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Guilherme de Ockham, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino filósofos medievais

Filosofia Medieval: guia com pensamento filosófico medieval, autores e muito mais!

Saiba tudo sobre a filosofia medial e os seus principais autores neste guia completo. Confira!

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A filosofia medieval é o segundo grande período da história da filosofia, posterior à filosofia antiga, estendendo-se por vários séculos. O pensamento filosófico medieval teve seu auge no século XIII, ápice da Idade Média ocidental, época do feudalismo, das monarquias descentralizadas, da arte gótica e de domínio cultural da Igreja Católica.

Pensamento Medieval

O pensamento medieval foi um período da história da filosofia que se desenvolveu durante a Idade Média, na Europa, e foi marcado pelas tentativas de conciliação entre fé e razão. A filosofia medieval foi principalmente caracterizada pela predominância de valores religiosos, mas também pela grande inspiração na filosofia greco-romana. A Patrística e a Escolástica são dois importantes períodos da produção filosófica medieval.  Além disso, a literatura medieval também foi marcada pela predominância de valores religiosos e pelo uso do latim, e produziu obras importantes como as novelas de cavalaria, cronicões e hagiografias.

Filosofia Medieval : Fé e Razão

De modo geral, pode-se dizer que o tema mais importante da filosofia medieval foi a questão da relação entre fé e razão. Seus filósofos foram todos homens religiosos e das mais diversas confissões: católicos, cristãos ortodoxos, judeus e muçulmanos. O objeto central de sua reflexão foi a análise das diferenças e da relação entre os dogmas aceitos pela fé e as verdades descobertas pela razão.

De fato, será verdade que as crenças religiosas, por não poderem ser provadas racionalmente, se opõem ao conhecimento racional? Ou será que tanto as doutrinas sagradas quanto as teorias filosóficas são compatíveis entre si?
É possível ser plenamente filósofo e plenamente religioso ao mesmo tempo? Ou será que a atitude questionadora e crítica da filosofia não é compatível com o espírito devoto e de submissão, típico do santo?

Alargando um pouco mais:

  • até que ponto os temas religiosos são passíveis de investigação racional?
  • é possível provar a existência de Deus? Se sim, como?
  • se Deus realmente comanda o universo e sabe de todas as coisas, até que ponto somos realmente livres?
  • pode o homem, apenas por suas próprias forças, alcançar a felicidade?

A essas questões se dedicaram pensadores como Santo Anselmo, Duns Scoto, São Boaventura, Mestre Eckart, Boécio e outros.

Por fim, de modo geral – e tomando como referência o pensamento cristão –, podemos afirmar que a filosofia medieval se divide em dois grandes períodos: a Patrística e a Escolástica.

Período de formação do pensamento cristão, a Patrística vai do século II até o século VIII d.C. Foi a época dos Padres da Igreja. Ou seja, dos primeiros intelectuais cristãos que procuraram formular de maneira sólida o pensamento e a doutrina cristã.

A Escolástica, que vai do século IX até o XVII d.C., foi a época de pleno desenvolvimento do pensamento cristão. Foi nesta época que Santo Tomás de Aquino publicou suas obras e trabalhou como professor universitário.
A grande influência filosófica de Santo Tomás foi Aristóteles.

Filósofos medievais

Os filósofos medievais foram importantes para a história da filosofia, pois contribuíram para a formação do pensamento ocidental. Entre os principais filósofos medievais, destacam-se Santo Agostinho, São Tomás de Aquino e Guilherme de Ockham.

Santo Agostinho

Santo Agostinho é um dos principais filósofos medievais e um dos doutores da Igreja Católica. Ele nasceu em Tagaste, na Argélia, em 354 d.C. e é considerado um dos pais da filosofia patrística.

Agostinho foi um dos primeiros pensadores cristãos a conciliar a filosofia grega com a teologia cristã. Ele escreveu diversas obras, como “Confissões”, “A Cidade de Deus” e “Sobre a Doutrina Cristã”, que são estudadas até hoje e continuam a influenciar o pensamento filosófico contemporâneo. Além disso, Agostinho é conhecido por suas reflexões sobre o tempo e a relação entre a fé e a razão.

Ele é considerado um dos maiores teólogos do cristianismo e o maior filósofo desde Aristóteles.

São Tomás de Aquino

São Tomás de Aquino é um dos principais filósofos medievais e um dos doutores da Igreja Católica. Ele nasceu em Roccasecca, na Itália, em 1225 d.C. e é considerado um dos maiores representantes da Escolástica, pensamento desenvolvido em um momento de expansão e grande domínio católico na Europa.

Aquino foi aluno de Alberto Magno, um frade da ordem dominicana, defensor da intelectualidade proporcionada pelas ciências e pela Filosofia como alicerce para se entender a razão divina. Tomás de Aquino estudou e ensinou Teologia e Filosofia, participando ativamente de pesquisas e debates teológicos em sua época.

Ele lecionou em várias universidades cristãs até o fim de sua vida, em 1274, e escreveu várias obras teológicas e filosóficas, sendo a mais conhecida delas a “Suma Teológica”. Além disso, Aquino foi um dos responsáveis pela reintrodução da filosofia aristotélica no mundo europeu, que durante anos ficou esquecida por conta da proibição católica aos escritos do filósofo grego pagão.

Guilherme de Ockham

Guilherme de Ockham, também conhecido como William de Ockham, é um dos principais filósofos medievais e um dos mais importantes pensadores da Escolástica tardia. Ele nasceu em Ockham, na Inglaterra, em 1285 e faleceu em Munique, na Alemanha, em 1347. Ockham é conhecido por suas contribuições para a filosofia, teologia e lógica, sendo considerado o precursor do racionalismo, do cartesianismo e do empirismo moderno. Ele desenvolveu uma doutrina científica a partir do princípio de que só a experiência permite conhecer a causa das coisas. Ockham também é conhecido pela “Navalha de Ockham”, um princípio que afirma que, quando há duas explicações para um mesmo fenômeno, a mais simples é a mais provável. Suas obras são estudadas até hoje e continuam a influenciar o pensamento filosófico contemporâneo.
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