Métodos desenvolvidos por educadores brasileiros e aplicados à educação de crianças e adolescentes são assunto recorrente no Enem, sabia?
Por isso, é fundamental conhecer os principais educadores do Brasil responsáveis pelo nosso processo de alfabetização e conhecer suas ideias.
Só para você ter uma ideia de como o trabalho dos educadores impacta a nossa realidade, o método de memorização de conteúdos, por exemplo, foi introduzido com a chegada dos primeiros jesuítas, em 1549!
E até hoje a gente faz uso dele para estudar!
São diversos os educadores brasileiros que criaram metodologias importantes e utilizadas até hoje no Brasil e no mundo. Entretanto, para você ter uma boa base para o Enem, selecionamos os 5 principais. Dá uma olhada!
5 importantes educadores brasileiros e suas metodologias
Paulo Freire (1921 – 1997)
Embora fosse graduado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Paulo Freire dedicou boa parte de sua vida aos estudos da educação.
Ele, inclusive, foi um dos responsáveis pela criação da Teoria Crítica, que estuda o contexto social e cultural no qual o aluno está inserido.
Um de seus principais feitos foi a implantação, no Brasil, de um método de compreensão da alfabetização a partir de palavras-chave. Com isso, ele possibilitou que jovens e adultos fossem alfabetizados em 45 dias!
Freire também defendeu a criação de um currículo organizado por temas, integrando situações concretas vivenciadas pelos estudantes. Assim, há uma construção do aprendizado entre professor e aluno.
O Enem usa muito esse propósito na redação, por exemplo. Ele solicita que o aluno disserte sobre um tema específico, esperando que o candidato traga do seu cotidiano argumentos que complementem os conhecimentos adquiridos em sala de aula.
Dermeval Saviani (1943)
Dermeval Saviani leciona até hoje e é um dos principais educadores brasileiros.
Formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ele criou, ao lado de José Carlos Libâneo, entre o final da década de 70 e início da década de 80, a Teoria Crítica-Social dos Conteúdos.
Esta teoria afirma que a escola, principalmente a pública, e os conteúdos apresentados em sala de aula, devem levar o aluno à reflexão.
O estudo foi criado para se contrapor ao momento político da época (Ditadura), que censurava grades curriculares que levavam o aluno a ponderar questões históricas e sociológicas.
Anísio Teixeira (1900-1971)
O educador baiano Anísio Teixeira é considerado um dos mais importantes defensores do direito à educação no Brasil. Suas teses defendiam que a escola era um espaço de exercício da democracia e principal instituição republicana.
Sua principal função, segundo o educador, é garantir o pensamento autônomo e livre dos estudantes a fim de prepará-los para construir a sociedade desejada.
Ele, inclusive, foi o criador da primeira experiência bem sucedida de educação integral no Brasil, com a criação do Centro Educacional Carneiro Ribeiro.
Anísio também foi o idealizador das Escolas Parque, e criador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (CAPES), além de um dos fundadores da Universidade de Brasília (UNB).
Darcy Ribeiro (1922-1997)
Alinhado com as ideias do Movimento Escolanovista, e próximo de Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro foi um dos principais antropólogos e pensadores da educação no Brasil.
Ele atuou fortemente pela defesa da escola pública e pela atenção ao desenvolvimento integral dos estudantes.
Darcy foi Ministro da Educação, e depois Chefe da Casa Civil no governo João Goulart, deposto pelo golpe civil-militar em 1964. Durante o período ditatorial, quando se exilou, contribuiu com reformas e discussões educacionais em diferentes países.
No Governo Leonel Brizola, implantou os Centros Integrados de Ensino Público (CIEPs) no Rio de Janeiro.
Florestan Fernandes (1920-1995)
Florestan Fernandes, um dos sociólogos mais influentes do Brasil, debateu com afinco a questão da educação integral no país. Foi, ainda, um educador considerado exemplar.
Para ele, a educação teria a capacidade de transformar a sociedade, e a escola seria a instituição prioritária de fortalecimento do que ele chamava de cultura cívica, atenção ao interesse comum.
Florestan foi um árduo debatedor da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), aprovada pouco tempo depois de sua morte e que enunciava o direito à educação integral.
Um de seus principais legados foi o posicionamento de enfrentar as heranças coloniais e escravocratas, com o combate ao racismo e a todas as formas de exclusão e opressão.
Foi um dos principais advogados pelo Piso Salarial dos Professores e pela Eleição de Diretores pela comunidade escolar.
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