Dedução e indução são temas recorrentes pra quem está se preparando pro vestibular ou pro Enem. Esse é o momento de acertar o cronograma e revisar esses conteúdos que caem bastante nas provas, porque eles tendem a se repetir.
Mas afinal, o que significa dedução e indução? E o que você precisa saber sobre o tema pra arrasar nas provas?
Separamos as principais informações sobre o assunto pra você dar aquele grau na prova e não errar questões que envolvam o tema. Bora acompanhar tudo que você precisa saber sobre o tema…
O que é dedução?
A dedução é um tipo de raciocínio lógico que é adotado quando partimos de premissas gerais pra analisar situações específicas, ou seja, quando temos um caso geral, uma norma, e aplicamos ela em casos específicos.
Em outras palavras, saímos de algo já é certo (uma certeza) e aplicamos isso em efeitos que essa causa traz (incertezas). São, normalmente, situações nas quais já sabemos algo que é um fato e trazemos isso pra situações específicas.
Um exemplo clássico de pensamento dedutivo é: Em toda pessoa que morre, o coração parou. O coração de fulano parou, logo, ele morreu. Mas relaxe que vamos trazer outras aplicações pra tirar suas dúvidas.
A base do pensamento dedutivo é o racionalismo, ou seja, você gera um raciocínio geral em sua mente que pode ser aplicado em casos específicos.
A formulação de um pensamento dedutivo ocorre da seguinte forma:
- Temos uma premissa maior (fato geral);
- Temos um fato menor (caso particular);
- Aplicamos o fato geral no caso particular e temos uma conclusão.
O que é indução?
Já a indução é um tipo de pensamento lógico no qual você sabe de casos específicos, isolados, que quando se repetem, permitem que você possa propor uma lei geral.
Em outras palavras, passamos dos efeitos (incertezas) pra formular uma ideia de causa (certeza).
É uma das formas principais que a pesquisa científica utiliza: os pesquisadores olham casos específicos e tentam encontrar similaridades pra definir uma lei geral.
Ou seja, a base da indução é o empirismo, ou seja, analisa-se a realidade pra perceber os padrões e criar uma lei geral.
Qual é a diferença entre dedução e indução?
Ok, mas de forma prática, quais são as diferenças entre dedução e indução? Vamos entender melhor a seguir.
- Ponto de partida: A dedução sempre começa de uma lei geral, ou seja, sempre de algo que é aplicado a todos os casos daquela natureza. Por exemplo, se a premissa é: “sempre que chove, a grama molha”, significa que todas as vezes que chover, a grama vai molhar (é uma lei geral).
Na indução, saímos de casos particulares pra formular uma lei geral. Ou seja, você viu que uma, duas, três vezes choveu e a grama molhou, e não tem casos em que ela não molha, é possível formular uma lei geral;
- Corrente filosófica: A dedução vem de uma corrente filosófica chamada racionalismo, na qual a razão é a fonte de todo o conhecimento, ou seja, ele começa por meio do pensamento lógico.
Já a indução vem de outra corrente filosófica chamada empirismo, na qual o conhecimento vem da observação empírica dos fatos, ou seja, é a realidade que impõe a verdade através da análise dos padrões encontrados.
Exemplos de dedução e indução
Alguns exemplos práticos de adoção da dedução são:
- Demonstração de teoria (por exemplo, Teoria da Relatividade);
- Aplicação de fórmulas matemáticas (por exemplo, Teorema de Pitágoras ou fórmula de Bhaskara);
- Diagnóstico de doenças (se toda doença tem determinados sintomas e a pessoa os possui, logo, há chances de que ela tenha essa doença);
- Análise de dados.
E sobre a indução? Alguns exemplos práticos da sua adoção são:
- Estudos estatísticos;
- Investigação de sintomas de uma nova doença.
Por exemplo, no caso da pandemia, os pesquisadores analisavam que X pessoas com Covid tinham determinados sintomas (casos isolados, efeitos), logo, quando se chegava a um padrão estatístico, podia-se definir que a Covid causava esses sintomas (lei geral);
- Definição de comportamento no marketing digital.
Redação + Dedução e Indução = questão de vestibular
Mas como os temas dedução e indução podem ser cobrados no vestibular? Vejamos a seguir um exemplo de uma questão que caiu na UERJ (2003 – Exame de Qualificação). Veja se você acertaria…
- (UERJ/2003 – exame de qualificação)
“Médias, normalmente, mais escondem do que revelam. Não podemos supor, por exemplo, que todas as áreas pobres da cidade têm as mesmas condições de saneamento e acesso à água.”
O trecho transcrito acima critica um uso específico do seguinte método de raciocínio:
- a) Dedutivo
- b) Indutivo
- c) Dialético
- d) Silogístico
GABARITO: 1. B
A indução é um tipo de raciocínio que parte do caso particular e tira daí uma regra geral. Acima, se a média aponta que a maioria das casas possui saneamento e acesso à água, pelo método indutivo, todas as outras também teriam.
Entretanto, o texto afirma que não devemos generalizar, pois seria uma suposição falha.
Essa questão foi selecionada e respondida pela monitora Débora Bianco.
Neste resumo falamos sobre o que é dedução e indução e de que forma esse pensamento é formado.
Sempre que cair uma questão sobre isso, tente identificar quais são as premissas gerais e particulares. Isso ajudará você a perceber sobre qual das duas formas estamos falando.
Pra isso, também esclarecemos quais são as diferenças entre dedução e indução e, assim, ajudar você a entender o que deve buscar na hora de resolver uma questão deste tipo.
Lembre-se, sendo uma questão típica da filosofia, você também poderá aprender mais lendo textos filosóficos. Enfim, organize seus estudos, use mapas mentais e reveja periodicamente suas anotações.
E aí, tirou suas dúvidas sobre dedução e indução? Quer chegar ainda mais fera pra prova? Então assista a aula top que preparamos sobre o tema e afie ainda mais seus conhecimentos. Conheça também o curso completo que temos para preparar você para o Enem e para os Vestibulares.Aproveite também pra se informar sobre sua futura carreira profissional.