Quando falamos de célula, pensamos nos inúmeros compartimentos e funcionalidades que elas podem ter. Sendo assim, esse resumo servirá para elucidar possíveis dúvidas sobre alguns deles. Primeiramente, devemos deixar claro que o citoplasma está presente em todos os tipos celulares, como bactérias, protozoários, vegetais e animais. Já não podemos falar isso quanto às organelas. Com excessão do ribossomo, que também é encontrado em todos os tipos celulares, as outras organelas membranosas não são encontradas no Reino Monera. Com isso, quando falarmos de organelas membranosas, lembrem-se de que as bactérias não estarão incluídas. Vejamos mais detalhadamente:[caption id="" align="aligncenter" width="491" class=" "]
Célula com citoplasma e organelas membranosas[/caption]
Citoplasma:
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Citoplasma[/caption]O citoplasma é uma estrutura gelatinosa, rica em água, sais minerais, proteínas e carboidratos, onde situam-se as organelas que serão explicadas adiante. Nele ocorrem muitas reações químicas, como a glícólise (primeira quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico), por exemplo. Na região mais externa ou periférica, a consistência é mais gelatinosa, enquanto na região mais central é mais líquida. Nele também há filamentos de citoesqueleto, formados por proteínas chamadas tubulinas, que permitirão a movimentação no interior da célula, além de promoverem o seu formato. As organelas membranosas são resultado da invaginação da membrana plasmática, resultando em retículos endoplasmáticos, complexo golgiense, mitocôndria e cloroplasto, dentre outros. Retículos Endoplasmáticos e Complexo golgiense
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Retículo endoplasmático rugoso (RER) e Complexo golgiense[/caption] São cavidades membranosas que podem ser divididas em dois tipos: retículo endoplasmático liso (REL) e retículo endoplasmático rugoso (RER). Ambos fabricam substâncias e a diferença entre eles é a presença de ribossomos. No RER ou ergastoplasma são vistas rugosidades em suas membranas que possuem forma de sacos, que o fazem ser granuloso. Isso deve-se à presença de ribossomos que realizam a síntese protéica que será exportada, ou seja, enviada para fora da célula. Já no REL não há a presença de ribossomos e seu formato é tubular. Neste último são fabricados lipídeos e substâncias que levam à desentoxicação do organismo. Essas substâncias, tanto do RER quanto do REL serão envoltas e enviadas para o complexo golgiense, que empacotará e lançará para o meio externo o que foi produzido. Com isso, podemos inferir que células secretoras possuem muitos retículos e complexo golgiense. Mitocônderia e Cloroplasto
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A: cloroplasto; B: mitocôndria[/caption]Essas duas organelas são resultado de endossimbiose. Neste caso, anteriormente elas eram bactéria (procarionte heterotrófico) e cianobactéria (procarioto fotossintetizante), respectivamente, que foram fagocitadas, porém não foram digeridas. Ao viver dentro das células hospedeiras, passaram a conferir vantagens a estas, enquanto as células davam-lhe proteção. Conforme o tempo passou, tanto essas células fagocitárias quanto esses procariotos que viviam dentro delas passaram a ter uma interdependência tamanha que não puderam mais viver separadamente. Nesta última fase, elas não são mais consideradas procariotos (ou seja, bactéria e cianobactéria) e sim organelas. Elas funcionam em vias opostas. Enquanto a mitocôndria realiza a quebra da molécula de glicose, através da respiração celular, para que haja o fornecimento de energia para a célula, o cloroplasto forma a molécula de glicose através da fotossíntese.[caption id="" align="aligncenter" width="700" class=" "]
Endossimbiose de mitocôndrias e cloroplastos[/caption] 

