Sabe aquele tema de redação que nós indicamos para você na semana 16 de 2017 sobre As Manifestações de Violência nos Estádios de Futebol Brasileiros? Ele virou um modelo de redação aqui no blog, feito pela monitora Maria Carolina, para você se inspirar e comparar com a sua própria redação.
Quer saber como ficaria uma redação mediana sobre a violência nos estádios de futebol?
Durante o período da Idade Média, os atos de violência eram vinculados a manifestações de imposição e poder. Os jogos entre os gladiadores que lutavam no Coliseu, em Roma, faziam com que o público gostasse de assistir aos combates. No entanto, após séculos de avanço e proteção aos direitos humanos, alguns indivíduos ainda refletem esses traços na competição esportiva, como vista em muitos estádios de futebol.
Em primeiro lugar, a mídia usa de seu poder persuasivo para influenciar os locutores, valoriza o sentimentalismo aos times e pode fazer com que a paixão pelo futebol se converta em um estilo de vida. Assim, os torcedores encaram os jogos como a metáfora “Futebol é guerra” e começam a visualizar o time oposto como um verdadeiro inimigo.
A impunidade dessas ações ostis contribui para o desrespeito contínuo das pessoas que sempre vão acompanhar as partidas de futebol nos estádios e contraria aquilo que é pregado pelo esporte. O Brasil lidera o ranking entre os países que mais contém mortes em estádios de futebol, o que comprova que a segurança nesses lugares é ineficaz e os torcedores que são agredidos sofrem enormes consequências.
A mudança na conduta daqueles que usam a ferocidade é importante. O Brasil poderia se basear em países que se tornaram referência da segurança de estádios de futebol, como é o caso da Inglaterra. Além disso, a mídia e os clubes de esporte podem promover campanhas de conscientização ao público afim de que o reflexo arcaico da Idade Média não seja mais uma influência para os dias atuais e que haja a integração a partir do esporte.
Análise da redação sobre violência nos estádios de futebol
Depois de ler a redação acima, você pode conferir a análise que fizemos sobre cada trecho em relação a violência nos estádios de futebol para, depois, entender como seria a dissertação ideal sobre o tema.
Introdução
Durante o período da Idade Média, os atos de violência eram vinculados a manifestações de imposição e poder. Os jogos entre os gladiadores que lutavam no Coliseu, em Roma, faziam com que o público gostasse de assistir aos combates. No entanto, após séculos de avanço e proteção aos direitos humanos, alguns indivíduos ainda refletem esses traços na competição esportiva, como vista em muitos estádios de futebol.
Comentário:
O parágrafo de introdução apresenta boas ideias, mas pouco valor argumentativo e alguns erros gramaticais. No primeiro período, o verbo vincular, dentro do contexto em questão, deve vir acompanhado da preposição a, e como a palavra posterior é feminina, deve-se promover a crase, junto à concordância para o plural. Na contextualização, é preciso relacionar ao tema proposto, explicando qual a relação entre as lutas no Coliseu e o apreço do público ao assistir, comparando historicamente com os dias atuais. Não se deve esquecer, ainda, de associar a violência nos estádios de futebol brasileiros.
Sugestão de reescritura:
Desde a Idade Média, os atos de violência eram vinculados às manifestações de imposição e poder. Diante deste cenário, os jogos entre os gladiadores que lutavam no Coliseu, em Roma, sucediam ao público a afeição à brutalidade e a justificativa baseada nos valores culturais. No entanto, após séculos de avanço e proteção aos direitos humanos, alguns indivíduos ainda refletem esses traços na competição esportiva, como fazem muitos torcedores brasileiros nos estádios de futebol.
Desenvolvimento 1
Em primeiro lugar, a mídia usa de seu poder persuasivo para influenciar os locutores, valoriza o sentimentalismo aos times e pode fazer com que a paixão pelo futebol se convirta em um estilo de vida. Assim, os torcedores encaram os jogos como a metáfora “Futebol é guerra” e começam a visualizar o time oposto como um verdadeiro inimigo.
Comentário:
É preciso tomar cuidado com as falácias, o que faz com que os argumentos não sejam validados por conterem informações erradas. O candidato diz que a mídia tenta persuadir os locutores, mas na verdade, os interlocutores é que são persuadidos. Além disso, há a conjugação errada do verbo “converter” e é preciso aprofundar a explicação a partir da metáfora apresentada no segundo período. Quais seriam as consequências de encarar o time adversário como um inimigo em potencial? Exemplos e alusões poderiam aumentar o caráter argumentativo.
Sugestão de reescritura:
Em primeiro lugar, a mídia impulsiona a valorização do sentimentalismo aos times e, pode até mesmo ajudar a converter a paixão pelo futebol em um verdadeiro estilo de vida. Neste sentido, os torcedores adotam erroneamente a metáfora conceitual “Futebol é guerra” e encaram as partidas como um combate. Assim, cria-se um nacionalismo imperativo, ou seja, vê-se o time e a torcida adversária como inimigos em potenciais, vide as torcidas organizadas. Essas usam a agressão para representar um tipo de defesa e supremacia de um time sobre o outro.
