Variações diatópicas (geográficas ou regionais)

Variações diafásicas (situacionais)

Variações diacrônicas (históricas)

Variação diastrática (sociais)

Preconceito linguístico
Não tem como falar sobre variação linguística sem mencionar o preconceito linguístico. Está muito ligado à gramática normativa (aquela que estabelece as regrinhas gramaticais) e ao fato dos falantes da língua acharem que existe um modo “certo” de se falar.Por isso, o preconceito linguístico acontece, pois nem todas as variações possuem o mesmo prestígio social. Como a gramática normativa tem essa base de que o correto está nas falas cultas, textos científicos e discursos formais, as pessoas acabam entendendo que as variedades linguísticas são desvios da norma, e por isso, estão erradas. Sabendo disso, pra acabar com o preconceito linguístico é importante reavaliar a noção de erro. O que é rotulado como “erro de português” é apenas um desvio da norma ortográfica oficial. O importante aqui é lembrar que o que realmente importa é que a mensagem chegue de forma clara ao receptor, independente dos desvios.Agora, aqui vão duas dicas:- no Descomplica você pode ler mais sobre o tema e acompanhar uma coletânea de textos e modelo de redação prontinhos.
- E se quiser se aprofundar ainda mais no assunto, é só ler o livro Preconceito Linguístico, do Marcos Bagno, onde o autor faz excelentes reflexões sobre o tema.
Exercícios sobre variação linguística
1. (ENEM/2010) Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas pra conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu… Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.(Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado)).Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se:- a) no grau de formalidade.
- b) na organização sintática.
- c) no uso do léxico.
- d) na estruturação morfológica.
- e) na fonologia.

- a) Variação diacrônica.
- b) Variação diatópica.
- c) Variação diastrática.
- d) Variação diafásica.

- a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas.
- b) o uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua.
- c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho.
- d) o uso de um vocabulário específico pra situações comunicativas de emergência.
- e) a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles.