É quase impossível nunca ter ouvido falar do Império Romano, né? Seja em filmes, em histórias ou em personagens que conhecemos hoje, esse período foi muito importante para a história do Ocidente. Se você vai prestar o Enem, não pode deixar de estudar esse tema e entender como ele ainda influencia as nossas vidas. Vale, então, pegar esse resumo sobre Civilização Romana para o Enem!
O Império Romano surge 27 anos depois do nascimento de Cristo, durando até o ano 476 da era atual. Entender como surgiu a Civilização Romana, quais são suas características, consequências e efeitos na nossa civilização até hoje é muito importante para quem vai prestar o Enem.
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Civilização Romana: resumo de como surgiu
A Origem da Civilização Romana aconteceu por volta do ano 1000 a.C., quando povos sabinos e latinos ergueram fortificações, que receberiam a cidade futuramente. O intuito, nesse momento, era o de deter invasões etruscas.
O Império Romano foi algo gigante – e surpreendente! Para se ter uma ideia da sua expansão, ele começou em Roma, na Itália, e se estendeu para uma área com aproximadamente 6 milhões de quilômetros quadrados e 70 milhões de pessoas!
A forma com que os romanos conseguiram isso e o feito, que perdurou por muitos anos, são temas muito importantes no Enem. Por isso, você precisa saber tudo sobre Civilização Romana para o exame.
Antes de tudo, é fundamental entender os ciclos que marcaram as grandes mudanças no Império Romano: monarquia, república e império.
Da monarquia ao Império.
O grande império romano, de figuras como Calígula, Nero e Constantino nem sempre teve suas dimensões extraordinárias. Aproximadamente no século VIII a.C., a península itálica era uma região formada por diversos povos. Etruscos, ladinos, sabinos e até mesmos os gregos ocupavam a região. A região conhecida como o Lácio, inicialmente foi ocupada pelos ladinos e sabinos, que já realizavam alianças militares, mas, posteriormente foram invadidas também pelos etruscos.
Estima-se que, pela região não ter terras tão férteis, a população local, na época, vivia sobretudo da pecuária. Portanto, famílias de pastores dominavam a região e levavam uma vida simples, diferente das pólis gregas.
Um desenvolvimento político e econômico mais efetivo dessa região pode ser percebido, assim, com a fundação de Roma. Inicialmente sendo uma monarquia, alguns autores acreditam que por volta de 753 a.C., Rômulo tenha sido o primeiro rei de Roma. Posteriormente outros reis ainda surgiram, sobretudo de origem etrusca, sendo um dos mais famosos Tarquínio, o soberbo.
Este foi o último rei de Roma, sendo derrubado pelo próprio senado, que iniciou em 509 a.C. a experiência republicana. Assim, até 27 a.C., o senado romano dominou a política e influenciou profundamente na expansão e controle do território romano.
Foi durante este período que Roma iniciou uma série de guerras e conquistas na Europa, no Mediterrâneo e no Oriente Médio. Graças a tal expansão, houve também um aumento da escravidão e das desigualdades sociais. Neste cenário, o caos social se estabeleceu com constantes conflitos entre plebeus e patrícios. Enquanto os primeiros lutavam por direitos políticos e econômicos, os segundos resistiam para manter seus privilégios.
Essa constante crise, as diversas guerras e a dificuldade em administrar os territórios tiveram como consequência mudanças políticas. Assim, em 60 a.C. estabeleceu-se o primeiro triunvirato, em 43 a.C., o segundo e, em 27 a.C., Otávio, o último ditador, tornou-se o primeiro Imperador romano.
O cotidiano em Roma durante o Império.
A grande expansão romana durante a república conviveu com o alto índice de desigualdade social e com as revoltas de plebeus. Durante o império essa realidade não foi muito diferente, visto que a cidade ainda convivia com a miséria.
Durante os primeiros períodos do império, Roma atraiu grandes ondas migratórias, principalmente de comerciantes. A capital do império, portanto, tornou-se um dos principais centros do mundo antigo. Ali, plebeus, patrícios, escravizados e estrangeiros conviviam diariamente nas ruas sujas e movimentadas.
Nos limites do império, as invasões dos chamados povos bárbaros também ampliaram a quantidade de estrangeiros no território. Essas ameaças inclusive fizeram os romanos, durante a crise do império, tornaram-se cada vez mais rurais.
No entanto, como visto, no auge do império, as cidades eram o centro da vida romana. A expressão latina urbi et orbis (a cidade e ao mundo) conclamada nos discursos públicos aos romanos demonstra isso. O orgulho do romano pela cidade, pelas suas grandes construções, os fóruns e pela arquitetura. A vida romana era urbana.
Na cidade, faziam parte do cotidiano do cidadão romano a cúria, onde se reuniam os senadores e o capitólio, o principal templo. Ao redor, encontravam-se os teatros, as bibliotecas e as famosas termas, parte da diversão pública dos romanos.
