Tá chegando aquela prova de história? Então venha entender como a colonização da América aconteceu e se prepare para gabaritar!
A construção de um mundo colonial atendeu a interesses da metrópole e a uma política mercantilista, característica do Antigo Regime, na qual um Estado interventor que defendia uma série de diretrizes econômicas, como o protecionismo, o metalismo e o colonialismo. Dessa forma, a colonização da América por portugueses e espanhóis, os pioneiros na centralização política, obedeceu aos ideais mercantilistas.
Portugal e Espanha dividiram a América entre si a partir do Tratado de Tordesilhas, que separava a América Portuguesa da América Espanhola. No entanto, o processo de colonização realizado por portugueses e espanhóis se diferenciou. Portugal investiu em um projeto mais espontâneo, ligado à produção agrícola, principalmente nos primeiros anos de colonização. Enquando a Espanha, por encontrar metais precocemente na América, investiu em um projeto minerador e de expansão e organização de cidades. A grosso modo, por esses motivos, foram nomeados pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda como semeadores e ladrilhadores, respectivamente.
Os Semeadores da América Portuguesa
O Período Pré-Colonial
A prioridade de portugal nos primeiros séculos de colonização, até a descoberta de ouro, foi o oriente. No entanto era necessário ocupar o território e evitar as invasões estrangeiras. Nesse contexto se insere o chamado Período Pré-Colonial, período em que não havia um projeto efetivo de colonização da América. A partir da criação de feitorias no litoral, portugueses realizavam escambo de pau-brasil com os indígenas.
Administração Colonial
Com o início do declínio do comércio com o Oriente e às crescentes tentativas de invasões estrangeiras à América Portuguesa, os portugueses foram pressionados a iniciar um processo de colonização. A estratégia adotada foi o sistema de capitanias hereditárias, devido a experiência anterior nas colônias de Madeira e Açores. No entanto, o sistema acabou fracassado devido a diversos fatores, como a grande extensão territorial, a falta de interesse dos donatários e a resistência indígena. O sucesso ficou restritro às capitanias de Pernambuco e São Vicente, principalmente devido ao desenvolvimento de lavouras de cana de açúcar.
Para auxiliar no sistema de capitanias hereditárias, a metrópole iniciou um processo de centralização política, o Governo Geral, no qual os donatários perderam parte da autonomia, mas com uma intervenção maior da Coroa possibilitaram a expansão da economia açucareira.
Produção açucareira
A cana de açúcar foi a principal atividade econômica da América Portuguesa pelo menos até o século XVIII, com a descoberta de metais preciosos. A opção pela implantação da lavoura de cana se deu devido à experiência anterior portuguesa nas Ilhas Atlânticas e à alta lucratividade do açúcar no mercado externo. A partir desses fatores é possível entender como se organizou essa produção, em grandes latifúndios monocultores, direcionados ao mercado externo, com utilização de mão de obra escrava. Esse conjunto de características é o que chamamos de sistema de plantation.
A presença holandesa
A atuação holandesa na produção açucareira da América Portuguesa foi de grande relevância. Em acordo com a Coroa Portuguesa, os holandeses financiavam o açúcar e recebiam o direito de transporte, refino e distribuição na Europa. No entanto, as relações amigáveis entre América Portuguesa e Holanda cessaram com o surgimento da União Ibérica.
Com o desaparecimento do rei de Portugal, D. Sebastião, a coroa portuguesa passou para o controle de Felipe II, que se tornou rei de Portugal e Espanha, consolidando a União Ibérica. Entretando, os holandeses não possuíam boas relações diplomáticas com a Espanha e acabaram sendo proibidos de participar da empresa açucareira da América. Diante desse cenário, os holandeses invadiram o nordeste brasileiro onde estabeleceram uma colônias durante 24 anos.
Os ladrilhadores da América Espanhola
Para entender como se deu esse processo “ladrilhador” na América Espanhola, é necessário entender que o processo de ocupação estava ligado a atividade econômica desempenhada na região, a mineração, que gerou um desenvolvimento mais intenso do comércio e a formação de cidades e fortificações.
Espanhóis x Indígenas
A conquista territorial da América Espanhola pelos espanhóis foi bem mais complicada. Os povos pré-colombianos, como os incas e os astecas, que ocupavam a América antes da chegada europeia, tinham uma estrutura social, política e econômica bastante organizada. No entanto, a superioridade bélica espanhola se sobrepôs gerando um grande genocídio indígena.
Administração Colonial
A administração da América Espanhola se consolidou em torno da exploração de metais preciosos. Para facilitar a atividade econômica minerado, a metróle dividiu o território em vice-reinados, como Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Prata. Além disso, a Espanha desenvolveu as chamadas capitanias gerais, regiões costeiras que tinham o objetivo de defender exploração de metais de ameaças e invasões estrangeiras. São exemplos capitanias gerais: Flórida, Cuba, Chile, Guatemala e Venezuela.
Economia
Apesar de a principal atividade econômica da América Espanhola ter sido a mineração, havia também a produção de gêneros agrícolas e a atividade pecuária. As principais forma de trabalho existentes América Espanhola foram a mita e a encomienda, que utilizavam predominante a mão de obra indígena.