Aprenda sobre os Filósofos da Tradição com a professora Lara Rocha na Aula ao Vivo de hoje! <3 Para ficar por dentro dos dias e horários e baixar o material de apoio, continue acompanhando o post!
Filosofia: Filósofos da Tradição
SEXTA-FEIRA 29/05
Turma da Manhã: 10:15 às 11:15, com a professora Larissa Rocha.
SEXTA-FEIRA 05/06
Turma da Noite: 19:45 às 20:45, com a professora Larissa Rocha.
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MATERIAL DE AULA AO VIVO
1. Com base nos conhecimentos sobre o pensamento político de Aristóteles, é correto afirmar.
a) A reflexão aristotélica estabelece uma clara separação entre política e ética, uma vez que a parte (vida individual) não pode se confundir com o todo (comunidade política).
b) A lei, para Aristóteles, como expressão política da ordem natural e, portanto, intimamente ligada à justiça, é o princípio que rege a ação dos homens na polis.
c) Aristóteles sustenta que cada homem, por sua liberdade natural, sempre age tendo em vista algo que lhe parece ser um bem, alcançando sua perfeição pela satisfação de suas paixões e necessidades individuais.
d) O conceito de felicidade a que, segundo Aristóteles, visa individualmente a ação humana está desvinculado do conceito de justiça como um exercício político orientado ao bem comum.
e) Na concepção política de Aristóteles, torna-se evidente que a ideia de bom governo, de regime justo e de cidade boa depende da tripartição dos poderes.
2. “Sócrates: Imaginemos que existam pessoas morando numa caverna. Pela entrada dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação que existe na frente dela. Os seus habitantes estão lá dentro desde a infância, algemados por correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar para trás, e só podem ver o que ocorre à sua frente. (…) Naquela situação, você acha que os habitantes da caverna, a respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa além das sombras que o fogo projeta na parede ao fundo da caverna? ”.
(PLATÃO. A República [adaptação de Marcelo Perine]. São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83).
Em relação ao célebre mito da caverna e às doutrinas que ele representa, assinale o que for incorreto.
a) No mito da caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência humana, relatando como eram a vida e a organização social dos homens no princípio de seu processo evolutivo, quando habitavam em cavernas.
b) O mito da caverna faz referência ao contraste ser e parecer, isto é, realidade e aparência, que marca o pensamento filosófico desde sua origem e que é assumido por Platão em sua famosa teoria das Ideias.
c) O mito da caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício da filosofia é capaz de promover, libertando o indivíduo das sombras da ignorância e dos preconceitos.
d) É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo inteligível e mundo sensível; o primeiro ocupado pelas Ideias perfeitas, o segundo pelos objetos físicos, que participam daquelas Ideias ou são suas cópias imperfeitas.
e) No mito da caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da caverna, devendo voltar à caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo que, na concepção platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar a cidade.
3. Sócrates representa um marco importante da história da filosofia; enquanto a filosofia pré-socrática se preocupava com o conhecimento da natureza (physis), Sócrates procura o conhecimento indagando o homem. Assinale o que for incorreto.
a) Discípulo de Sócrates, Platão utilizou, como protagonista da maior parte de seus diálogos, o seu mestre.
b) O método socrático compõe-se de duas partes: a maiêutica e a ironia.
c) Tal como os sofistas, Sócrates costumava cobrar dinheiro pelos seus ensinamentos.
d) Sócrates, ao afirmar que só sabia que nada sabia, queria, com isso, sinalizar a necessidade de adotar uma nova atitude diante do conhecimento e apontar um novo caminho para a sabedoria.
4. “Ora, nós chamamos aquilo que deve ser buscado por si mesmo mais absoluto do que aquilo que merece ser buscado com vistas em outra coisa, e aquilo que nunca é desejável no interesse de outra coisa mais absoluto do que as coisas desejáveis tanto em si mesmas como no interesse de uma terceira; por isso chamamos de absoluto e incondicional aquilo que é sempre desejável em si mesmo e nunca no interesse de outra coisa”.
Fonte: ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Nova Cultural, 1987, 1097b, p. 15.
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre a ética de Aristóteles, assinale a alternativa correta:
a) Segundo Aristóteles, para sermos felizes é suficiente sermos virtuosos.
b) Para Aristóteles, o prazer não é um bem desejado por si mesmo, tampouco é um bem desejado no interesse de outra coisa.
c) Para Aristóteles, as virtudes não contam entre os bens desejados por si mesmos.
d) A felicidade é, para Aristóteles, sempre desejável em si mesma e nunca no interesse de outra coisa.
e) De acordo com Aristóteles, para sermos felizes não é necessário sermos virtuosos.
