.Acredito que precisa ser um poco melhorado esse texto ,dá sempre para melhorar.Procurem ir mais afundo no texto ele está muito vazio ,(em conteúdo).

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MARCOS
MARCOS
16/07/2012 às 12:54

MAIS OU MENOS SO PQ NAO TERMINO A HISTORIA...

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