Esse mês faz um ano que foi decidida a saída do Reino Unido da União Europeia, mais conhecida como Brexit - ou seja, “saída dos britânicos” -, um acontecimento super polêmico que é (e com certeza ainda será!) assunto de muitos de debates. DESCUBRA AQUI OS TEMAS QUE MAIS CAEM NO ENEM!
O Brexit envolve não apenas o futuro do Reino Unido e seus países-membro, mas também os rumos da população europeia como um todo, inclusive dos imigrantes e refugiados. Acha que um assunto quente desses não vai cair no vestibular? Ou não pode ser usado para contextualizar ou argumentar sua Redação? Por isso, preparamos um super resumo e ainda um vídeo da nossa série Dose de Atualidades sobre o tema! Te explicamos vários acontecimentos e aspectos para você ficar por dentro de tudo que envolve o Brexit - e que pode cair na sua prova e também virar Redação! Confira:
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Resumo
Antecedentes do Brexit
Assim como quase tudo na história, o Brexit não aconteceu do nada. Desde 1975, o processo de saída dos britânicos vem se desenhando aos poucos. Três fatos marcantes que deram um spoiler de que o Brexit poderia se tornar real um dia são:1) A primeira consulta pública sobre a saída do Reino Unido do bloco europeu - na época, a Comunidade Econômica Europeia (CEE), um embriãozinho da União Europeia - foi em 1975. Dessa vez, a maioria dos eleitores britânicos votaram pela permanência da Reino Unido na CEE. 2) O movimento de saída de um bloco econômico não foi inaugurado pelo Reino Unido! Em 2012, existia uma forte possibilidade da Grécia sair da zona do euro e da União Europeia, devido a sua grave crise econômica da época. 3) Em 2014, foi feito um plebiscito pela independência da Escócia - ou seja, se ela continuaria parte do Reino Unido ou não. Com alto comparecimento do eleitorado escocês às urnas, 55,3% de votos foram favoráveis à permanência da Escócia no Reino Unido. Apesar do resultado, a consulta pública deu início a um processo de dar mais poderes ao governo escocês. A votação pelo Brexit
Em Junho de 2016, os partidos de direita da Inglaterra pedem uma consulta popular sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. Com eleitores da Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte, residentes britânicos de Gibraltar e cidadãos britânicos que vivem no exterior, ganhou, com 51,8%, a saída da UE contra 48,2% dos votos pela permanência. Essa decisão foi contra a maioria das pesquisas, que indicavam o resultado oposto, devido, principalmente à: - Assassinato da parlamentar Jo Cox, forte defensora da permanência do Reino Unido na UE, poucos dias antes da consulta pública. Testemunhas que estavam no local chegaram a relatar que o assassino vestia uma blusa com os dizeres “Britain First!” (“Grã-Bretanha primeiro!), nome de um partido de extrema-direita
- Clima mais quente com os refugiados na Europa
- Fortes tensões na Alemanha
O plebiscito não definiria, teoricamente, o destino do país - ele tem uma caráter apenas de consulta -, e o então primeiro-ministro David Cameron e o parlamento poderiam barrar a saída da UE. Mas contrariar a opinião dos eleitores seria péssimo para o governo, né? Devido ao resultado da consulta pública, Cameron entrega o cargo de primeiro-ministro em 13 de Julho, dizendo que “não vai governar esse Reino Unido”. Assim que a Rainha da Inglaterra aceita a renúncia, Theresa May assume o posto de primeiro-ministro. O que está por trás da votação
O resultado da votação pelo Brexit, se olhado de pertinho, mostra uma forte tendência na divisão dos votos: Voto ‘sim’: a grande maioria dos votos pela saída do Reino Unido da UE veio da Inglaterra, do País de Gales e de regiões rurais e vieram de eleitores mais velhos/de idade mais avançada. Eles apoiam um discurso de liberdade política e financeira - mesmo sem uma prova de que o Brexit traria ganhos financeiros! - e contra imigrantes vindos de outros países europeus. Voto ‘não’: Escócia, Irlanda do Norte e a capital da Inglaterra, Londres - regiões consideradas mais progressistas -, votaram em peso pela permanência do Reino Unido na UE. Os eleitores, de maioria jovem e defensores do direito dos refugiados, alegam que as razões do Brexit são xenófobas. Após o resultado do plebiscito, eles foram às ruas protestar. A separação oficial da União Europeia
Após o resultado da consulta pública pelo Brexit, Theresa May assume oficialmente como representante da direita conservadora. Em 29 de Março de 2017, ela notificou oficialmente a União Europeia da separação do Reino Unido, acionando o artigo 50. Em 19 de Junho em Bruxelas, Bélgica, rolaram negociações entre o bloco europeu e o Reino Unido. Os ingleses pretendiam manter as relações comerciais, mas os europeus não pareceram muito inclinados a aceitar esse plano. O cenário pós Brexit
O processo de saída do bloco europeu acontecerá até 2020 e é preciso esperar para ver como ele se desenrolará. No entanto, os resultados das eleições mais recentes no Reino Unido e na França dão indícios da reação da população ao Brexit:- Nas eleições inglesas - poucos dias antes da negociação em Bruxelas -, o partido da direita conservadora foi derrotado, enfraquecendo Theresa May e seu projeto de governo
- Na França, Marine Le Pen, também de um partido de direita conservadora, foi derrotada, dando esperanças à União Europeia