Você já ouviu falar no DSM-V? Esse é um documento de altíssima importância pro diagnóstico de doenças mentais. Utilizado em todo o mundo, ele reúne as principais referências sobre diferentes problemas, seus sintomas e métodos de tratamento.
Quando falamos de ansiedade e DSM-V, a ideia envolve se basear no que diz o livro a respeito desse transtorno e suas manifestações. Dessa forma, o profissional de saúde fica qualificado pra diagnosticá-lo com precisão e receitar o tratamento adequado.
Se você pretende seguir carreira com foco em saúde mental, então precisa se familiarizar com o que o DSM-V diz sobre transtorno de ansiedade. Pra ajudar nisso, preparamos este superartigo com todas as informações que você precisa. Confira!
O que é o DSM-V?
Também chamado Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais Quinta Edição ou DSM-5, o DSM-V é um manual criado e mantido pela Associação Americana de Psiquiatria com o objetivo de classificar transtornos mentais.
A partir das informações contidas no DSM-V, é possível realizar diagnósticos e receitar tratamentos alinhados com o que se considera adequado pela comunidade médica nesses assuntos. Então, é uma peça fundamental pro trabalho de diversos tipos diferentes de profissionais.
O DSM-V é utilizado amplamente por médicos, psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, entre vários outros. Ele foi criado originalmente pelo psicólogo David Rosenhan com objetivo de estabelecer padrões de referência no diagnóstico e tratamento de diversas doenças mentais.
Com o tempo, diversos profissionais de diferentes áreas contribuíram pro projeto de criação do DSM. A primeira edição foi publicada em 1952. O DSM-V é a sua versão mais recente, tendo a sua publicação em 2013.
Como o DSM-V compreende ou classifica um transtorno mental?
O DSM-V utiliza critérios universais pra descrever transtornos mentais e classificá-los. Isso é feito a partir da análise do comportamento do paciente, seus sintomas e impressões relatadas por ele. A partir das informações do DSM-V, é possível chegar a um diagnóstico preciso.
Um dos principais papéis do DSM-V é prevenir diagnósticos incorretos ou que divergem entre si. Ou seja, um mesmo transtorno mental precisa ser classificado e diagnosticado da mesma forma independentemente do lugar, da formação de seus médicos e demais fatores externos.
O conteúdo relacionado a um transtorno mental é descrito pelo DSM-V de maneira objetiva, reunindo todas as informações relevantes sobre ele e quanto já se aprendeu a respeito do problema ao longo dos anos.
Além disso, o DSM-V destaca os critérios diagnósticos que devem ser utilizados pelos profissionais pra diagnosticar o transtorno. O documento também inclui dados de prevalência, fatores de risco, questões culturais, entre outros.
Leia também: Conheça os principais perfis comportamentais e entenda as diferenças entre eles!
O que é ansiedade segundo o DSM-V?
Os transtornos de ansiedade costumam apresentar características de medo e ansiedade em excesso, além de e perturbações comportamentais relacionadas. Essa é a classificação oficial segundo o texto do DSM-V.
Ainda de acordo com o DSM-V, os transtornos de ansiedade são diferentes de meras sensações de medo ou ansiedade por serem excessivos ou persistirem além de períodos considerados apropriados.
O DSM-V também destaca as características dos vários tipos de transtorno de ansiedade.
Um exemplo é a ansiedade social, no qual a pessoa sente medo e evita interações e situações sociais que envolvem a possibilidade de ser avaliada.
Outro exemplo é o transtorno de pânico, no qual o indivíduo experimenta ataques de pânico inesperados de forma recorrente.
Critérios diagnósticos
O DSM-V traz as principais características utilizadas como critério pra realizar o diagnóstico da doença. Esse é um dos principais diferenciais do DSM-V, já que permite se basear nos mesmos sinais pra detectar o problema e receitar um tratamento adequado.
No caso da ansiedade, são considerados critérios diagnósticos:
- preocupação persistente em excesso por eventos indesejados;
- afastamento de casa ou de figuras importantes;
- perda por morte de entes queridos;
- recusa em sair de casa;
- relutância em dormir sozinho, entre outros.
Demais características
O DSM-V também explica como é o período de exacerbação na ansiedade na maioria dos casos. Assim, os profissionais podem ter uma ideia de quanto tempo duram os sintomas, quando eles costumam se agravar e as condições que podem causar sua diminuição.
