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Saiba quais são os oceanos do planeta e suas principais características

Você sabe quais e quantos são os oceanos do planeta? Não? Então vem descobrir agora!

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Você sabe quais e quantos são os oceanos do planeta? Por que eles são chamados de nomes diferentes? Por que a água do mar é salgada e dos rios não?

Essas são perguntas que você pode nunca ter parado pra pensar. Mas neste resumo você vai descobrir mais um pouco sobre os oceanos e suas diferenças.

Nem sempre foi assim, mas na configuração atual podemos perceber que existem cinco oceanos, são eles; Oceano Antártico, Ártico, Atlântico, Índico e Pacífico.

Apesar de alguns serem interligados, não sendo divididos por continentes, nem sempre é possível afirmar que há a troca e mistura de suas águas.

Isto ocorre devido a características distintas de temperatura, índices de salinidade, movimento das ondas e marés, além das correntes marítimas.

Características gerais dos oceanos do planeta

Os oceanos são os maiores corpos hídricos do mundo, ocupando as principais depressões da crosta terrestre.

A interação da água com o assoalho oceânico libera uma série de sais minerais e elementos químicos, conferindo a salinidade das águas oceânicas. Ou seja, a partir do intemperismo das rochas, seu desgaste e transformação, que vem da maior parte dos íons que formam os sais da água do mar.

O relevo existente no assoalho oceânico é riquíssimo. Existem cordilheiras e vulcões que estão abaixo do oceano, além das terras emersas como as formações de ilhas.

O maior vulcão do mundo, Tamu Massif, está embaixo do oceano. A área de sua base equivale ao estado inteiro de Goiás. Já imaginou uma erupção vulcânica embaixo do oceano? 

Os mares são as partes do oceano próximas ao continente, na qual os estados no geral possuem jurisdição e possibilidade de explorar recursos como por exemplo o petróleo.

A profundidade dos oceanos e sua extensão permite um estudo específico sobre sua natureza. Além disso, os oceanos são uma importante fonte de oxigênio para a terra.

Formação dos oceanos

Os oceanos ocupam uma área de quase 362 milhões de km², e sua profundidade média de 3690 metros, o que sugere um volume de mais de 1,3 bilhão de km³. Mas nem sempre foi assim.

Sua movimentação e organização se relaciona com a evolução do relevo da terra, e consequentemente a movimentação das placas tectônicas, que altera seu assoalho, o seu chão.

A teoria de formação dos oceanos se relaciona à formação da atmosfera e resfriamento do planeta para formação da litosfera no período pré-cambriano.

O calor e vapor d’água causado pela instabilidade da crosta naquele período teria dado origem a um grande volume de chuvas que se acumularam nas áreas baixas do relevo.

Da atmosfera vieram cerca de 50% da água que preenche as bacias oceânicas, enquanto a outra metade acredita-se que tenha vindo de meteoritos. 

No entanto, os oceanos nem sempre tiveram dispostos dessa forma na superfície terrestre. A movimentação das placas tectônicas e evolução das eras geológicas alterou essa organização, o que foi vital para o clima da Terra.

No início do período Cenozoico por exemplo, há cerca de 60 milhões de anos atrás, existia o Mar de Tétis, próximo ao equador, que tinha temperaturas elevadas.

Na formação do oceano em torno da Antártica, 30 milhões de anos depois, houve um maior equilíbrio térmico que alterou a dinâmica de circulação oceânica e climática da terra.

Na configuração atual podemos perceber que existem cinco oceanos, são eles; Oceano Antártico, Ártico, Atlântico, Índico e Pacífico

Quem define o limite entre um oceano e outro é a Organização Hidrográfica Internacional. A mistura dos oceanos não pode ser visualizada enquanto um fenômeno chamativo pois os oceanos são um corpo interconectado, apesar de suas diferentes características se manterem e por isso são considerados relativamente livres entre si. 

Seus nomes e limites são estabelecidos de acordo com as referências continentais e suas características específicas. Isto ocorre devido a distintas condições de temperatura e insolação, índices de salinidade, movimento das ondas e marés, além das correntes marítimas.

oceanos do planeta

Oceano Pacífico

É o maior e mais antigo oceano do planeta. Lá as interações com o interior da terra também são constantes, sendo a região de maior atividade sísmica do mundo.

Corresponde a cerca de um terço da superfície terrestre, com 165 milhões de km². Por ser enorme, sua dinâmica climática sofre pouca influência das massas continentais, contendo zonas térmicas distintas em sua extensão.  

Sobre sua atividade sísmica, devemos posiciona-lo na Placa do Pacífico, na qual seus limites ficaram conhecidos como Zona de Fogo do Pacífico, pela intensa interação com o interior da terra, que possibilita liberação de magma e movimentação tectônica, sendo abundante as ilhas, vulcões, dobramentos modernos, terremotos e maremotos na região.  

Nele encontra-se o ponto mais profundo do mundo, nas Fossas Marianas, que está a 10 984 metros de profundidade, enquanto o ponto mais alto da terra mede 8.848 metros, na cordilheira do Himalaia.

Há uma dificuldade de realizar pesquisas nessa região por conta da grande pressão que o volume de água causa aos humanos em grande profundidade, de modo que as expedições a fossa se tornam históricas.

Além do mais, imagina só os animais que podem ser encontrados nessa fossa!  

Veículo operado remotamente explora a Fossa das Marianas em 2016 para ilustrar o conteúdo sobre os oceanos do planeta

Veículo operado remotamente explora a Fossa das Marianas em 2016. Crédito da Imagem: NOAA Office of Ocean Exploration and Research.

imagem para ilustrar o conteúdo sobre os oceanos do planeta

Oceano Atlântico

É o segundo maior oceano em extensão, possuindo 106.500.000 km², cobrindo cerca de 20% da terra, e contendo profundidade média de 3.300 metros.