5. Entende-se que, para Platão, na “Alegoria da Caverna”
I. aponta-se para o sentido da entrada do homem no mundo inteligível e o retorno ao mundo sensível.
II. aponta-se para o sentido da natureza da educação apropriada ao filósofo.
III. o mundo da opinião está presente nas imagens que projetam as sombras e as próprias sombras.
IV. a educação deve conduzir para as essências, para a ciência que a alma possui no seu interior.
V. a educação deve conduzir para questões que afastem o homem das especulações intelectuais.
Estão corretas as afirmações contidas na alternativa
a) I, II, IV, V
b) II, III, IV, V
c) I, III, IV, V
d) I, II, III, IV
6. Segundo Platão, há três classes que possuem papel específico na Cidade: a dos camponeses e artesãos, a dos guardiões e a dos filósofos.
Em relação a essa informação, é correto afirmar que
a) os artesãos asseguram a defesa da Cidade.
b) os guardiões asseguram a divisão do trabalho.
c) os filósofos asseguram a harmonia da Cidade.
d) os camponeses e artesãos asseguram a vida material da Cidade.
Gabarito
1. B
2. A
3. C
4. D
5. D
6. D
LISTA DE EXERCÍCIOS
1. Para Aristóteles,
Só julgamos que temos conhecimento de uma coisa quando conhecemos sua causa. E há quatro tipos de causa: a essência, as condições determinantes, a causa eficiente desencadeadora do processo e a causa final.
(ARISTÓTELES. Analíticos Posteriores. Livro II. Bauru: Edipro. 2005. p. 327.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a metafísica aristotélica, é correto afirmar.
a) A existência de um plano superior constituído das ideias e atingido apenas pelo intelecto permite a Aristóteles a compreensão objetiva dos fenômenos que ocorrem no mundo físico.
b) A realidade, para Aristóteles, sendo constituída por seres singulares, concretos e mutáveis, pode ser conhecida indutivamente pela observação e pela experimentação.
c) Para a compreensão das transformações e da mutabilidade dos seres, Aristóteles recorre ao princípio da criação divina.
d) Na metafísica aristotélica, a compreensão do devir de todas as coisas está vinculada à determinação da causa material e da causa formal sobre a causa final.
e) Para Aristóteles, todas as coisas tendem naturalmente para um fim (telos), sendo esta concepção teleológica da realidade a que explica a natureza de todos os seres.
2. Segundo Platão no Livro VII de A República, quem contempla o bem prefere não retornar aos afazeres humanos quotidianos. Mesmo assim, Platão afirma que na cidade por ele concebida, aqueles que realizaram a ascensão para fora da caverna e contemplaram o bem devem ser obrigados a retornar ao convívio daqueles que não o contemplaram e a dedicar-se à administração da cidade. Após o personagem Sócrates apresentar essa tese, o personagem Glaucon adota uma posição que lhe é contrária. Glaucon afirma que a obrigação de fazer com que os que contemplaram o bem dediquem-se ao governo da cidade é uma injustiça contra eles.
Contra a opinião de Glaucon, Sócrates responde:
Esqueceste-te, novamente, meu amigo, que à lei não importa que uma classe qualquer da cidade passe excepcionalmente bem, mas procura que isso aconteça à totalidade dos cidadãos, harmonizando-os pela persuasão ou pela coação, e fazendo com que partilhem uns com os outros do auxílio que cada um deles possa prestar à comunidade; ao criar homens destes na cidade, a lei não o faz para deixar que cada um se volte para a atividade que lhe aprouver, mas para tirar partido dele para a união da cidade.
(PLATÃO, A República, Livro VII, 519 e 520 a).
Em outras palavras, qual foi a resposta de Sócrates?
3. De acordo com Aristóteles, a vida consagrada ao ganho, que tem como fim a riqueza, não é a vida feliz. Portanto, a vida consagrada ao ganho identifica erroneamente o que é o bem ou a felicidade.
(ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W. D. Ross. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 12.)
Qual a principal razão invocada por Aristóteles para rejeitar a vida que tem como fim último a riqueza?
a) A vida consagrada ao ganho é apenas um meio e não um fim em si mesmo.
b) O acúmulo de bens exteriores representa uma agressão à natureza.
c) A busca de riqueza é um fim acalentado por indivíduos mesquinhos e egoístas.
d) A vida consagrada ao ganho é modo de vida típico do capitalismo.
e) A riqueza torna as pessoas escravas do dinheiro e, portanto, infelizes.
Gabarito
1. E
2. Sócrates responde a Glauco procurando defender o bem comum. Segundo o filósofo, todos têm direito e devem agir em prol da comunidade. Isso vale também para os que conheceram o bem. Estes não podem, portanto, voltar-se somente para seus próprios interesses. Devem contribuir para a união da cidade.
3. A