Outro aspecto detalhado pelo DSM-V refere-se aos fatores de risco e prognóstico da doença. Um exemplo é o genético, no qual o transtorno ocorre de forma herdada caso os pais também sofram com o problema.
Quais são os tipos de ansiedade segundo o DSM-V?
Um dos destaques do DSM-V é a distinção aprofundada dos diferentes tipos de doenças mentais e suas manifestações. A partir desse documento, o profissional pode identificar os sinais adequados de maneira uniforme e realizar diagnósticos alinhados com os apontamentos da comunidade médica.
Confira, a seguir, alguns exemplos de tipos de ansiedade detalhados pelo DSM-V e as suas características mais importantes.
Transtorno de ansiedade generalizada
Também chamado pela sigla TAG, o transtorno de ansiedade generalizada tem como principal característica a preocupação excessiva e generalizada sem motivos óbvios em situações do dia a dia. Ou seja, o paciente fica sempre antecipando que algo de ruim vai acontecer, permanecendo em um estado de constante preocupação.
O TAG se diferencia de um simples sentimento de ansiedade por ser constante e não ter causas óbvias. Por exemplo, é normal sentir ansiedade às vésperas de uma prova importante. No entanto, trata-se de uma causa concreta pro problema, que também passa depois do evento.
No caso do TAG, as preocupações atingem os eventos do dia a dia, mas sem uma raiz concreta. O paciente sente a sensação de preocupação constante, que se manifesta de diferentes maneiras físicas e mentais. É o caso, por exemplo, de dores de cabeça, taquicardia, sudorese, tensão muscular, entre outros.
Transtorno de pânico
O transtorno de pânico, também chamado TP, tem como principal característica uma sensação de medo intensa e repentina seguida por sintomas físicos. Esses episódios podem acontecer a partir de qualquer momento, durando até 30 minutos.
As principais características desses ataques de pânico são a aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração, suor frio, falta de ar, tontura, tremores, entre outros. O episódio pode se agravar quando o paciente passa a temer a ocorrência de novos ataques ou a persistência do atual.
Em geral, o transtorno de pânico se manifesta a partir de situações em que há estresse recorrente em escala crescente. Ou seja, podem ser situações familiares, de trabalho ou até experiências traumáticas.
Por fim, o fator genético aumenta as chances do desenvolvimento de TP.
Transtorno de ansiedade social
Quem tem transtorno de ansiedade social, ou fobia social, tem intensa dificuldade em interagir com outras pessoas. Isso pode se referir desde a uma conversa com um grupo ou até mesmo a apresentação de um trabalho pra turma em ambiente de ensino.
Dessa forma, o gatilho pro surgimento dos sintomas típicos da ansiedade costumam transitar na área da socialização. Dessa forma, a fobia social contribui pra que o paciente busque se isolar cada vez mais, evitando as suas fontes de angústia.
O fator ambiental é um dos principais causadores de casos de fobia social. Por exemplo, é o caso de pacientes com pais superprotetores ou que sofreram com rejeições sociais muito frequentes.
O problema também pode ocorrer com quem tem baixa autoestima ou duvide das suas próprias capacidades de socialização.
Agorafobia
A agorafobia é o transtorno de ansiedade relacionado a estar em situações ou locais sem uma maneira fácil de escapar. Em geral, trata-se de casos sem um perigo iminente óbvio, mas, mesmo assim, a pessoa se sente angustiada em busca de uma saída.
Um dos casos mais comuns de agorafobia costuma ser o de não suportar ficar em locais lotados ou muito fechados, como dentro de um ônibus ou avião. Quem sofre com esse transtorno também costuma não se sentir bem em elevadores e demais espaços pequenos.
O problema geralmente se desenvolve a partir de algum episódio traumático envolvendo esses espaços sem saída aparente. Isso faz com que o paciente se condicione a sempre se precaver diante de emergências em maneira excessiva, prejudicando o seu estado mental.
Transtorno de estresse pós-traumático
Conhecido pela sigla TEPT, o transtorno de estresse pós-traumático tem como principal característica as lembranças recorrentes e intrusivas de um acontecimento que foi altamente angustiante pro paciente.
Esse episódio traumático pode ser desde um acidente até a morte de um ente querido. O que diferencia o TEPT de um quadro de choque ou tristeza convencional é a prevalência dos seus sintomas, que vão de dificuldades pra dormir até hipervigilância.
