O Plano Marshall está inserido em uma realidade de um pós-guerra onde o mundo se encontrava em choque com a brutalidade e a crueldade vivenciados. A Segunda Guerra é considerada um dos conflitos mais mortais da história, tendo um estimativa de cerca de 85 milhões de mortos.
Entre civis e militares, a perda humana foi acompanhada de perto pela destruição físicas dos países que participaram do conflito, sobretudo, os países europeus. Em um clima de instabilidade e bipolaridade instaurado após a segunda grande guerra, o Plano Marshall foi posto em prática. Mas você sabe do que ele se tratava? Não? Relaxa, vem com a gente!
Contexto histórico do Plano Marshall
A realidade do pós Segunda Guerra Mundial era essencialmente duas: instabilidade política e destruição física. Porém, os Estados Unidos se encontravam em uma direção totalmente oposta. Apesar de ter participado da guerra – e ter sido decisivo, inclusive – os norte-americanos não tiveram seu território atingido, com a exceção de Pearl Harbor.
O grande desenvolvimento econômico e industrial conquistado ao longo do início do século XX, a criação da bomba atômica e a integralidade do seu território tornou os Estados Unidos a grande potência mundial após as guerras mundiais. Na realidade, a guerra foi extremamente lucrativa para o país, que viu suas indústrias produzirem cada vez mais devido ao aumento das demandas.
A treta por áreas de influência
Mas como nem tudo são flores, os Estados Unidos encontraram um adversário a sua altura, a União Soviética. O mundo como era conhecido, cai com a guerra e um novo surge a partir dela. Bipolarizado e dividido ideologicamente entre o bloco capitalista, liderado pelo Estados Unidos, e o bloco socialista, liderado pela URSS.
As duas potências hegemônicas passam a disputar áreas de influências ao redor do mundo, competindo em diversas áreas, como a armamentista, a econômica e a espacial. Por não possuir conflito bélico direto, o período ficou conhecido como Guerra Fria. E onde o Plano Marshal entra nisso? Pega a visão aqui embaixo!
E o que foi o Plano Marshall?
Dentro do contexto da Guerra Fria, o Plano Marshall cumpriu a função de braço direito dos Estados Unidos em favor do bloco capitalista. O plano foi inaugurado em 1948 e tinha como finalidade ajudar na recuperação econômica dos países aliados que haviam sido afetados pela guerra. O plano era voltado para os países europeus e sua criação estava ligada a necessidade de viabilizar o desenvolvimento da parte capitalista do continente.
Na realidade, sua principal função era barrar a expansão das ideias comunistas/socialistas pelo continente europeu. O comunismo havia virado um grande monstro que estava sempre a espreita esperando para dominar os países do bloco capitalista. Surge daí, a necessidade dos Estados Unidos de ajudar, não apenas a europa, a melhorar as condições econômica dos países alinhados ao capitalismo, fator essencial na reprodução de uma boa imagem do bloco.
É o capitalismo, bebê!
Bom, o Plano Marshall foi criado durante o governo de Harry S. Truman pelo seu Secretário de Estado, chamado George Catlett Marshall. O plano possuía uma durabilidade de 4 anos (1948 -1951) de investimentos maciços no continente europeu através de empréstimos a juros baixos, financiamento de tecnologias e investimentos públicos.
A importância do Plano Marshall foi tão grande que George Catlett Marshall recebeu o prêmio Nobel da Paz pela iniciativa de ajuda aos europeus através do plano econômico. Mais do que apenas um investimento financeiro, a ideia era consolidar o capitalismo na parte Ocidental do continente promovendo uma integração e cooperação entre os membros do bloco capitalista.
O desenvolvimento dessas áreas era importante não apenas no quesito ideológico, sua importância estava ligada também ao funcionamento do próprio modo de produção capitalista. Uma vez que, os Estados Unidos precisavam de mercado consumidor e uma Europa destruída não consegue consumir. Logo, é essencial pontuar que a dinâmica do capitalismo levou a essa ajuda “humanitária”.
Não é atoa que após o seu fim, a Europa conseguiu se reconstruir, pelo menos as principais potências, e os Estados Unidos expandiu seu mercado consumidor aumentando exponencialmente suas exportações para o Velho Mundo.
Financiar para conquistar!
Ambos os blocos procuravam vender o seu peixe e por isso era necessário manter uma imagem de prosperidade e crescimento. É dentro desse embalo que surge o Plano Marshall, visando a reconstrução das principais potências europeias como Inglaterra, Itália, França e Alemanha Ocidental (sim, isso mesmo, a Alemanha havia sido dividida em duas, lembram?!).
Como a luta de braços também era muito imagética, a URSS criou um plano que pudesse dar conta do desenvolvimento do bloco socialista, contudo sua viabilidade financeira não possuía a dimensão daquela empregada no Plano Marshall. Assim, foi criado o Plano Colombo que previa uma assistência ao continente Asiático iniciado em 1951, após a explosão da Revolução Comunista de Mao Tsé-Tung, na China (1949), e o início da Guerra da Coreia (1950).
No aspecto mais amplo, houve a criação, em 1949, por parte da União Soviética do COMECON – Conselho para Assistência Econômica Mútua – que visava garantir um apoio econômico para os países socialistas ajudando assim, a consolidar a ideologia comunista nessas regiões.
Resumão é bom e todo mundo gosta!
Fizemos esse pequeno rolê histórico para entender o que foi o Plano Marshall e dentro de que contexto ele estava inserido. Agora vamos chamar no resumão pra ver se os principais pontos foram compreendidos. Da o check daí e comenta qual foi o resultado 😉
- O Plano Marshall tem como pano de fundo a Guerra Fria.
- O plano era voltado para a reconstrução do continente europeu.
- A implantação do plano estava ligada a dinâmica do capitalismo e a necessidade de mostrar força perante o comunismo.
- Uma das principais características era barrar a expansão das ideias socialistas pela parte Ocidental da Europa.
- O Plano Marshall durou quatro anos e consistia no investimento em tecnologia e na concessão de empréstimos com juros baixos.
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