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Tsunamis: saiba o que são, como ocorrem e veja exemplos já registrados

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As ondas que observamos regularmente nas praias são formadas a partir dos ventos em alguns segundos, enquanto a formação das tsunamis está relacionada, majoritariamente, às forças internas da terra. 

Assim, a consolidação das tsunamis é mais lenta, levando alguns minutos para se desenvolver. 

Preparamos este conteúdo para você ficar afiado no tema. Nos acompanhe e fique por dentro de tudo sobre os tsunamis!

O que são tsunamis?

Tsunamis são ondas gigantes provenientes dos oceanos ou grandes lagos que concentram grande volume de energia e ao atingirem as regiões litorâneas podem provocar catástrofes. 

Essas ondas se formam a partir de terremotos, erupções vulcânicas, movimentos de massa (deslizamento de sedimentos) ou explosões submarinas (resultantes de atividades nucleares). 

Os tsunamis não são como as ondas convencionais. Para ser caracterizada como tsunami, a onda precisa apresentar um comprimento entre 10 e 500 km. 

As placas tectônicas e a formação dos tsunamis

Os tsunamis podem se desenvolver a partir de diversos processos, mas sua principal causa está relacionada ao movimento das placas tectônicas. 

Vamos relembrar esses movimentos. 

De acordo com a teoria da tectônica de placas, a crosta terrestre é formada por uma superfície sólida composta por rochas e minerais fragmentada em diversos pontos, conhecida como placas tectônicas. 

Logo abaixo delas, encontramos o magma, material semifluido de alta temperatura que é responsável pelo movimento dessas placas. 

Existem três tipos de movimento das placas tectônicas

Movimento convergente

Ocorre o choque entre as placas tectônicas. 

A partir desse encontro, formam-se grandes cadeias montanhosas como a Cordilheira dos Andes, resultado da colisão entre a Placa de Nazca e a Placa Sul-americana.  

Movimento divergente

É o afastamento das placas tectônicas. Esse movimento pode causar a ascensão do magma para a superfície, que se solidifica com a queda da temperatura. 

O movimento divergente em regiões oceânicas forma as chamadas dorsais mesoceânicas (cadeias montanhosas submersas nos oceanos) e as ilhas vulcânicas.  

Em áreas continentais, a separação das placas pode gerar terremotos, vulcões e vales em rifte. 

Movimento transformante 

Ocorre quando as placas deslizam lateralmente. 

Esse movimento não resulta no desgaste das placas, mas pode provocar falhas, rachaduras e terremotos. A falha de San Andreas, nos Estados Unidos, é um famoso exemplo desse movimento de placas. 

Mapa mostrando as placas tectônicas do planeta, o choque entre elas gera tsunamis.

Mapa 01 – placas tectônicas e seus limites

Como os tsunamis são formados

Majoritariamente, os tsunamis são formados a partir de terremotos ocorridos no fundo oceânico. 

Os terremotos são a liberação de energia mecânica acumulada nas placas. 

Assim, nas zonas de convergência das placas tectônicas, ocorre a subducção de uma das placas e o soerguimento da outra até que o movimento se estabilize. 

A energia contida na placa é prontamente revertida em energia cinética é transferida para a massa oceânica. 

Com isso, essa energia se dissipa na forma de uma onda que, nesse estágio inicial, se apresenta com pequena altitude e longo comprimento.  

Esquema ilustrativo de formação de tsunamis com as placas tectônicas.

Esquema ilustrativo de formação de tsunamis

Em alto mar, onde a profundidade é maior, os tsunamis atingem uma velocidade de aproximadamente 800km/h mas não são facilmente perceptíveis pois a onda não atinge uma grande altura. 

Entretanto, ao se aproximar da costa onde a profundidade do mar é menor, a onda reduz sua velocidade e seu comprimento se encurta. 

Assim, a energia que essa onda acumulava pelo seu longo comprimento se redistribui, aumentando substancialmente a sua altitude. 

Portanto, as zonas mais ameaçadas pela ocorrência de tsunamis são as localizadas em áreas de instabilidade tectônica, principalmente as  próximas aos limites de convergência de placas tectônicas. 

O oceano pacífico é marcado por diversas zonas de subducção em seu entorno, formando um cinturão conhecido como Círculo de Fogo (observe no mapa 01 as zonas de subducção dessa faixa que se estende pelo oeste da américa e leste da ásia e oceania) por isso, é mais comum o registro de tsunamis nas área litorâneas por ele banhadas. 

Exemplos de grandes tsunamis na história 

Apesar de serem mais comuns no Oceano Pacífico, há registro de tsunamis em diversas áreas costeiras pelo mundo. 

Em Lisboa em 1755, após um intenso terremoto na região, a população correu para o porto em busca de um lugar seguro e acabou atingida por um tsunami que atingiu a costa 40 minutos após o terremoto. 

Estima-se que nesse evento morreram entre 60 mil e 100 mil pessoas. 

O maior tsunami já registrado na história ocorreu em 1964 no Alasca. 

Um intenso terremoto de magnitude entre 7,9 e 8,3 pontos na escala Richter desestabilizou uma falha tectônica a 13 km da costa para onde se deslocou a onda.

O fenômeno atingiu uma área desabilitada e portanto não há registro de mortes. 

O Japão registra terremotos quase diariamente, por sua localização em uma área de convergência de placas tectônicas. 

Em março de 2011, um terremoto de magnitude 9 na Escala Richter, maior já registrado no país, ocorreu próximo à costa e precedeu um tsunami. 

De acordo com as autoridades locais, mais de 15 mil pessoas morreram. Diversas rodovias foram destruídas, houve registro de incêndios, rompimento de barragens e danos a reatores nucleares. 

Em 2018, a Indonésia registrou ocorrência de um tsunami nas ilhas Sumatra e Java.

A Agência Nacional de Gestão de Desastres do país contabilizou 281 mortos e cerca de mil feridos. 

Esse tsunami não ocorreu em decorrência de um terremoto, mas sim por um deslizamento sob a água causado por erupções vulcânicas. 

É possível prevenir os tsunamis? 

Não é possível impedir que eles aconteçam, mas podemos detectá-los o mais cedo possível para reduzir os danos causados.

A previsão de tsunamis ocorre através de centros de monitoramento. Sensores em alto mar são capazes de detectar anomalias no comportamento do oceano. 

Assim, essas informações são transmitidas via satélite para esse centros, gerando alertas para a população. 

Essa medida pode ser eficaz para reduzir os impactos desse fenômeno, entretanto, é necessária uma estrutura urbana eficaz como esquemas de evacuação e conscientização da população local sobre o que fazer na iminência de um tsunami.

Além disso, é de extrema importância o investimento governamental em pesquisa científica para o desenvolvimento de tecnologia na prevenção desse evento. 

Placa no Chile indica rota de evacuação em caso de tsunami.

Placa no Chile indica rota de evacuação em caso de tsunami. Fonte: O Mensageiro.

Alguns fatores naturais podem reduzir os impactos de tsunamis. 

Áreas montanhosas perto da costa contribuem para a diminuição do avanço das ondas, enquanto nas área litorâneas planas é mais fácil a interiorização do tsunami.

Outro fator natural, é a presença de recifes de corais, que, agindo como uma espécie de barreira natural, podem contribuir para a redução da intensidade do tsunami ao atingir a costa. 

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