Reviver os eventos traumáticos de maneira quase constante acaba agravando o quadro do paciente, que tem dificuldades em se concentrar e conter pensamentos intrusivos. O tratamento costuma envolver uma combinação de psicoterapia e medicamentos.
Transtorno de estresse agudo
A principal diferença do transtorno de estresse agudo pros demais tipos de ansiedade é que ele geralmente ocorre a partir da vivência ou testemunho de um evento traumático específico. Assim, o paciente fica revivendo aquele acontecimento e se angustiando com ele de maneira constante.
Por ser um quadro agudo, ele não costuma durar muito tempo. Em até um mês, os sintomas geralmente se amenizam. No entanto, ainda assim é válido obter o diagnóstico de um especialista pra avaliar o caso e contar com o tratamento adequado.
Enquanto revive os eventos traumáticos, o paciente tem a tendência de agir de forma irritadiça e se desvincular de hábitos que antes considerava prazerosos.
Mutismo seletivo
Muito comum entre as crianças, o mutismo seletivo se caracteriza principalmente pela incapacidade de se comunicar verbalmente em situações sociais. O caso é diferente da fobia social, ou transtorno de ansiedade social, porque geralmente costuma cessar antes da adolescência ou vida adulta.
Segundo especialistas, o mutismo seletivo ocorre a partir da percepção da criança em relação à presença de determinadas pessoas. Ou seja, pode ser que ela considere determinado professor ou colega intimidador e limite o seu discurso ao redor deles.
O problema deve ser diagnosticado cedo pra que possíveis tratamentos possam ser implementados. A escola é uma grande aliada nesse sentido, podendo alertar os pais caso percebam sinais de mutismo seletivo nos pequenos.
Transtorno de ansiedade de separação
Aquela sensação de ter saudades de casa pode se manifestar de maneira muito mais grave na forma do transtorno de ansiedade de separação. Nesse caso, o paciente passa por sensações de angústia e desespero ao se separar de um ambiente que considera familiar e agradável.
O transtorno de ansiedade de separação é bastante comum entre as crianças, especialmente na idade em que começam a deixar a casa e os pais pra atividades como a ida à escola. Geralmente, essas situações são marcadas por muito choro e pedidos pra que não as abandone.
No entanto, o transtorno de ansiedade de separação também pode ser desencadeado a partir de um episódio traumático pra criança. Por exemplo, a mudança de cidade ou de escola pode fazer com que o problema aconteça mesmo se antes não era comum.
Transtorno de ansiedade induzido por substância
O uso de substâncias específicas também pode ocasionar quadros de transtorno de ansiedade. Isso vale desde o caso de medicamentos convencionais até drogas perigosas, como é o caso de cocaína, heroína, maconha, entre outras.
O transtorno de ansiedade induzido por substância também pode acontecer a partir de episódios de abstinência de substâncias. Nesses casos, o corpo reage de forma adversa à interrupção ou redução do consumo da droga.
Por conta disso, o tratamento de transtorno de ansiedade induzido por substância costuma envolver um esforço conjunto em tratar o vício ao mesmo tempo que os sintomas são amenizados.
Quais são os principais sintomas da ansiedade?
Quando se fala em ansiedade, muita gente pode pensar em diferentes sinais que nem sempre correspondem com esse quadro. O DSM-V é um documento importante porque padroniza os sintomas que merecem atenção dos profissionais de saúde, ajudando, assim, a identificar o problema.
A seguir, saiba mais sobre os principais sintomas de um quadro de ansiedade e as suas características.
Dores abdominais
O desconforto abdominal é um dos sinais físicos da ansiedade. Esse tipo de cólica é semelhante à dor causada por problemas intestinais, mas ocorre de maneira recorrente.
Taquicardia
A taquicardia nada mais é do que um aumento no ritmo dos batimentos cardíacos. No caso de um quadro de ansiedade, o problema pode ocorrer sem motivo aparente a qualquer momento do dia.
Suor excessivo
A sudorese é outro sinal de ansiedade. O paciente deve ficar atento ao suor excessivo mesmo em situações em que não se esforçou fisicamente.
Falta de ar
As sensações provocadas pela ansiedade também fazem com que o paciente sinta falta de ar. Isso significa ter dificuldades pra respirar e sentir que não está aspirando oxigênio suficiente.
