


Mecanismo da eletrólise
Eletrólise Aquosa
Concorrência de íons
Neste caso, a cuba eletrolítica contém dois tipos de cátions e dois tipos de ânions. Sendo assim, surgem as questões: qual o cátion a ser descarregado preferencialmente no cátodo? Qual o ânodo a ser descarregado preferencialmente no ânodo? A estas questões daremos o nome de concorrência dos íons.
2 H+ (aq) + 2 e– ⇆ H2(g)
Com relação aos ânions: A grande maioria dos ânions não sofre eletrólise em meio aquoso. Poucos ânions, ou seja, apenas os ânions não oxigenados (F– , Cl – , Br– , I– , S–2 ...) sofrem eletrólise aquosa.
Cl – , Br– , I– , S–2 sofrem eletrólise aquosa. Os demais ânions, principalmente os oxigenados, não sofrem eletrólise aquosa. Nesse caso haverá eletrólise do OH– , produzindo oxigênio, O2(g)...2 OH– (aq) ⇆ 2 e– + H2O + ½ O2(g)
Observações importantes:
1) Um sal será considerado eletrolisado quando seu cátion e/ou seu ânion forem descarregados; 2) Um ácido será considerado eletrolisado quando seu ânion for eletrolisado; 3) Uma base será considerada eletrolisada quando seu cátion for eletrolisado; 4) A água será eletrolisada quando o H+ e o OH– forem descarregados ao mesmo tempo; 5) Na eletrólise ígnea não há concorrência dos íons. Então os cátions e ânions facilmente serão descarregados. A seguir temos dois exemplos de eletrólise:
1ª Lei de Faraday e suas Consequências Estequiométricas
Dados: Constante de Avogadro: 1 mol = 6,02 x 1023 entidades elementares Carga Elementar (e): Carga de 1 e– = 1,6 x 10-19 Coulomb Volume Molar nas CNTP: 1 mol de qualquer substância gasosa nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP: T = 0o C ou 273,15 K e P = 1,0 atm) ocupa o volume de 22,7 L. A massa (m) de uma substância eletrolisada é diretamente proporcional a quantidade de eletricidade. m = K . Q onde: Q = i . t ou Q = n . e Sendo: m = massa em grama (g) i = corrente elétrica em ampere (A) n = n o de elétrons Q = carga em Coulomb (C) t = tempo em segundos (s) e = carga elementar Importante: A carga de 1,0 mol de elétrons é denominada de 1 faraday (1F): Q = n . e = 6,02. 1023 x 1,6 x 10–19 Q ≅ 96500 C = 1F = 1 Faraday
Estequiometria da eletrólise
Eletrólise na prática
Na prática, a eletrólise é aplicada em diversos processos. Muitos metais que utilizamos em nosso dia a dia são produzidos através da eletrólise, como o alumínio (Al), sódio (Na), magnésio (Mg), potássio (K), etc. Várias substâncias de grande utilidade, como o ferro metálico (Fe2), o gás cloro (Cl2) e o hidróxido de sódio (NaOH) também são obtidas por eletrólise. Outro exemplo de técnica que envolve processo eletrolítico é a galvanização, um processo de revestimento de peças metálicas por finas películas de outro metal, a fim de melhorar a aparência da peça e torná-la mais resistente à corrosão. Os revestimentos mais comuns são os de cromo (cromagem), os de níquel (niquelagem) e os de prata (prateação).Exercícios
1. (UPE-2000) Fazendo-se passar uma corrente elétrica de 5 A, por 250 mL de uma solução de sulfato de níquel 2 mols/L, constatou-se decorrido um certo intervalo de tempo, que a concentração da solução reduziu-se à metade. Admitindo-se que não haja variação de volume, pode-se afirmar que o intervalo de tempo decorrido foi de: Dado: Ni = 59 g/mol a) 96.500 s b) 9.650 s c) 965 s d) 48.250 s e) 4.825 s. 2. A ilustração a seguir ilustra a eletrólise de uma solução aquosa de cloreto de cobre (II).