Os romanos, por volta de 800 anos antes de Cristo, desenvolveram um sistema de numeração que é usado até hoje em certos contextos.
Os números romanos aparecem na representação de séculos, nas leis, nas horas de um relógio vintage, em pontos turísticos antigos e nos mais diversos lugares que você pode imaginar!
Aprendemos sobre eles ainda lá no início do Ensino Fundamental e, por isso, é bom relembrar, não é?
Escrevemos o texto a seguir não só para explicar o sistema de numeração romana e como usá-lo, mas, também, para mostrar que números têm história e raramente paramos para pensar sobre isso.
Inclusive, como em muitas questões do ENEM, misturamos diversos saberes para além da matemática. Acompanhe!
Antes de entender os números romanos, saiba por que surgiu a numeração
A contagem e os números surgiram há milhares de anos, com a necessidade de contar objetos, contar a passagem dos dias, de contar os animais de um rebanho, etc.
Houve, depois, um salto para as representações gráficas, isto é, os símbolos que representavam números.
Os sumérios, há aproximadamente 4000 anos antes de Cristo, riscavam em tabuletas de barro para representar quantidades.
Os egípcios, em aproximadamente 3100 a.C, representavam números com riscos e desenhos, como uma corda enrolada, uma flor de lótus, um pássaro ou com o desenho de uma pessoa.
E esses são apenas alguns exemplos de sistemas numéricos que foram surgindo na história da humanidade.
O que são os números romanos?
“Números romanos são letras”, é o primeiro pensamento que vem.
I V X L C D…
“São letras do alfabeto, e isso é diferente de 0123456789”.
E é verdade, afinal!
No sistema romano de numeração os números são representados por letras do que, nos dias de hoje, é o alfabeto latino.
Você encontrou uma tabela com todos os algarismos romanos e suas respectivas representações no sistema decimal de numeração:
“Mas será que os romanos conseguiam escrever todos os números naturais com esses 7 símbolos?”
Parece que sim, pois sua investigação mostrou que, para tal, existem certas regras.
Regras dos números romanos
- Algarismos de menor ou igual valor à direita são somados ao algarismo de maior valor;
- Algarismos de menor valor à esquerda são subtraídos do algarismo de maior valor;
- Não se pode repetir o mesmo algarismo mais do que três vezes.
- A partir do 4 000, para acrescentar três zeros ao número, colocar um traço em cima deste.
Seguindo essas propriedades, a tabela pode ser estendida para outros números:
Os números romanos não têm o zero
“Ué, como os romanos escreviam o zero?”
A resposta surpreende: a civilização romana não representava o zero!
Na verdade, a criação de um algarismo para quantificar o “nada” é uma sofisticação muito grande na história da matemática.
O zero surgiu com os babilônios, que o levaram para a região da atual Índia.
O sistema numérico que incluía o zero e que viria a se tornar o mais usado no mundo todo ficou conhecido como indo-arábico ou decimal.
Inclusive, o sistema indo-arábico foi largamente adotado na Europa por volta do século XV, e com o comércio e o colonialismo europeu ele foi ganhando cada vez mais espaço em todo o mundo.
Conheça o nosso cursinho pré-enem e se prepare com quem entende de aprovação!