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Classes Gramaticais: Verbo

Uma das classes gramaticais de extrema importância são os verbos. Descubra tudo sobre eles aqui e se garanta na sua prova de português!

Atualizado em

Uma das classes gramaticais de extrema importância são os verbos. Como temos muito a falar sobre eles, vamos por partes!

Classes Gramaticais: Verbo Começando com uma breve definição: Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo e voz. Pode indicar ação, estado, fenômeno da natureza, ocorrência e desejo. Os verbos possuem uma estrutura composta de: radical, vogal temática e desinências (modo-temporal e número-pessoal). A vogal temática indica a que conjugação pertence o verbo: 1ª conjugação (vogal temática –a. Ex.: Falar); 2ª conjugação (vogal temática –e. Ex.: Comer); 3ª conjugação (vogal temática –i. Ex.: Partir). Cabe ressaltar que todos os verbos terminados em –or são provenientes do verbo “por”: repor, contrapor, sobrepor, dispor, repor, antepor etc. O verbo “por”, em latim, grafava-se poer, eis o motivo pelo qual todos os verbos com vogal temática “o” são pertencentes à 2ª conjugação. Desmembrando um verbo em seus morfemas, partes mínimas distintivas de uma palavra, temos, por exemplo: FALÁVAMOS – FAL: radical – A: vogal temática – VA: desinência modo-temporal – MOS: desinência número-pessoal.  

Classificação dos verbos

  • Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e sua flexão não provoca alterações no radical: corro, corri, correrei.
  • Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências: faço, fiz, fez, farei.
  • Abundantes: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação: vou, fui, sou, és.
  • Auxiliares: são aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando acompanhado de verbo auxiliar é expresso em uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. Os principais são “ser”, “estar”, “ter” e “haver”. Ex.: Vou correr na praia; Ele tinha pegado uma forte gripe.
  • Pronominais: São os verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidades (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais).
  • Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do verbo. Ex.: Arrependi-me de ter ido.
  • Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva. Ex.: Ana se penteava.

Modos Verbais

O modo verbal indica as diferentes maneiras que podermos utilizar os verbos, mediante a significação que queremos transmitir. Existem três modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo.
  • Indicativo: Exprime uma ação certa e real.
Ex.: Eu comi em casa.
 
  • Subjuntivo: Exprime uma ação possível, que ainda não foi realizada e que muitas vezes está dependente de outra.
Ex.: E se eu comesse em casa?
 
  • Imperativo: Exprime uma ordem, um pedido, uma exortação ou um conselho.
Ex.: Come em casa!
 

Formas Nominais

As formas nominais, quando sozinhas, não estão relacionadas com nenhum tempo e modo verbal. Podem desempenhar funções exercidas por nomes como substantivos, adjetivos e advérbios. As formas nominais são: o infinitivo (pessoal e impessoal), o particípio e o gerúndio.

Infinitivo

Pode assumir função de substantivo. O infinitivo impessoal deverá ser usado quando não houver um sujeito definido, quando o verbo tiver regência de uma preposição, com sentido imperativo, quando o sujeito da segunda oração for igual ao da principal, em locuções verbais e com alguns verbos que não formam locução verbal (ver, sentir, mandar...). O infinitivo pessoal deverá ser usado sempre que há um sujeito definido, sempre que se quiser definir o sujeito, sempre que o sujeito da segunda oração for diferente do da principal e para indicar uma ação recíproca.
Ex.: Ao esquecermos nossos problemas, podemos descansar.
 

Gerúndio

Pode assumir a função de um advérbio ou de um adjetivo. Indica uma ação ainda não terminada, bem como um prolongamento da ação no tempo.
Ex.: Esquecendo os problemas, vivemos melhor.

Particípio

Pode assumir a função de um adjetivo. Permite a formação de tempos verbais compostos e transmite a noção da conclusão da ação verbal, ou seja, o estado da ação depois de terminada.
Ex.: Esquecidos os problemas, ficou mais tranquilo.
 

Tempos Verbais

Do indicativo: Presente, pretérito imperfeito, pretérito perfeito, pretérito-mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito. Classes Gramaticais: Verbo Do subjuntivo: Presente (indica uma possibilidade, um fato incerto no presente), Pretérito Imperfeito (indica a possibilidade de um fato ter acontecido ou não) e Futuro (indica a possibilidade de um fato vir a acontecer. Classes Gramaticais: Verbo Uma melhor forma de ter em mente as conjugações do modo subjuntivo é, sabendo que indica possibilidade, inserir uma partícula antes da pessoa para conjugar os verbos corretamente. Para o presente do subjuntivo, utiliza-se a partícula “que”: que eu fale, que eu ame, que tu penses, que ele diga, que nós consigamos, que vós alcanceis, que eles mereçam. Para o pretérito do subjuntivo, utiliza-se a partícula “se”: se eu falasse, se eu amasse, se tu pensasses, se ele dissesse, se nós conseguíssemos, se vós alcançásseis, se eles merecessem. Para o futuro do subjuntivo, utiliza-se “quando”: quando eu falar, quando eu amar, quando tu pensares, quando ele disser, quando nós conseguirmos, quando vós alcançardes, quando eles merecerem.  

Vozes verbais

Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as vozes verbais:
  • Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.
Ex.: Ele comeu a torta.
 
  • Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.
Ex.: A torta foi comida por ele.
A voz passiva pode ser analítica: verbo SER + particípio do verbo principal.
Ex.: A obra será pintada.
Ou pode ser passiva sintética: verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.
Ex.: Destruiu-se o velho prédio.
 
  • Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
Ex.: O menino feriu-se.  

Exercícios

1 – (UFF) Assinale a frase em que há um erro de conjugação verbal: a) Requeiro-lhe um atestado de bons antecedentes. b) Ele interviu na questão. c) Eles foram pegos de surpresa. d) O vendeiro proveu o seu armazém do necessário. e) Os meninos desavieram-se por causa do jogo. 2 – (FUVEST) Assinale a frase que não está na voz passiva; a) O atleta foi estrondosamente aclamado. b) Que exercício tão fácil de resolver! c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes. d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado. e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores. 3 – (FUVEST) Considerando a necessidade de correlação entre tempos e modos verbais, assinale a alternativa em que ela foge às normas da língua escrita padrão: a) A redação de um documento exige que a pessoa conheça uma fraseologia complexa e arcaizante. b) Para alguns professores, o ensino da língua portuguesa será sempre melhor, se houver o domínio das regras de sintaxe. c) O ensino de Português tornou-se mais dinâmico depois que textos de autores modernos foram introduzidos no currículo. d) O ensino de Português já sofrera profundas modificações, quando se organizou um Simpósio Nacional para discutir o assunto. e) Não fora a coerção exercida pelos defensores do purismo linguístico, todos teremos liberdade de expressão. 4 – Assinale a alternativa em que é incorreto flexionar o infinitivo: a) Importa entendermos a situação. b) Devemos provarmos o que dizemos. c) Para chegardes à igreja, ainda tereis de caminhar muito. d) É tempo de saberes de teus direitos. e) Vi os escravos se curvarem perante seu amo. 5 – Qual o valor do futuro do pretérito na frase seguinte: “Quando chegamos ao colégio em 1916, a cidade teria apenas uns cinquenta mil habitantes”? a) Fato futuro, anterior a outro ato futuro. b) Fato futuro, relacionado com o passado. c) Suposição, relativamente a um momento futuro. d) Suposição, relativamente a um momento passado. e) Configuração de um fato já passado.

Gabarito

1 – B 2 – E 3 – E 4 – B 5 – D

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