Quer aprender tudo sobre o Brasil Neoliberal e a Posição nos BRICS? Confira este resumo completo que vai salvar sua prova de geografia!
Para entender o Brasil Neoliberal, primeiramente, é importante compreender as bases desse modelo político-econômico e sua transição, tanto no mundo como no Brasil. A partir desse entendimento, pode-se determinar como o modelo de abertura econômica e política e o processo de descentralização da indústria brasileira contribuíram para a construção de uma nova lógica capitalista no país.O Modelo Neoliberal
Por liberalismo entendemos uma filosofia política fundada nos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade, em consonância com os ideais da Revolução Francesa e Iluminismo. É uma ideologia que defende a liberdade individual frente ao poder e controle estatal. O Liberalismo econômico é essa liberdade individual no campo econômico, todavia, em 1929, o modelo mostrou sua falência, ano esse que ficou conhecido como da Grande Depressão. A partir de 1933, o presidente dos Estados Unidos da América, Franklin Delano Roosevelt, iniciou uma série de programas com o objetivo de recuperar a economia norte-americana após a crise liberal. Esses programas originaram o plano New Deal. A base do Estado Keynesiano começa a ser delimitada, consistindo em uma política econômica praticamente oposta ao modelo liberal. O Estado é o grande interventor na economia, no estímulo à contratação de trabalhadores e na seguridade social, incentivando o consumo, aquecendo a produção industrial, agrícola e de serviços, nos mais diversos níveis. O sucesso do modelo logo inspirou os países da Europa a também adotarem os ideais de Keynes, principalmente após a 2ª Guerra Mundial, que foram expressos no conhecido Estado de Bem-Estar Social. Contudo, na década de 1970, o modelo começava a mostrar seu esgotamento, principalmente pelo alto custo de um Estado interventor. Assim, inspirado pelos ideais da Escola de Chicago, observa-se o surgimento de um novo modelo político-econômico baseado no Estado Mínimo. Os preceitos liberais econômicos retornam, mas não significam a ausência do Estado. Esse ainda se faz presente através do controle dos juros, do câmbio, da disciplina fiscal e, principalmente, nos momentos de crise econômica. Assim, o modelo Neoliberal, representado pelo governo de Ronald Reagan (EUA) e Margaret Thatcher (Reino Unido), surge como solução para o Estado sobrecarregado. [caption id="attachment_71000" align="aligncenter" width="300"]
Abertura Econômica Brasileira
O Estado brasileiro, desde Getúlio Vargas (1930) até o final da Ditadura Militar (1985), é o responsável pelo processo de industrialização. Todavia, com a crise econômica, na década de 1980, observa-se o fim desse período. É possível dizer que isso não ocorre apenas no Brasil. É um colapso do modelo keynesiano. Em meio à necessidade de reestruturação, inicia-se o processo de abertura política e econômica do país. Esse processo foi marcado pela aplicação do Consenso de Washington – conjunto de medidas macroeconômicas, para promover o desenvolvimento econômico e social, que representam a concepção do Estado Mínimo. Entre as regras preconizadas por esse plano estão: ajuste fiscal, reforma tributária, juros e câmbio de mercado, abertura do mercado para investimentos estrangeiros, eliminando as restrições ao livre mercado e incentivando os modelos de privatizações, bem como a desregulamentação e desburocratização da máquina estatal. Dentre essas medidas, podemos dizer que a reforma tributária foi a única a não ser seguida.O PeríodoCollor (1990) a FHC (2002)
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Desconcentração Espacial das Indústrias
O Estado é mínimo, mas se faz presente. Essa frase representa bem o processo de desconcentração espacial das indústrias, o qual sofreu um efeito catalisador com a chamada Guerra Fiscal. Uma vez que o governo federal não é mais o agente nesse processo, os estados passam a disputar o interesse das empresas privadas e, principalmente, das transnacionais, quanto ao local da instalação de seus parques e centros produtivos. Assim, os governos estaduais oferecem incentivos e mesmo renúncias fiscais, no intuito de hospedar os empreendimentos, além do fornecimento de terrenos em posições estratégicas e da formação dos polos industriais ou tecnopolos. Gradativamente, pode-se observar uma migração das grandes companhias em direção às chamadas Cidades Médias, devido à evolução das técnicas e dos meios de transporte e comunicação, junto com a necessidade de uma mão de obra mais barata e pouco sindicalizada. A tendência é a formação de regiões especializadas em setores produtivos específicos, como o automobilístico, o industrial de base, entre muitos outros.BRICS
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Exercícios
1. (PUCCAMP) O reconhecimento, por parte dos teóricos do capitalismo, de que o atual estágio da economia requeria a reformulação das concepções liberais, especialmente no que toca à atuação do Estado, deu origem a uma doutrina batizada de neoliberalismo. Algumas de suas bases são:a) A revisão do sistema de propriedade agrária com a promoção de reforma agrária gradual, como que se busca reequilibrar a distribuição da população entre o campo e os centros urbanos.
b) A criação de políticas assistencialistas com o objetivo de reduzir as diferenças sociais por meio do apoio financeiro e centrais sindicais e organizações não governamentais.
c) A intervenção estatal nos mais amplos setores produtivos a fim de garantir empregos, salários e estimular a participação dos trabalhadores nos lucros a partir de determinados índices de produtividade.
d) A atuação do Estado para garantir estabilidade econômica por meio do controle de taxas de juros, estabelecimentos de políticas cambiais e privatização de setores antes considerados estratégicos.
2. (ENEM) O G-20 é o grupo que reúne os países do G-7, os mais industrializados do mundo (EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá), a União Europeia e os principais emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia). Esse grupo de países vem ganhando força nos fóruns internacionais de decisão e consulta. ALLAN, R. Crise global. Disponível em: http://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br. Acesso em: 31 jul. 2010. Entre os países emergentes que formam o G-20, estão os chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), termo criado em 2001 para referir-se aos países quea) apresentam características econômicas promissoras para as próximas décadas.
b) possuem base tecnológica mais elevada.
c) apresentam índices de igualdade social e econômica mais acentuados.
d) apresentam diversidade ambiental suficiente para impulsionar a economia global.
e) possuem similaridades culturais capazes de alavancar a economia mundial.