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Exercício Resolvido: A filosofia de Habermas

Teste seus conhecimentos para o vestibular: resolva uma questão do ENEM, sobre o filósofo Habermas, e confira a resposta comentada por nossos monitores.

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Exercício Resolvido: A filosofia de Habermas

Para resolver essa questão, leia um resumo sobre Habermas.

1. (ENEM 2014) “Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um discurso prático, a um acordo quanto à validade dessa norma”.

(Habermas, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989)

 

Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida pelo (a)

a) Liberdade humana, que consagra a vontade.
b) Razão comunicativa, que requer um consenso.
c) Conhecimento filosófico, que expressa a verdade.
d) Técnica científica, que aumenta o poder do homem.
e) Poder político, que se concentra no sistema partidário.

 

 

 

 

GABARITO

  1. B

Conforme vimos em nosso resumo dessa semana, Jürgen Habermas é um dos mais importantes filósofos da atualidade. Ainda vivo, ele tem como o centro de seu pensamento a busca por fundamentar racionalmente uma ética capaz de enfrentar as duras questões de nosso tempo. Buscando empreender esse projeto e bastante influenciado pela Escola de Frankfurt, tradição sociológica a qual se vinculou na juventude, Habermas distingue dois tipos de racionalidade: a razão instrumental e a razão comunicativa. A primeira se caracteriza por ser estratégica, calculadora e não preocupar-se com valores: seu único critério é a eficiência e sua procura é pelos melhores meios para se alcançar um fim determinado. Segundo Habermas, esse tipo de racionalidade que impera em nosso tempo, sobretudo pelo desenvolvimento da técnica. Porém, o filósofo crê há uma alternativa. Esta se encontra na razão comunicativa, que não se preocupa com os meios, mas sim com os fins, isto é, sua grande capacidade é a discussão de valores e a busca pelos critérios corretos de ação. Esta racionalidade moral é chamada por Habermas de razão comunicativa (e aí está sua grande inovação), pois ela não a concebe como algo individual, subjetivo. Ao contrário, para Habermas, a racionalidade ética é fundamentalmente partilhada, intersubjetiva. Não à toa, o filósofo alemão chamará sua ética baseada na razão comunicativa de ética do discurso. É que para ele, sendo a intersubjetividade a grande característica da racionalidade moral, os princípios corretos de ação são aqueles que todos os indivíduos são capazes de aceitar consensualmente, ou seja, sem qualquer tipo de pressão ou coerção.

 

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