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Dengue, Zika, Chikungunya: Desafios no Brasil

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Modelo de Redação: Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela: por que o Brasil não consegue acabar com o Aedes Aegypti?

Sabe aquele tema de redação que nós indicamos para você na semana 15 de 2017? Ele virou um modelo de redação aqui no blog, feito pela monitora Maria Carolina, para você se inspirar e comparar com a sua própria redação.


Quer saber como ficaria uma redação sobre esse tema? Confira:

Dengue. Zika. Chikungunya. Febre Amarela. Aedes Aegypti. Essas doenças atormentam a população brasileira, em especial, as mulheres grávidas, que podem sentir febre, cansaço ou mal-estar, pois o mosquito vincula-se à disseminação de casos de microcefalia em recém-nascidos. Portanto, nota-se a ineficiência pública brasileira para evitar que essas doenças continuem se alastrando ao longo dos anos.

O individualismo dos cidadãos junto à falta de engajamento para ações preventivas evita a construção da coletividade e, se pequenas atitudes fossem tomadas, como tampar depósitos de água limpa, encher de areia os pratos dos vasos de planta e evitar a água parada, o mosquito deixaria de existir. Esse individualismo é reflexo da sociedade capitalista em que vivemos e é preciso que os indivíduos sejam mais altruístas.

Além disso, há o falso pensamento, gerado pelo senso comum, de que o estado é o único responsável pelo combate ao mosquito. De fato, o estado tem o papel de transformar diversas questões sociopolíticas, mas não cabe ao estado a função “exclusiva” de eliminar o mosquito. Por conseguinte, muitos indivíduos transferem sua participação civil, sendo essa um dos deveres prescritos pela Constituição de 1988. Embora sejam cruciais as políticas estatais – no intuito de evitar o mosquito – essas sempre terão um caráter subsidiário, complementar.

Fica claro, portanto, a necessidade de uma união entre estado e sociedade para combater a reprodução do Aedes Aegypti. É papel do governo fornecer campanhas de conscientização para o público e, além disso, os cidadãos devem ser mais ativos, cumprindo suas responsabilidades civis; tal fato fará com que esses desempenhem a função de agentes de transformação social. Logo, esse problema chegará ao fim.

Análise da redação

Introdução

Dengue. Zika. Chikungunya. Febre Amarela. Aedes Aegypti. Essas doenças atormentam a população brasileira, em especial, as mulheres grávidas, que podem sentir febre, cansaço ou mal-estar, pois o mosquito vincula-se à disseminação de casos de microcefalia em recém-nascidos. Portanto, nota-se a ineficiência pública brasileira para evitar que essas doenças continuem se alastrando ao longo dos anos.

Comentário:

Embora o início da introdução seja apresentado por meio de flashes, há incoerência nas informações, pois o Aedes Aegypti é tratado como uma doença, ao ser retomado na próxima oração, em vez de ser apresentado como o mosquito transmissor. Na segunda oração, é preciso justificar o vínculo dos sintomas causados pela picada do mosquito com a disseminação dos casos de microcefalia. Sobre o uso do conectivo “portanto”, seu valor no contexto apresentado acarreta o sentido de conclusão, por isso, é indicado retirá-lo do parágrafo introdutório.

Sugestão de reescritura:

A nação brasileira vive, nos dias atuais, uma situação de calamidade pública: Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela são doenças transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes Aegypti. Neste sentido, essas enfermidades atormentam a população, em especial, as mulheres grávidas, que estão mais suscetíveis, uma vez que além de provocar febre, cansaço ou mal-estar, o mosquito vincula-se à disseminação de casos de microcefalia em recém-nascidos. A partir dessa análise, nota-se a ineficiência pública brasileira para evitar que esse mal continue se alastrando ao longo dos anos.

Desenvolvimento 1

O individualismo dos cidadãos junto à falta de engajamento para ações preventivas evita a construção da coletividade e, se pequenas atitudes fossem tomadas, como tampar depósitos de água limpa, encher de areia os pratos dos vasos de planta e evitar a água parada, o mosquito deixaria de existir. Esse individualismo é reflexo da sociedade capitalista em que vivemos e é preciso que os indivíduos sejam mais altruístas.

Comentário:

O primeiro parágrafo de desenvolvimento não possui um tópico frasal, sendo necessário para centralizar um determinado argumento e defendê-lo por meio de estratégias argumentativas. Além disso, na segunda oração não há um aprofundamento das ideias expostas, sem vínculo com a oração anterior e não ocorre a explicação sobre os reflexos vivenciados pela sociedade capitalista.

Sugestão de reescritura:

Em primeiro lugar, o individualismo dos cidadãos junto à falta de engajamento para ações preventivas sobrepõe-se ao bem-estar do coletivo. Se pequenas atitudes fossem tomadas, como tampar depósitos de água limpa, encher de areia os pratos dos vasos de planta e evitar a água parada, haveria uma diminuição significativa na reprodução do Aedes Aegypti. Esse individualismo é reflexo da sociedade capitalista em que vivemos, pois uma de suas ideologias incita a competição, o interesse próprio ao invés de pensar na construção de uma sociedade mais altruísta.

Desenvolvimento 2

Além disso, há o falso pensamento, gerado pelo senso comum, de que o estado é o único responsável pelo combate ao mosquito. De fato, o estado tem o papel de transformar diversas questões sociopolíticas, mas não cabe ao estado a função “exclusiva” de eliminar o mosquito. Por conseguinte, muitos indivíduos transferem sua participação civil, sendo essa um dos deveres prescritos pela Constituição de 1988. Embora sejam cruciais as políticas estatais – no intuito de evitar o mosquito – essas sempre terão um caráter subsidiário, complementar.