Náusea e vômitos
Outro sinal físico da ansiedade é a manifestação de náuseas e vômitos. Esses sintomas são particularmente nítidos em episódios de transtorno de pânico.
Dificuldades para dormir
O sono pode ser um dos principais prejudicados por um quadro de ansiedade. O paciente tem dificuldades pra dormir, como no caso da insônia, ou simplesmente não consegue passar a noite inteira sem acordar em vários momentos.
Dores de cabeça
A ansiedade também pode manifestar dores de cabeça no paciente, mas sem chegar ao ponto de se classificarem como enxaqueca. Assim como nos demais sintomas, não costuma ter raízes aparentes no dia a dia.
Irritabilidade
Quem sofre de ansiedade se sente no limite em meio as suas atividades cotidianas. Isso faz com que tenha um alto teor de irritabilidade, perdendo a paciência com acontecimentos corriqueiros e pouco importantes.
Tremores
Outro sintoma da ansiedade é a ocorrência de tremores em várias partes do corpo, como nas mãos, pernas e pálpebras. É importante ficar atento a esses sinais, que não costumam ter gatilhos fáceis de perceber.
Tensão muscular
Além dos tremores, o corpo também pode se manifestar a partir de tensão muscular em quadros de ansiedade. Ou seja, os músculos ficam rígidos e o paciente tem a sensação de fazer grandes esforços pra se movimentar.
Sensação de fraqueza ou cansaço
Quem sofre de ansiedade pode exibir um sintoma de fraqueza ou cansaço quase constantes. Ou seja, fica sem energia pra realizar as suas atividades do dia a dia e se cansa com facilidade.
Quais costumam ser as maiores causas de ansiedade?
Quando falamos de um transtorno como o da ansiedade, é possível apontar alguns possíveis efeitos causadores do problema. Eles nem sempre são definitivos, além de ser comum encontrar casos em que uma combinação deles gerou a doença.
De qualquer forma, o DSM-V ajuda os profissionais a realizar o diagnóstico tendo como base os seus fatores de risco.
A seguir, a gente separou quais são as principais causas de ansiedade nas pessoas.
Genética
O fator genético é uma das causas mais lembradas quando falamos de transtorno de ansiedade. Ou seja, o problema pode ser herdado dos pais ou demais parentes a partir do próprio DNA. Então, é sempre importante se familiarizar com o histórico de saúde familiar.
Isso não significa que a ansiedade seja uma doença contagiosa. Na verdade, o que ocorre é que determinados traços no DNA do paciente determinam uma maior suscetibilidade ao desenvolvimento da ansiedade.
Evento traumático
Passar por uma situação traumática específica pode ser o estopim necessário pro desenvolvimento de um transtorno de ansiedade. Ou seja, é o caso da ocorrência de um assalto, um acidente ou qualquer outro acontecimento que seja altamente angustiante.
Quando essa é uma das raízes do problema, costuma-se recomendar uma combinação de psicoterapia com medicamentos.
Situações estressantes
Nem sempre um único episódio traumático desencadeia um transtorno de ansiedade. Há também a possibilidade de o problema ser causado por situações de estresse recorrentes no dia a dia.
Por exemplo, se o paciente trabalha em um ambiente altamente estressante, há grandes chances de ter o problema. Isso também pode acontecer em um círculo familiar que gere muita angústia pra pessoa.
Uso de substâncias
O vício em drogas ilícitas, cigarro, álcool e até certos medicamentos pode manifestar um quadro de transtorno de ansiedade no paciente.
Isso geralmente acontece no caso de substâncias que agem no sistema nervoso, o que altera a forma como ele funciona em diferentes situações. Um efeito colateral possível pode ser uma maior suscetibilidade ao quadro de ansiedade.
Distúrbios hormonais
Variações hormonais fora do normal também podem causar transtornos de ansiedade de diferentes tipos. Por exemplo, quem utiliza esteroides anabolizantes pode sofrer com o problema e aumentar as chances de ter ansiedade.
Isso também pode acontecer com mulheres que estejam no período menstrual, quando as oscilações hormonais são mais comuns.
Complicações de doenças
Diversos tipos de doenças podem ocasionar complicações que geram um quadro de transtorno de ansiedade. Por exemplo, problemas cardiovasculares e hormonais podem tornar o paciente mais suscetível ao problema.
Se essas doenças não recebem o tratamento adequado, as chances de um transtorno mental se desenvolver aumentam gradualmente. Então, é indicado buscar a atenção de um médico quanto antes.
