Olá, pessoal!
Continuando o post anterior, hoje vamos falar um pouco sobre o processo de colonização no Brasil. Como foi dito, a equipe Desconversa retirou esse post do site Mundo Vestibular, vale a pena dar uma checada! Então, muita atenção e boa leitura!
Mercantilismo e colonização
A história colonial do Brasil está vinculada à expansão comercial e colonial da Europa. O sistema colonial é o conjunto de relações entre as metrópoles e suas respectivas colônias em uma determinada época histórica.
Colônias de povoamento – Nos termos característicos do sistema colonial mercantilista, elas podem ser consideradas um foco de desajuste. Toda sua organização econômica não está montada para a metrópole, não se constituindo desse modo como economia complementar. A produção é feita para o consumo interno, caracterizando-se pela diversificação de seus produtos. A pequena propriedade é o tipo predominante, normalmente localizadas em áreas de clima temperado.
Período pré – colonial (1500 – 1530)
Portugal arrendou o Brasil a um grupo de cristãos novos (judeus) chefiados por Fernão de Noronha. Este também recebeu a primeira Capitania Hereditária (1504): a ilha de São João ou da Quaresma, hoje integrantes do arquipélago de Fernando de Noronha. Pelo arrendamento, era permitido extrair pau-brasil e estabelecia a obrigatoriedade de fundar feitorias (armazéns fortificados). Para reprimir (combater) o contrabando do pau-brasil, realizado principalmente por corsários franceses, foram enviadas duas expedições policiadoras (guarda-costas) de 1516 e 1526, chefiadas por Cristóvão Jacques.
Neste período, a atitude de Portugal em relação ao Brasil é de desinteresse pois o comércio oriental (das especiarias) é o foco central do comércio externo português. Além disso, o que a colônia recém descoberta poderia oferecer?
Não há nenhum produto que possa atrair a política mercantilista portuguesa. Em outras palavras, qualquer tentativa de aproveitamento da terra implicaria em gastos para a metrópole.
O pau-brasil existia com abundância na orla litorânea, desde o Rio Grande do Norte até a região fluminense (Cabo Frio). A viagem da nau Bretoa está ligada a um grande carregamento desta madeira.
Conhecido pelos índios como “Ibirapitanga” e batizado pelos europeus como pau-brasil, teve fácil aceitação na Europa como material colorante, próprio para tingir tecidos. Descoberto o produto, foi imediatamente declarado monopólio da Coroa e sua exploração feita pela iniciativa privada (particular), tendo a frente Fernão de Noronha. No período pré – colonizador (1500 – 1530), a extração do pau – brasil constituiu-se na mais importante atividade econômica.
O grande número de indígenas existente na costa permitiu aos portugueses que a exploração dessa madeira tintorial (pau – brasil) fosse realizada com facilidade, através da utilização da mão de obra indígena sob a forma de Escambo ou comércio de troca.
Conseqüências da extração do pau – brasil:
• ocasionou o surgimento de feitorias. Estas não chegaram a fixar o colono europeu ao solo;
• influenciou na substituição do nome de Terra de Santa Cruz pelo de Brasil.
É claro que, desde a descoberta, a metrópole reserva para si a exclusividade da exploração do pau-brasil. Assim, a Coroa passa a ter controle sobre o produto, inserindo-o do mesmo sistema comercial que vigorava no Oriente, isto é, o Estanco: a metrópole pode fazer concessões a particulares mediante pagamento de direitos. Toda a exploração é feita com o consentimento do rei de Portugal.
Importante: Em relação a nossa colonização, a exploração do pau-brasil não favoreceu a criação de núcleos fixos de povoamento, pois era uma atividade nômade.
A colonização
Esta fase tem início em 1530 quando Portugal toma providências visando a ocupação sistemática (efetiva) do litoral brasileiro. Principais medidas: expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza (1530/ 32), divisão do Brasil em Capitanias Hereditárias e instituição do Governo geral.
As razões da colonização podem ser assim resumidas:
– Portugal corria o risco de perder o Brasil devido á presença dos corsários franceses no litoral