Vamos falar da Região Sul, tchê! Aqui e agora você encontrará três aspectos importantíssimos da região mais distante da Linha do Equador. Verá, transversalmente, como essa posição geográfica associada ao processo de ocupação do território brasileiro resultou na formação de uma região composta por apenas três estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Venha conosco!
Clima na Região Sul
Como provavelmente você já sabe de tanto ver TV, estudar ou mesmo VIVER, a região sul é a região mais “fria” do Brasil. Ali foi registrada a menor temperatura histórica do país, em Xanxerê, Santa Catarina, em 20 de julho de 1953, quando os termometros bateram dolorosos -11,1°.O clima predominante na região sul do Brasil é do tipo Subtropical. Leva esse nome porque, como já sugere, está ao sul do Trópico de Capricórnio, uma linha imaginária que marca o limite meridional da declinação anual do Sol.Em regiões subtropicais, as estações do ano são bastante diferenciadas. Esse tipo climático caracteriza-se por apresentar temperatura média anual próxima de 18°C, variando, evidentemente, em função da altitude e da altitude. Nas áreas acima de mil metros de distância do nível do mar a média é de 10°. Já nas regiões mais baixas, próximas aos vales dos rios, a temperatura fica em torno de 24° podendo alcançar os 40°.Observação: não sabe como a latitude e altitude influenciam no clima?! Clique aqui agora e dá um bisu!Nessa região, a massa tropical atlântica (MTA) marca presença sobretudo no verão, trazendo umidade em forma de precipitação. Outro elemento climático importante é a presença do anticiclone polar, uma “frente polar”, que frequentemente atinge a região, sobretudo no outono e inverno, causando muitas vezes geadas e até quedas de neve.População na Região Sul
Até o início do século XIX, a maior parcela da Região Sul era ocupada por povos indígenas, havendo no litoral alguns vilarejos e a Campanha Gaúcha, no interior do Rio Grande do Sul, a qual consistia numa área de criação de gado. De lá para cá, uma série de iniciativas do governo brasileiro passaram a estimular a ocupação da região.Assim, destacam-se os programas de imigração de europeus, que foram assentados em pequenas e médias propriedades, nas quais cultivavam diferentes gêneros agrícolas e criação de animais, sobretudo gado bovino, suíno e avícola. No entorno dessas áreas de colonização foram se desenvolvendo importantes núcleos urbanos.
Pelo fato de ter sido um processo conduzido pelo governo, a ocupação dessa região, diferentemente das demais, se deu de maneira mais ou menos homogênea. Ou seja, em grande medida a população é bem distribuída pelo território. A partir de meados do século XX, em função do processo de modernização e mecanização da agricultura brasileira a região esbarra num significativo crescimento da produção agropecuária, o que consequentemente resulta em uma série de transformações socioespaciais. Destacamos aqui o avanço das lavouras monocultoras e a mecanização das atividades agropecuárias resultaram num intenso processo de desemprego estrutural. Em consequência, verifica-se a partir das décadas de 1970 e 1980 um processo de emigração, isto é, a saída de uma grande massa populacional. Muitos desses emigrantes acompanharam o avanço da fronteira agrícola, mudando então para a região Centro-Oeste. Outra parte emigrou para cidades da Região Sudeste e também para o Paraguai, onde passaram a ser conhecidos como “brasiguaios”.Atualmente a região conta com aproximadamente 27,38 milhões de habitantes, de acordo com IBGE. A região destaca-se por apresentar elevados índices socioeconômicos e o maior PIB per capita. Dos quatro estados menos desiguais do país, três são da região Sul.Curiosidades
A cultura do pinhão
O pinhão são sementes comestíveis, No estado do Paraná particularmente, onde encontramos a maior área de araucárias do país, sendo, por isso, um símbolo estadual. Além de ser um cultivo tradicional, é fundamental para a economia da região, abastecendo toda uma cadeia produtiva.
