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Cinco músicas que vão te ajudar a entender o movimento negro para o Enem

O clipe de Childish Gambino, "This Is America", reacendeu o debate

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Engana-se quem acha que só cai Geometria Plana no vestibular! O Enem, mais do que nunca, tem cobrado dos candidatos conhecimentos sobre movimentos sociais na sua prova de Ciências Humanas – principalmente História e Sociologia. Desde que o clipe de “This Is America”, nova música do Childish Gambino, foi lançada, muito tem se discutido sobre o porte de armas e genocídio negro nos Estados Unidos. Como está todo mundo falando sobre a mensagem passada no clipe, trouxemos neste post outras músicas que falam sobre o movimento negro, para você entender um pouco sobre o contexto que essa comunidade enfrenta há séculos. Partiu?

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This Is America – Childish Gambino

Segundo uma pesquisa da organização Every Town For Gun Safety, homens negros estão 13 vezes mais sujeitos a serem mortos por ataques de armas de fogo do que qualquer outro grupo racial no país. Repleto de simbolismos, o vídeo de quatro minutos traz uma crítica ferrenha ao racismo velado que é sustentado nos Estados Unidos. Uma das cenas chocantes no clipe de “This Is America” é quando Donald Glover mata deliberadamente um homem negro que está com as mãos amarradas com um tiro de pistola.

“Esta é a América

Não vacile, cara

Veja como tô vivendo agora

A polícia tá viajando agora

Sim, esta é a América

Armas na minha quebrada (fala, minha quebrada)

Eu peguei a pistola

Então tenho que carregá-la”.

Mas foi do dia para a noite que pessoas negras se tornaram alvo de discriminação?

Povo Guerreiro – Criolo

Não! Definitivamente, o racismo não foi instituído do nada! Em “Povo Guerreiro”, do cantor brasileiro Criolo, a música fala sobre como esse processo aconteceu no Brasil. Durante a expansão marítima, ocorrida entre os Séculos XV e XVII, países europeus capturaram milhares de africanos e os levaram para suas respectivas colônias no “Novo Mundo”, onde foram escravizados. Por mais que a música fale sobre a realidade brasileira, esse processo foi parecido entre as colônias europeias – tanto as da Espanha, quanto as de Portugal – aqui na América do Sul.  

“Fugiu da senzala

Refugiou se nos quilombos

Conquistou a liberdade

Mas em busca da igualdade

Ainda sofre alguns tombos”.

Ainda que vivendo em situação de miséria, os escravos juntaram suas forças e lutaram contra as opressões dentro dos Engenhos. Existem relatos na História de diversas rebeliões contra os senhores de engenho, além da formação de quilombos – citada na letra de “Povo Guerreiro” -, que foram comunidades onde escravos fugidos se organizaram em comunidade, de uma forma que todos pudessem viver em liberdade.

Zumbi – Jorge Ben Jor

Símbolo de resistência do movimento negro, Zumbi é um símbolo da História Brasileira. Entregue a um padre missionário aos seis anos, Zumbi fugiu da Igreja e passou a viver no Quilombo dos Palmares – localizado no território que corresponde, hoje, ao estado de Alagoas. O ex-escravo foi o líder da comunidade por cerca de 15 anos. Na música de Jorge Ben Jor, o compositor enaltece a figura de Zumbi como a de um verdadeiro herói, que garantia a segurança das pessoas do Quilombo dos Palmares.

“Eu quero ver

Quando Zumbi chegar

O que vai acontecer

Zumbi é senhor das guerras

È senhor das demandas

Quando Zumbi chega é Zumbi

É quem manda”.

Ponta de Lança – Rincon Sapiência

Os séculos passaram, a escravidão foi abolida do Brasil e o racismo continua enraizado na sociedade. Não só aqui no Brasil, mas em muitos outros lugares do mundo que também tiveram um passado escravocrata. Na África do Sul, entre as décadas de 40 e 90, homens e mulheres “de cor” foram proibidos de manter relações com pessoas de outras etnias, votar, circular livremente em locais públicos, entre outras restrições. Esse regime de segregação racial ficou conhecido como Apartheid. A política é lembrada até hoje pelas brutalidades cometidas contra a população negra.

“Meu verso é livre, ninguém me cancela

Tipo mandela saindo da cela

Minhas linha voando cheia de cerol

E dá dó das cabeça quando rela nela

Partiu para o baile, fugiu da balela

Batemos tambores, eles panela

Roubamos a cena, não tem canivete

As patty derrete, que nem muçarela

Quente que nem a chapinha no crespo, não

Crespos tão se armando”.

A música “Ponta de Lança”, do rapper brasileiro Rincon Sapiência, cita Nelson Mandela. O sul-africano foi o líder do Congresso Nacional Africano (CNA), movimento contra o Apartheid, que pregava desobediência civil contra as normas do sistema. Por conta disso, Mandela foi preso e permaneceu encarcerado por praticamente 30 anos. Porém, quando liberto, o advogado foi eleito presidente da África do Sul, representando a luta do movimento negro.

A música de Rincon também pode ser interpretada como um hino de empoderamento negro.

Freedom – Beyoncé e Kendrick Lamar

Por fim, depois de séculos de opressão, o movimento negro continua lutando por liberdade. A parceria entre a cantora Beyoncé e o rapper Kendrick Lamar, ambos norte-americanos, é uma expressão da necessidade das pessoas negras de viverem tranquilamente, sem temer com a violência e discriminação que ainda estão na nossa sociedade.

“Liberdade, liberdade! Não posso me mover

Liberdade, me liberte, sim

Liberdade, liberdade! Onde está você?

Porque eu preciso de liberdade também!

Eu quebro as correntes sozinha

Não vou deixar minha liberdade apodrecer no inferno

Ei! Eu vou continuar em frente

Porque vencedores não desistem de si mesmos”.

Lembra de mais uma música ou acontecimento histórico relacionado ao movimento negro? Agora você está ligado para entender melhor a mensagem que essas letras querem dizer para a gente. Um candidato bem preparado para o Enem está ligado em tudo, até no que a cultura pop pode nos ensinar! Conte com o Descomplica com o que você precisar no seu ano de preparação para o vestibular! Afinal, o seu sucesso é o nosso também! Vamos juntos nessa corrida rumo à universidade? ?

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