Comentário:

O segundo parágrafo de desenvolvimento está bem estruturado, mas peca pela repetição de palavras, como “mosquito” e “estado”, que para representar a ideia de entidade governamental, não deveria ser escrito com a inicial minúscula. É preciso utilizar sinônimos para ampliar a riqueza vocabular no texto e citar, ao menos, no segundo período, uma referência sociopolítica para detalhar o texto. No terceiro período, também é preciso justificar o porquê de os cidadãos transferirem sua participação civil.

Sugestão de reescritura:

Além disso, há o falso pensamento, gerado pelo senso comum, de que o Estado é o único responsável pelo combate ao mosquito. De fato, o governo tem o papel de transformar diversas questões sociopolíticas, dentre elas, a saúde, mas não cabe ao Poder Público a função “exclusiva” de eliminar o inseto transmissor. Por conseguinte, muitos indivíduos transferem sua participação civil, culpabilizando os governantes pelos problemas vigentes e omitem o exercício de cidadania de colaborar com o âmbito em que vivem, sendo este um dos deveres prescritos pela Constituição de 1988. Embora sejam cruciais as políticas estatais – no intuito de evitar a disseminação do Aedes Aegypti – essas sempre terão um caráter subsidiário, pois trata-se de uma atuação coletiva.

Conclusão

Fica claro, portanto, a necessidade de uma união entre estado e sociedade para combater a reprodução do Aedes Aegypti. É papel do governo fornecer campanhas de conscientização para o público e, além disso, os cidadãos devem ser mais ativos, cumprindo suas responsabilidades civis; tal fato fará com que esses desempenhem a função de agentes de transformação social. Logo, esse problema chegará ao fim.

Comentário:

Mais uma vez, o uso do termo “estado” aparece com a letra minúscula e, na apresentação das propostas interventoras, é necessário detalhar a explicação de como determinadas medidas serão exercidas e quais os seus benefícios para alterar o panorama atual. Neste sentido, é preciso explicar como essas intervenções influenciam o governo e a sociedade. Na última oração, seria interessante criar uma frase de impacto ou que trouxesse as consequências das mudanças apresentadas.

Sugestão de reescritura:

Fica claro, portanto, a necessidade de uma união entre Estado e sociedade para combater a reprodução do Aedes Aegypti. O governo, em parceria com a mídia, deve promover campanhas de conscientização ao público e investir na distribuição de vacinas aos postos de saúde de todo o Brasil, a fim de prevenir as doenças causadas pelo mosquito. Ademais, os cidadãos também precisam ser protagonistas ao evitar o acúmulo de água parada, denunciar aos fiscais sanitários ambientes infectados pelos insetos e fazer o uso da vacina; tal fato fará com que esses desempenhem a função de agentes de transformação social. Assim, teremos a construção de uma sociedade mais harmônica e colaborativa.

Redação Exemplar

A nação brasileira vive, nos dias atuais, uma situação de calamidade pública: Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela são doenças transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes Aegypti. Neste sentido, essas enfermidades atormentam a população, em especial, as mulheres grávidas, que estão mais suscetíveis, uma vez que além de provocar febre, cansaço ou mal-estar, o mosquito vincula-se à disseminação de casos de microcefalia em recém-nascidos. A partir dessa análise, nota-se a ineficiência pública brasileira para evitar que esse mal continue se alastrando ao longo dos anos.

Em primeiro lugar, o individualismo dos cidadãos junto à falta de engajamento para ações preventivas sobrepõe-se ao bem-estar do coletivo. Se pequenas atitudes fossem tomadas, como tampar depósitos de água limpa, encher de areia os pratos dos vasos de planta e evitar a água parada, haveria uma diminuição significativa na reprodução do Aedes Aegypti. Esse individualismo é reflexo da sociedade capitalista em que vivemos, pois uma de suas ideologias incita a competição, o interesse próprio ao invés de pensar na construção de uma sociedade mais altruísta.

Além disso, há o falso pensamento, gerado pelo senso comum, de que o Estado é o único responsável pelo combate ao mosquito. De fato, o governo tem o papel de transformar diversas questões sociopolíticas, dentre elas, a saúde, mas não cabe ao Poder Público a função “exclusiva” de eliminar o inseto transmissor. Por conseguinte, muitos indivíduos transferem sua participação civil, culpabilizando os governantes pelos problemas vigentes e omitem o exercício de cidadania de colaborar com o âmbito em que vivem, sendo este um dos deveres prescritos pela Constituição de 1988. Embora sejam cruciais as políticas estatais – no intuito de evitar a disseminação do Aedes Aegypti – essas sempre terão um caráter subsidiário, complementar.

Fica claro, portanto, a necessidade de uma união entre Estado e sociedade para combater a reprodução do Aedes Aegypti. O governo, em parceria com a mídia, deve promover campanhas de conscientização ao público e investir na distribuição de vacinas aos postos de saúde de todo o Brasil, a fim de prevenir as doenças causadas pelo mosquito. Ademais, os cidadãos também precisam ser protagonistas ao evitar o acúmulo de água parada, denunciar aos fiscais sanitários ambientes infectados pelos insetos e fazer o uso da vacina; tal fato fará com que esses desempenhem a função de agentes de transformação social. Assim, teremos a construção de uma sociedade mais harmônica e colaborativa.

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