Você provavelmente já ouviu falar de Sócrates. Afinal, ele é um dos filósofos mais importantes de todos, tendo tamanha relevância que é chamado até hoje de pai da Filosofia.
Entender quem foi Sócrates é apenas o começo pra compreender essa figura histórica. Por meio de um método próprio e sem quaisquer registros formais, ele usava dos questionamentos diretos pra chegar à verdade.
Que tal descobrir mais sobre como Sócrates se tornou o pai da Filosofia? A seguir, nós separamos um resumo sobre o tema que caem no vestibular!
Quem foi Sócrates?
Sócrates foi um filósofo grego, na verdade o primeiro filósofo de que se tem notícia, sendo chamado de o pai da Filosofia. Ele foi o criador da tradição ética do pensamento, apesar de não ser autor de textos e ser conhecido apenas por meio dos relatos de terceiros.
Ele é mais conhecido por seus famosos diálogos, que empregavam o método socrático. Os registros contam que Sócrates e seus interlocutores examinavam um assunto a partir de perguntas e respostas até esgotar seus temas.
Os relatos contraditórios que restaram de Sócrates tornam quase impossível a reconstrução de sua filosofia, uma situação conhecida como problema socrático. Em 399 a.C., foi acusado de impiedade e corromper os jovens e condenado à morte em Atenas.
Qual foi o legado deixado por Sócrates?
Sócrates é mais conhecido pelo método socrático, também chamado de método de refutação. Ele foi registrado por seu discípulo, Platão, e retratava como Sócrates provava por meio do diálogo que as crenças e argumentos das pessoas são contraditórias.
O legado de Sócrates foi imenso na Filosofia após sua morte. Quase todas as correntes filosóficas têm os pensamentos e métodos de Sócrates em suas raízes, como a Academia de Platão, o Liceu de Aristóteles, os Cínicos e os Estóicos.
No entanto, tudo o que se sabe sobre Sócrates e seus pensamentos vem de relatos publicados por seus discípulos.
Afinal, o filósofo não escreveu livros nem fez registros de suas ideias. Por fim, não ensinava uma doutrina filosófica fixa, reconhecendo sua própria ignorância enquanto procurava a verdade.
Exercício sobre Sócrates
1. (UNESP 2010) “Em 399 a.C., o filósofo Sócrates é acusado de graves crimes por alguns cidadãos atenienses. (…) Em seu julgamento, segundo as práticas da época, diante de um júri de 501 cidadãos, o filósofo apresenta um longo discurso, sua apologia ou defesa, em que, no entanto, longe de se defender objetivamente das acusações, ironiza seus acusadores, assume as acusações, dizendo-se coerente com o que ensinava e recusa a declarar-se inocente ou pedir uma pena. Com isso, ao júri, tendo que optar pela acusação ou pela defesa, só restou como alternativa a condenação do filósofo à morte”.
(Danilo Marcondes. Iniciação à História da Filosofia, 1998. Adaptado.)
Com base no texto apresentado, explique quais foram os motivos da condenação de Sócrates à morte.
Gabarito
1. Sem dúvidas, é difícil a tarefa de reconstruir fidedignamente as razões que conduziram Sócrates à morte, visto que este não deixou nada escrito e tudo o que sabemos a seu respeito é fruto da informação de terceiros e relatos que já se transformaram muito com todos os anos passados.
De qualquer modo, segundo o relato de Platão, que se tornou canônico na história da filosofia, Sócrates foi condenado à morte acusado de dois crimes: a corrupção da juventude, isto é, a influência negativa sobre os jovens da época, e a impiedade, ou seja, a descrença em relação aos deuses da cidade. Estas, de fato, foram as acusações formais. Porém, confrontado com elas, o Sócrates platônico as considera meros pretextos.
Na realidade, segundo o próprio filósofo, o verdadeiro motivo das acusações era a enorme raiva que as grandes personalidades públicas de Atenas tinham dele, simplesmente pelo fato de Sócrates haver demonstrado muitas vezes, e publicamente, que todos aqueles homens que se consideravam grandes sábios eram, na verdade, ignorantes.
O que nos faz concluir que foi, na realidade, a incapacidade dos grandes “figurões” de Atenas em admitir sua própria ignorância que tornou Sócrates alguém odioso a eles, alguém que deveria ser calado a qualquer custo e, se necessário, com a morte. Simplesmente pelo fato de repreenderem quem ia contra suas “verdades absolutas” não que pregava um discurso aperto e — até mesmo revolucionário — para aquele momento.
Gostou do nosso exercício sobre Sócrates? Então conte nos comentários se você acertou a resposta!