As habitações da cidade, basicamente, eram divididas de acordo com as classes. No campo, as famílias mais ricas viviam nas vilas romanas. Já nas cidades, essas famílias da aristocracia viviam em grandes casas conhecidas como os domus. Os mais pobres, por sua vez, viviam em residências coletivas, conhecidas como insulaes.
O pão e circo
A chamada política de pão e circo surgiu ainda no final da república, mas teve seu auge durante o Império. Segundo os registros da época, a ideia era conter os levantes populares e as massas miseráveis através de doações de pão e trigo e de realização de grandes eventos.
Assim, durante o império, diversas formas de entretenimento surgiram para agradar a plebe e evitar revoltas. Além das festas nas ruas e das cerimônias, destacou-se sobretudo os eventos realizados nos anfiteatros.
Esses locais eram adaptações da arquitetura dos teatros gregos, com formatos circulares e arquibancadas a céu aberto. Neles, batalhas entre gladiadores, lutas de animais contra guerreiros e competições esportivas aconteciam frequentemente. Um dos principais e mais famosos anfiteatros de Roma foi o grande Coliseu. Alguns desses anfiteatros, como o Coliseu, costumavam abrigar até 80.000 pessoas.
Os combates mais assistidos eram os dos gladiadores, que muitos eram escravizados que não recebiam nada para lutar. Mas, quando venciam recebiam alguma recompensa. Esses gladiadores, por vezes também lutavam contra animais trazidos da África. Assim, divertiam o público sendo rasgados por leões e panteras ou matando tais feras.
Nos primeiros 300 anos do Império romano, inclusive, muitos cristãos foram vítimas dessas festas. Por serem perseguidos pelos romanos, parte da diversão era assistir os cristãos sendo assassinados. Muitos foram mortos por gladiadores e leões.
Qual é o legado da Civilização Romana para os dias de hoje
Entender como a Civilização Romana impacta os dias de hoje é essencial para quem vai prestar o Enem. Isso porque, até hoje, suas práticas, conceitos, saberes e a religião cristã ajudaram a moldar a feição do mundo ocidental que surgiria depois.
No campo religioso, os romanos eram politeístas até a ascensão cristã, ao fim do Império. As divindades se assemelhavam às divindades gregas, mas com outros nomes, como Júpiter, Minerva e outros.
As artes também ganharam influência da cultura grega. O teatro foi muito explorado pelos romanos, bem como as obras de Homero e outros autores, traduzidos para o latim.
O período de ouro na cultura da Civilização Romanafoi durante o governo de Otávio Augusto. Por todo o Império, especialmente a capital, recebeu um grande número de obras arquitetônicas com influências variadas, incluindo elementos como arco e abóbada.
Sobre o lazer do povo, uma das formas mais comuns de se levar diversão eram as arenas de gladiadores. Foi a partir daí, inclusive, que surgiu a política do Pão e Circo no Coliseu.
O Coliseu, localizado em Roma, foi palco de confrontos, muitas vezes até a morte entre gladiadores que se enfrentavam ou lutavam contra animais ferozes. O Pão e Circo foi justamente criado e aplicado para evitar que o grande número de homens livres se revoltassem contra o Estado.
Em termos de filosofia, a herança da Civilização Romana está na filosofia grega e nas correntes filosóficas como estoicismo, epicurismo, ceticismo e cinismo. O imperador Marco Aurélio foi considerado um grande filósofo estóico.
Outra enorme contribuição cultural romana foi o Direito Romano. O direito praticado hoje, aqui no Brasil, deriva de tradições e códigos de leis romanos, divididos nas áreas privado, estrangeiro e público. Até hoje, muitas expressões do mundo jurídico derivam de Roma e seu idioma, o latim.
Línguas como o português, o francês, o italiano e o espanhol, entre outros idiomas, derivam diretamente do latim também.
Outro legado enorme da Civilização Romana foi o cristianismo, doutrina baseada nas pregações e na vida de Cristo. Basta observar que a própria hierarquia católica segue o padrão do Império, sendo o Papa (dentro da doutrina católica) comparado à figura do imperador.
Como terminou o Império Romano
Ao estudar Império Romano para o Enem, é muito importante compreender como terminou esse período. Quando terminou a Idade Antiga, e teve início a Idade Média, por volta do século IV, o Império Romano do Ocidente sofria com as diversas invasões dos povos bárbaros.
Sua sede no Oriente, conhecida como Império Bizantino, foi, aos poucos, virando uma das potências mais influentes na região entre Europa e Ásia da época.
Diante deste cenário e com inúmeras invasões, saques e destruições, Roma, que liderava o Império do Ocidente, foi definitivamente tomada em 476 d.C.
Esse acontecimento marcou o fim do Império Romano do Ocidente e, a partir de então, manteve-se apenas o Império Romano do Oriente, chamado, posteriormente, de Império Bizantino.
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