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A Velha Ordem e os antecedentes da Guerra Fria

Neste módulo, com ajuda do professor Claudio Hansen, iremos entender quais foram os antecedentes históricos e geográficos da Guerra Fria, que configuraram a Velha Ordem Mundial.

O que foi a Guerra Fria?

As disputas entre EUA e URSS

A hegemonia dos EUA

A Nova Ordem Mundial

Velha Ordem Mundial

Refere-se ao período pós-Segunda Guerra Mundial, conhecido como Guerra Fria (1945-1991). Esse período foi caracterizado por uma disputa ideológica entre os Estados Unidos (capitalista) e a União Soviética (socialista), as duas superpotências vitoriosas após uma Europa destruída pela guerra.

Tal disputa manifestou-se em uma corrida armamentista, espacial e, por fim, tecnológica. Entre os acontecimentos que levaram à formação dessa Velha Ordem, podem-se destacar:

  • 1945 – Criação da Organização das Nações Unidas;
  • 1945 – Bombardeio de Hiroshima e Nagasaki pelos Estados Unidos;
  • 1947 – Implantação da Doutrina Truman;
  • 1949 – Desenvolvimento da bomba nuclear soviética.

 

A bipolaridade da Guerra Fria

O termo bipolar era utilizado para caracterizar essa divisão ideológica entre o bloco capitalista e o bloco socialista. A Europa Oriental fazia parte ou estava sob domínio da União Soviética. Na época, essa divisão ficou conhecida como Cortina de Ferro. Construído em 1961, o Muro de Berlim foi a manifestação física dessa separação. Inicialmente, com a derrota alemã na Segunda Guerra Mundial, os países Aliados dividiram a Alemanha em quatro zonas, ocupadas pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e União Soviética. A capital alemã, Berlim, também foi dividida entre as quatro potências.

As relações entre a União Soviética e os outros três países Aliados, capitalistas, logo passaram de amistosas para agressivas e a Alemanha acabou sendo dívida ideologicamente e físicamente. A parte oriental, socialista, corresponde à República Democrática Alemã (RDA). Já a parte ocidental, capitalista, corresponde à República Federal Alemã (RFA). A cidade de Berlim também foi dividida em duas, seguindo a mesma lógica do país.

 

Um conflito indireto

A Guerra Fria foi um conflito que ocorreu de forma indireta e as respectivas potências nunca entraram em conflito. Tal condição decorre do que ficou conhecido como Destruição Mútua Assegurada, em inglês, Mutual Assured Destruction (MAD – loucura). A capacidade nuclear dessas duas superpotências era tão grande que um conflito direto significaria destruição de todo o planeta pela utilização desse arsenal. Assim, o conflito desenvolveu-se a partir da criação de órgãos internacionais associados às potências e através da busca por áreas de influência. No campo militar, a Organização do Tratado do Atlântico Norte correspondia à aliança criada pelos Estados Unidos, que, em caso de ataque, garantia a defesa dos países membros. O Pacto de Varsóvia era o proporcional criado pela União Soviética. No campo econômico, a União Soviética criou o Conselho para Assistência Econômica Mútua (Comicon), com o objetivo de fortalecer a economia dos países socialistas do Leste Europeu. Economicamente, os Estados Unidos ficaram conhecidos por lançar diversos planos econômicos, como o Plano Marshall, para a Europa, e o Plano Colombo, para o Japão e os Tigres Asiáticos.

Tais disputas representaram um grande gasto econômico para essas potências. No caso americano, esse gasto possibilitou a Terceira Revolução Industrial, enquanto para os soviéticos, que investiram no setor bélico, não significou um grande desenvolvimento e resultou no fim da União Soviética, em 1991. A queda do Muro de Berlim, em 1989, é outro fato destacado por muitos historiadores para simbolizar o fim da Guerra Fria.

 

Nova Ordem Mundial

Após a queda do Muro de Berlin e o colapso da URSS, a humanidade presenciou uma mudança nas dinâmicas da geopolítica mundial. Com a Nova Ordem Mundial marcada pela multipolaridade econômica as tensões geopolíticas passaram a envolver diversos Estados Nações, como, Rússia, China, Irã, Israel, Índia, Arábia Saudita e os Estados Unidos.