A luta da Revolução Cubana foi contra a ditadura de Fulgêncio Batista e o imperialismo estadunidense em Cuba.
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Assim como os mexicanos que lutaram contra o governo autoritário de Porfírio Diaz na Revolução Mexicana, a Revolução Cubana também foi uma importante revolução social do século XX. No caso cubano, foi uma luta contra a ditadura de Fulgêncio Batista e o imperialismo estadunidense em Cuba.
Alguns historiadores costumam utilizar a denominação Revoluções Cubanas (ao invés do singular Revolução Cubana) por considerar se tratarem de duas revoluções: a primeira, ocorrida em 1956, liderada por Fidel e Che, teve um forte caráter nacionalista; já a de 1961 foi marcadamente socialista.
Quer saber como ocorreram essas revoluções? Dá uma olhada no resumo aqui embaixo! :)
Contexto
Para entender o que foi a Revolução Cubana, é necessário atentar para o contexto de Cuba durante a primeira metade do século XX. Após se tornar independente do domínio espanhol, Cuba acabou ficando sob forte influência dos Estados Unidos, que interferia nos seus assuntos internos a partir da chamada Emenda Platt.
Além da forte influência norte-americana, os cubanos tinham outro grande problema: a ditadura de Fulgêncio Batista. Durante o período ditatorial, Batista empreendeu uma política de atrelamento aos Estados Unidos e uma forte repressão aos opositores do governo.
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A revolução de 1956
O início da Revolução Cubana será marcado pela organização de um grupo guerrilheiro, liderado pelo advogado Fidel Castro, contra o governo ditatorial de Fulgêncio Batista. Esse grupo guerrilheiro desembarcou em Cuba em 1956, quando foram atacados de surpresa por soldados de Batista e fugiram para Sierra Maestra.
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Nomes como Ernesto Che Guevara e Raul Castro, juntamente com outros sobreviventes do ataque, iniciaram uma guerra de guerrilhas contra a ditadura cubana. No início de 1959, o movimento de Fidel Castro tomou o poder em Havana e Fulgêncio Batista fugiu para Miami.
Com a ascensão de Fidel ao poder serão tomadas uma série de medidas nacionalistas, como a nacionalização de empresas estrangeiras, a prisão de opositores políticos e o início de um processo de reforma agrária. Quem vai ficar insatisfeito com essas medidas? Os Estados Unidos, obviamente, que tinham uma política intervencionista em Cuba.
A revolução de 1961
Após a ascensão de Fidel ao poder, cresceram os conflitos entre Cuba e Estados Unidos, que viam seus interesses comprometidos com o novo governo. Neste sentido, os norte-americanos iniciaram diversas ofensivas aos cubanos.
Dois importantes episódios vão marcar o acirramento das divergências entre Cuba e EUA: a tentativa fracassada de invasão a Baía dos Porcos (1961), na qual exilados cubanos treinados e financiados pelos EUA tentaram invadir a ilha caribenha com o objetivo de desestabilizar o governo de Fidel; e a expulsão de Cuba da OEA (Organização dos Estados Americanos) , com a imposição de uma bloqueio econômico norte-americano aos cubanos.
Tais conflitos provocaram aproximação de Cuba com a URSS e a adoção de um regime socialista. Lembremos que estamos em um contexto de Guerra Fria, no qual o mundo estava bipolarização entre Estados Unidos e União Soviética, beleza?
Essa aproximação com os soviéticos aumentou ainda mais as tensões, principalmente após a instalação de mísseis nucleares soviéticos em Cuba, o que gerou a chamada Crise dos Mísseis, um dos momentos mais críticos da Guerra Fria, no qual se chegou extremamente próximo da efetiva eclosão de uma guerra nuclear.
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