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Exercícios 1

Venha conferir nossa aula sobre Revolução Industrial!

Exercícios 2

Exercícios 3

Exercícios 4

Exercícios 5

Exercícios 6

A revolução industrial foi uma série de avanços técnicos que permitiu a invenção e a aplicação de máquinas no modo de produção e ocasionou, consequentemente, uma mudança estrutural nas relações sociais e econômicas ao redor do mundo. Nesta revolução, destaca-se o pioneirismo inglês no desenvolvimento da atividade industrial, que pode ser justificado pela existência de uma classe burguesa comercial bem consolidada, que surgiu graças ao livre mercado praticado há muito tempo na Inglaterra, pela política de cercamento dos campos, que provocou uma migração de trabalhadores do campo, em massa, para as cidades, e à própria riqueza de carvão e ferro encontrada na Inglaterra.

Com essa conjuntura organizada e uma burguesia forte, invenções como a máruina a vapor, de James Watt (1765), por fim, impulsionaram a revolução e mudaram a vida e o modus operandi do mundo para sempre, desenvolvendo as indústrias, crescendo e consolidando o capitalismo e impactando, cada vez mais, na própria relação do homem com o meio ambiente.

 

Aspectos políticos e sociais

No aspecto social da revolução industrial podemos evidenciar o surgimento da massa operária nos centros urbanos pela Europa, principalmente na Inglaterra e França, onde já havia acontecido um êxodo rural e existia um modelo de produção muito parecido com o que estava por vir, o modelo das manufaturas que eram gigantescos galpões lotados de artesãos.

Neste período, destaca-se a transformação que o advento das indústrias ocasionou nas classes sociais do ocidente e em determinados grupos, que passaram a ter maior força e visibilidade, como, por exemplo, a burguesia industrial, que era formada praticamente pelos mesmos burgueses que já investiam seu capital no comércio, os operários, que eram neste momento uma parte dos antigos artesãos urbanos, que perderam seus clientes para as máquinas, e agora iniciavam as organizações como classe e os próprios  camponeses, que viam a entrada de novas técnicas também no campo e, desde o final da idade média, eram expulsos do campo pelos grandes latifúndios, no caso da Inglaterra pelos cercamentos.

Ainda no século XVIII, não havia direitos ou legislações que regulamentassem as relações entre patrões e operários, assim, a indústria não oferecia condições de trabalho satisfatórias. As jornadas costumavam passar de doze horas por dia, os salários eram baixíssimos (mais baixos ainda para mulheres e crianças) e se encontravam crianças em idade escolar na linha de produção, deixando os operários em condições miseráveis nas periferias das cidades industriais.

Assim, tendo em vista a extrema precariedade nesta fase da revolução industrial, grupos de operários passaram a se organizar em associações e sindicatos, inicialmente conhecidos como trade unions, para reivindicar seus interesses e organizar ações para pressionar o patronato a melhorar suas condições de trabalho e remuneração (as táticas eram mais comumente as de protestos e greves). Alguns movimentos tomaram ações mais diretas contra os abusos dos patrões, como o ludismo, movimento inglês muito comum entre 1811 a 1812, inspirado pelo operário Ned Ludd, que quebrava as máquinas das indústrias contra a substituição da mão de obra humana. O movimento atingiu seu auge quando, em 1812, o condado de York processou sessenta e quatro pessoas por destruírem uma fábrica na região (com treze condenações a morte e duas deportações para as colônias), o movimento perdeu força com a organização dos sindicatos.

Ainda nos movimentos de luta e reivindicações deste período, destaca-se também a resistência mais legalista, marcada sobretudo cartismo de 1830. Neste caso, Feargus O’Connor e William Lovett lideraram o movimento que lutava pelo sufrágio universal masculino, por melhores salários e condições de trabalho e a representação operária no parlamento. Estes organizaram uma marcha em 1848 que, mesmo não tendo atingido as expectativas de adesão, ganhou apoio no parlamento. Contudo o movimento enfraqueceu antes da conquista do voto e da representação parlamentar dos operários, ainda sim estes conseguiram impor outras reinvindicações como a lei de proteção infantil em 1832, lei de imprensa em 1836, a reforma do código penal em 1837, a suspensão da lei dos cereais, a lei permitindo as associações políticas e a jornada de trabalho de 10 horas.

 

Aspectos econômicos

Também é importante destacar que, o impacto da industrialização na economia é tão importante que novas ideias surgem, neste período, para tentar entender o novo modo de produção que surgia e para justificar a definitiva superação das antigas práticas mercantilistas. Assim, muitos teóricos da época defendiam a visões sobre política e economia que viria a compor o chamado liberalismo econômico.

Adam Smith no seu clássico “Riqueza das Nações”, por exemplo, defendia que o trabalho humano era a verdadeira riqueza das nações e para o desenvolvimento das indústrias e desse capital, era necessária a existência de uma auto regulação do mercado, ou seja, a não intervenção estatal na economia. Apesar de ter escrito suas ideias no fim do século XVIII, suas diretrizes foram adotadas pelo Estado britânico na segunda metade do século XIX, um exemplo da sua adoção foi o fim da Lei dos Cereais em 1840, medida protecionista britânica que taxava os preços dos cerais importados, sua queda seguia o preceito de não intervenção no mercado.

Outro importante pensador desta geração que também podemos citar, por conta do impacto do seu pensamento, é Thomas Malthus, que afirmava que o crescimento da população era culpa dos pobres que tinham muitos filhos, não tendo condição de alimentá-los e, consequentemente, sendo responsáveis pela geração de mais pobreza. Assim, Malthus era contra a distribuição de renda, pensava que os ricos eram os únicos responsáveis pelo enriquecimento cultural e científico  dos países, portanto era errado cobrar impostos dos ricos para auxílio social.