TEXTO I
O aumento de casos suspeitos de febre amarela em Minas pode estar relacionado à tragédia de Mariana, em 2015, segundo a bióloga da Fiocruz Márcia Chame. A hipótese tem como ponto de partida a localização das cidades mineiras que identificaram até o momento casos de pacientes com sintomas da doença. Grande parte está na região próxima do Rio Doce, afetado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em novembro de 2015.
FORMENTI, L. Para a bióloga, surto de febre amarela pode ter relação com tragédia de Mariana. O Estado de São Paulo, 14 jan. 2017.
TEXTO II
Por outros lado, Servio Ribeiro considera remota a possibilidade de influência da tragédia de Mariana (MG) neste surto de febre amarela em Minas Gerais. “A febre amarela é uma doença de interior de floresta. O mosquito que a transmite põe ovos em cavidades de árvores e em bromélias. É um mosquito da estrutura da floresta. Ele não se relaciona muito com grandes corpos-d’água e com rios. As cidades afetadas pela doença estão em uma região onde os rejeitos não chegaram com força para derrubar a floresta”, diz o biólogo.
RODRIGUES, L. Especialistas investigam relação entre febre amarela e degradação ambiental. Agência Brasil, 25 jan. 2017.
O primeiro texto apresenta uma relação entre a febre amarela e a tragédia ocorrida na cidade de Mariana, decorrente do rompimento de uma barragem de rejeito mineral e o impacto na vegetação local. Enquanto o segundo texto, aponta que o aparecimento da febre amarela não teria relação com a tragédia, pois os municípios afetados pela doença estão em uma região onde os rejeitos não chegaram com força.