Hoje tem aula ao vivo sobre Migrações Brasileiras com o professor Claudio Hansen! 😀 Para não perder essa aula incrível, confira os horários aqui embaixo e baixe o material de apoio! Se preferir, você pode visualizar o material aqui no post
Geografia: Migrações Mundiais
Turma da Manhã: 10:15 às 11:15, com o professor Claudio Hansen.
Turma da Noite: 19:45 às 20:45, com o professor Claudio Hansen.
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MATERIAL DE AULA AO VIVO
1. O movimento migratório no Brasil é significativo, principalmente em função do volume de pessoas que saem de uma região com destino a outras regiões. Um desses movimentos ficou famoso nos anos 80, quando muitos nordestinos deixaram a região Nordeste em direção ao Sudeste do Brasil. Segundo os dados do IBGE de 2000, este processo continuou crescente no período seguinte, os anos 90, com um acréscimo de 7,6% nas migrações deste mesmo fluxo. A Pesquisa de Padrão de Vida, feita pelo IBGE, em 1996, aponta que, entre os nordestinos que chegam ao Sudeste, 48,6% exercem trabalhos manuais não qualificados, 18,5% são trabalhadores manuais qualificados, enquanto 13,5%, embora não sejam trabalhadores manuais, se encontram em áreas que não exigem formação profissional.
O mesmo estudo indica também que esses migrantes possuem, em média, condição de vida e nível educacional acima dos de seus conterrâneos e abaixo dos de cidadãos estáveis do Sudeste.
Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 30 jul. 2009 (adaptado).
Com base nas informações contidas no texto, depreende-se que
a) o processo migratório foi desencadeado por ações de governo para viabilizar a produção industrial no Sudeste.
b) os governos estaduais do Sudeste priorizaram a qualificação da mão-de-obra migrante.
c) o processo de migração para o Sudeste contribui para o fenômeno conhecido como inchaço urbano.
d) as migrações para o sudeste desencadearam a valorização do trabalho manual, sobretudo na década de 80.
e) a falta de especialização dos migrantes é positiva para os empregadores, pois significa maior versatilidade profissional.
2. O fragmento abaixo foi retirado de uma obra sobre literatura de cordel. Retrata um dos tipos de deslocamentos populacionais feito pelo brasileiro.
(…)
“Quando uma seca inclemente
Assola o nosso Nordeste
“Dexando” a mata e o agreste
Tudo triste e deferente,
Que viaja a pobre gente
Pra São Paulo e Maranhão,
“Dexando” o carro torrão
Onde contente vivia
“Trabaiando” todo dia,
É coisa do meu sertão”
(…)
(Fonte: Patativa do Assaré, 1909-2002. Cante lá que eu canto cá:
filosofia de um trovador nordestino )
Dentre as alternativas, a que melhor faz alusão ao tipo de migração retratada é:
a) Migração de retorno
b) Êxodo Rural
c) Nomadismo
d) Transumância
e) Movimento popular
Gabarito
1. C
2. B
LISTA DE EXERCÍCIOS
1.
O enredo do filme Faroeste caboclo, inspirado na letra da canção de Renato Russo, foi contado muitas vezes na literatura brasileira: o retirante que abandona o sertão em busca de melhores condições de vida.
A existência de retirantes está associada fundamentalmente à seguinte característica da sociedade brasileira:
a) expansão acelerada da violência urbana
b) retração produtiva dos setores industriais
c) disparidade econômica entre as regiões nacionais
d) crescimento desordenado das áreas metropolitanas
2. No texto abaixo, o demógrafo Fausto Brito analisa o fenômeno das migrações internas no Brasil entre 1960 e 1980.
As migrações internas redistribuíam a população do campo para as cidades, entre os estados e entre as diferentes regiões do Brasil, inclusive para as fronteiras agrícolas em expansão, onde as cidades eram o pivô das atividades econômicas. Mas, o destino fundamental dos migrantes que abandonavam os grandes reservatórios de mão de obra – o Nordeste e Minas Gerais, principalmente – eram as grandes cidades, particularmente, os grandes aglomerados metropolitanos em formação no Sudeste, entre os quais a Região Metropolitana de São Paulo se destacava.
(http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/outros/
6EncNacSobreMigracoes/ST3/FaustoBrito.pdf).
De acordo com a visão do autor, as migrações internas podem ser associadas, essencialmente, ao
a) povoamento de novas áreas rurais situadas na fronteira agrícola em expansão, nas quais cidades médias comandavam as atividades econômicas.
b) processo de urbanização e ao incremento da concentração populacional que deu origem aos grandes aglomerados metropolitanos.
c) processo de transição demográfica, que ajudou a redistribuir mais equitativamente a população pelo território brasileiro.
d) descolamento entre mobilidade espacial e mobilidade social, já que a população rural foi transferida para os centros urbanos, mas permaneceu em situação de exclusão.
e) processo de transferência das cidades do Nordeste e de Minas Gerais, que funcionavam como reservatório de mão de obra, para os grandes aglomerados metropolitanos do Sudeste.
3. Minha vida é andar
Por esse país
Pra ver se um dia
Descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
GONZAGA, L.; CORDOVIL, H. A vida de viajante, 1953.
A letra dessa canção reflete elementos identitários que representam a
a) valorização das características naturais do Sertão nordestino.
b) denúncia da precariedade social provocada pela seca.
c) experiência de deslocamento vivenciada pelo migrante.
d) profunda desigualdade social entre as regiões brasileiras.
e) discriminação dos nordestinos nos grandes centros urbanos.
4. Os fluxos migratórios humanos, representados nos mapas abaixo, mais do que um deslocamento espacial podem significar uma mudança de condição social.
Analisando-se os mapas, pode-se afirmar que essa mudança ocorreu com:
a) trabalhadores rurais nordestinos, que migraram para São Paulo nas décadas de 50 e de 60, transformando-se em operários do setor industrial.
b) agricultores sulistas, que migraram para o centro-oeste na década de 60, transformando-se em empresários da mineração.
c) trabalhadores rurais nordestinos, que migraram para a Amazônia na década de 60, transformando-se em grandes proprietários de terras.
d) moradores das periferias das grandes cidades, que migraram para o interior do país na década de 70 atraídos pelas oportunidades de emprego nas reservas extrativistas.
e) pequenos proprietários rurais nordestinos que, na década de 70, migraram para São Paulo para trabalhar como boias-frias na colheita de café.
Gabarito
1. C
2. B
3. C
4. A