Traumas de infância
Passar por situações traumáticas na infância é outro fator causador de transtornos de ansiedade. Isso pode ser desde um caso de abuso até a perda de um ente querido, ou seja, momentos que provocam uma situação de choque em que o paciente não consegue administrar por ter pouca idade.
Dessa forma, o quadro de ansiedade pode se manifestar e perdurar até a vida adulta se não for tratado adequadamente.
Quais são os tratamentos indicados para ansiedade?
O transtorno de ansiedade requer atenção médica pra ser possível receber a indicação de tratamento adequada. Afinal, cada paciente tem necessidades diferentes que podem ser atendidas por abordagens bem distintas.
A seguir, a gente reuniu quais são os principais tratamentos que costumam ser indicados pra tratar um transtorno de ansiedade. Confira!
Psicoterapia
A psicoterapia é geralmente conduzida por um psicólogo. O objetivo dela é ajudar o paciente a descobrir e lidar com as raízes e gatilhos de seu quadro de ansiedade.
Isso se dá a partir da aplicação de diferentes metodologias que existem na Psicologia. Um exemplo é a terapia cognitivo-comportamental, muito utilizada em quadros de ansiedade. Por meio dela, o paciente é orientado a identificar seus gatilhos de ansiedade e aprender a lidar melhor com eles.
A psicoterapia também é valiosa pra auxiliar em necessidades do dia a dia que, quando não resolvidas, podem ocasionar no agravamento de problemas preexistentes ou no surgimento de novos.
Dessa forma, a psicoterapia é uma escolha saudável até pra quem não está passando por problemas mentais.
Medicamentos
O uso de medicamentos receitados por um profissional médico, como é o caso de um psiquiatra, também costuma fazer parte de um tratamento contra a ansiedade.
Em geral, existem três classificações de medicamentos empregados nesses quadros.
A primeira classificação são os antidepressivos, que buscam controlar os sintomas da ansiedade ao repor os neurotransmissores em falta que estimulam o bem-estar e o humor do paciente. Como o próprio nome já diz, eles também são utilizados em tratamentos contra depressão.
O segundo tipo de medicamento empregado é o ansiolítico. O intuito dele é acalmar o paciente pra que tenha os seus sintomas de ansiedade amenizados e consiga realizar as suas atividades do dia a dia.
Por fim, outros medicamentos como antipsicóticos costumam ser empregados pra combater os sintomas da ansiedade e facilitar a condução do tratamento.
Em muitos casos, o paciente com transtorno de ansiedade recebe um tratamento que combina psicoterapia e o uso de medicamentos.
Tratamentos complementares
Existem outras formas de tratar um transtorno de ansiedade que servem como complementos aos métodos clássicos. Ou seja, são iniciativas que aumentam as chances de sucesso de tratamentos como a psicoterapia e o uso de medicamentos.
Por exemplo, a meditação é um hábito que contribui imensamente pro bem-estar do paciente e ajuda no combate não só da ansiedade como da depressão e outros problemas mentais. Afinal, é algo que permite se concentrar no momento e conter a ação de pensamentos intrusivos.
Há também a recomendação da prática de atividades físicas. A liberação de endorfina que ocorre nesses momentos pode ajudar muito na recuperação de quem sofre de um transtorno de ansiedade e outros problemas.
Por fim, há a possibilidade de buscar alternativas nos recursos naturais que têm ação calmante. Um exemplo disso é a passiflora e a valeriana — plantas cujos derivados auxiliam no tratamento de ansiedade e depressão.
Como você viu até aqui, falar de ansiedade e DSM-V envolve se basear naquelas que são as diretrizes mais respeitadas a respeito de doenças mentais em todo o mundo.
Não se pode diagnosticar esses problemas seguindo seus próprios critérios, já que a comunidade médica já concordou em diversos fatores que precisam fazer parte do processo do profissional de saúde.
Dessa forma, agora que você já sabe tudo sobre como o DSM-V descreve a ansiedade, já tem tudo o que precisa pra incorporar esse conhecimento ao seu dia a dia profissional.
Fique sempre por dentro das discussões em torno da comunidade médica, além de ter uma cópia desse livro sempre por perto pra fazer suas consultas.
Outro elemento fundamental pra sua atuação profissional nessa área é a qualificação necessária. Conheça nossas especializações na área de psicologia.