Ele divide o continente americano da África e da Europa. No seu extremo sul, ele se conecta com o oceano Antártico, a sudoeste se conecta com o Pacífico pelo cabo de Horn e estreito de Drake, a sudeste com o oceano Índico e ao norte com o oceano Ártico. 

É o oceano mais salgado do mundo, contendo uma média de 3,7% de salinidade. Isso porque o calor acelera o intemperismo, aumentando a concentração de sais na região.  Ele se formou a partir da divergência de placas que separou a Gondwana, abrindo o oceano atlântico. 

Das características desse oceano, é importante frisar a existência da Dorsal Meso-oceânica ou meso-atlântica. Trata-se de uma cordilheira de montanhas que se deu a partir da separação da Pangeia.

Isso aconteceu pelo movimento divergente das placas tectônicas. Com isso a placa Norte-americana se separou da placa Euroasiática, no Atlântico Norte, assim como a placa Sul-americana se separou da Africana no Atlântico Sul.

Com isso, abriu-se um fratura no assoalho oceânico onde o magma pode extravasar. Ao chegar na litosfera e em contato com a água, o material se solidifica formando a protuberância rochosa. 

Esquema simplificado de uma dorsal oceânica para ilustrar o conteúdo sobre os oceanos do planeta

Esquema simplificado de uma dorsal oceânica

Além disso, o oceano atlântico possui importância diferenciada no cenário do comércio internacional. Passa por ele as principais rotas de mercadorias.

Na costa americana, existe grande quantidade de petróleo e gás a ser explorado, pelo acúmulo de sedimentos causado pelos processos costeiros e pela própria separação tectônica.

Outro ponto interessante são os rios que desaguam nesse oceano, dentre os quais podemos citar o Rio Amazonas, São Lourenço, Mississipi, Paraná, Congo e Níger.

Oceano Índico

Possui cerca de 73 milhões de km², o terceiro maior oceano do planeta, e profundidade média de 3.890 metros.  Ele cobre toda a costa leste africana e o sul da Ásia.

Em termos de formação, foi o oceano mais recente a se formar, também como resultado da divisão da Gondwana. Ele se liga ao mar Mediterrâneo pelo Mar Vermelho e o Canal de Suez.

Uma característica relevante desse oceano é a presença de diversas ilhas de corais. Isso porque na zona tropical o oceano se mantém numa temperatura média propícia para formação de recifes de coral.

Sua parte mais ao sul interage com o oceano antártico, reduzindo a média térmica nessa região, contrastando com sua parte mais ao norte. 

As chuvas de monção

A diferença de temperatura entre o oceano e o continente dá origem às chuvas de monção. Isso acontece pelo clima tropical contar com estações bem definidas.

Nas monções, isso vai ao extremo, tendo clima super úmido no verão e uma seca severa no inverno. Há, com isso, um deslocamento do sentido dos ventos de acordo com as estações do ano.

No inverno, pela continentalidade, o continente fica mais frio do que o oceano, formando uma célula de alta pressão sobre o continente, o que impede a formação de chuvas no inverno, deixando o clima seco, formando a monção de inverno ou continental. 

Já no verão, o continente absorve calor mais rápido o que faz com que o mar fique mais frio do que a parte continental.

O vento se desloca sempre da alta pressão para baixa pressão, levando a umidade do oceano para o continente, que está mais aquecido, formando intensas chuvas de verão, formando a monção de verão ou marítima. 

Oceano Antártico

 O oceano antártico ou austral se refere as águas que banham o continente antártico. Seu tamanho médio é de 20.327.000 km². É o segundo menor dos cinco oceanos.

Sua profundidade média é 4500 metros. Parte do Estreito de Drake pertence a essa região. Ele é o único que circunda o globo de forma completa. 

Em 1956 a Antártida foi definida por diversos países como um território para fins de pesquisa. Foi a partir desse acordo, o Tratado da Antártica, que os seus limites foram estabelecidos. No seu entorno, estima-se que existem jazidas de petróleo, gás e manganês.

A Antártida é a maior reserva de água doce do mundo, representando cerca de 81% do total. Assim como no oceano Ártico, é comum a presença de icebergs que se desprendem do todo gelado e flutuam no oceano.

Oceano Antártico para ilustrar o conteúdo sobre os oceanos do planeta

Oceano Glacial Ártico

Esse oceano se localiza no extremo norte do planeta. Sua área é de cerca de 14 milhões de km², o menor oceano do mundo. Sua profundidade média é de 5000 metros.

Ele banha os territórios da Rússia, Alasca, Canadá, Groelândia, Islândia e península Escandinava. Suas águas vem do oceano atlântico e pacífico, integrados pelo Estreito de Bering. As temperaturas na região podem chegar a -60ºC.

O aquecimento global tem causado o constante derretimento das geleiras. Regiões antes congeladas, passam a se constituir enquanto um território em disputa, sobretudo para exploração de recursos naturais entre os países que fazem fronteira com a região, uma vez que a redução do gelo facilita a exploração econômica da região.

Uma média de 20% dos combustíveis fósseis não explorados estão no Ártico.

Diferente da geleira antártica, não existe continente físico abaixo do gelo na região. O aquecimento liberou também uma passagem marítima que conecta Ásia à América do Norte e Europa.

Essa passagem é cerca de 7 mil metros mais curta que o canal do Panamá na América Central. O degelo aumenta o nível médio dos oceanos. Dessa forma, regiões costeiras até então habitadas podem sofrer com o avanço dos oceanos sobre a parte continental.

E aí, o que achou do texto sobre oceanos do planeta? Curtiu? Então vem estudar com a gente! Conheça o nosso cursinho preparatório para o Enem!

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