Desenvolvimento 2
A impunidade dessas ações ostis contribui para o desrespeito contínuo das pessoas que sempre vão acompanhar as partidas de futebol nos estádios e contraria aquilo que é pregado pelo esporte. O Brasil lidera o ranking entre os países que mais contém mortes em estádios de futebol, o que comprova que a segurança nesses lugares é ineficaz e os torcedores que são agredidos sofrem enormes consequências.
Comentário:
Para interligar as orações no texto e retomar ao que já foi apresentado anteriormente, é preciso o uso de um conector para estabelecer uma relação coesiva. Nota-se, ainda, que a palavra “ostil” foi escrita de forma errada, o correto seria hostil e, além disso, é preciso justificar a oração “contraria aquilo que é pregado pelo esporte”: o que seria?
Ao longo do desenvolvimento, percebe-se mais uma vez a falta de conectores e é preciso exemplificar quais são as consequências sofridas pelos torcedores.
Sugestão de reescritura:
Ademais, a impunidade dessas ações hostis favorece o contínuo desrespeito àqueles que vão apenas para apreciar as partidas e, até mesmo, inverte a visão do esporte como método de inclusão social, defendida pelos próprios clubes. Exemplo disso é que o Brasil, segundo o site G1, lidera o ranking entre os países que contém mais mortes em estádios de futebol, o que comprova que a segurança nesses lugares é ineficaz, visto que, muitas vezes, os agressores não são identificados ou recebem leves advertências, enquanto que para as vítimas que sofrem de violência física ou moral, os danos podem ser irreversíveis.
Conclusão
A mudança na conduta daqueles que usam a ferocidade é importante. O Brasil poderia se basear em países que se tornaram referência da segurança de estádios de futebol, como é o caso da Inglaterra. Além disso, a mídia e os clubes de esporte podem promover campanhas de conscientização ao público afim de que o reflexo arcaico da Idade Média não seja mais uma influência para os dias atuais e que haja a integração a partir do esporte.
Comentário:
A conclusão está mediana, pois não apresenta um conectivo de valor semântico conclusivo e, tampouco, o detalhamento de ideias. Ao citar a Inglaterra como país referência no combate à violência nos estádios de futebol, por exemplo, não houve uma justificativa plausível ou a apresentação das medidas utilizadas para combater as manifestações violentas nos estádios. Ademais, há um erro de uso em “afim de”, que indica afinidade, mas o correto nesse contexto deveria ser “a fim de”, que indica finalidade. No último período, seria interessante apresentar uma oração de impacto e que trouxesse as consequências das propostas apresentadas.
Sugestão de reescritura:
É imprescindível, portanto, a mudança na conduta daqueles que usam a ferocidade para se imporem diante de outros times. Para isso, o Brasil poderia se basear em países com referência em segurança nos estádios, como a Inglaterra; que sofreu ataques segregacionistas e repressivos de grupos chamados “Hooligans” e, para combatê-los, fez o cadastramento de torcedores, o uso de reforço policial e expulsão temporária aos que desviarem da pacificidade entre os jogos. A mídia e os clubes podem promover campanhas de conscientização ao público, a fim de que o reflexo arcaico da Idade Média se converta em um coletivismo ético e que auxilie a integração social do esporte.
Redação exemplar sobre a violência nos estádios de futebol
Desde a Idade Média, os atos de violência eram vinculados às manifestações de imposição e poder. Diante deste cenário, os jogos entre os gladiadores que lutavam no Coliseu, em Roma, sucediam ao público a afeição à brutalidade e a justificativa baseada nos valores culturais. No entanto, após séculos de avanço e proteção aos direitos humanos, alguns indivíduos ainda refletem esses traços na competição esportiva, como fazem muitos torcedores brasileiros nos estádios de futebol.
Em primeiro lugar, a mídia impulsiona a valorização do sentimentalismo aos times e, pode até mesmo ajudar a converter a paixão pelo futebol em um verdadeiro estilo de vida. Neste sentido, os torcedores adotam erroneamente a metáfora conceitual “Futebol é guerra” e encaram as partidas como um combate. Assim, cria-se um nacionalismo imperativo, ou seja, vê-se o time e a torcida adversária como inimigos em potenciais, vide as torcidas organizadas. Essas usam a agressão para representar um tipo de defesa e supremacia de um time sobre o outro.
Ademais, a impunidade dessas ações hostis favorece o contínuo desrespeito àqueles que vão apenas para apreciar as partidas e, até mesmo, inverte a visão do esporte como método de inclusão social, defendida pelos próprios clubes. Exemplo disso é que o Brasil lidera o ranking entre os países que contém mais mortes em estádios de futebol, o que comprova que a segurança nesses lugares é ineficaz, visto que, muitas vezes, os agressores não são identificados ou recebem leves advertências, enquanto que para as vítimas que sofrem de violência física ou moral, os danos podem ser irreversíveis.
É imprescindível, portanto, a mudança na conduta daqueles que usam a ferocidade para se imporem diante de outros times. Para isso, o Brasil poderia se basear em países com referência em segurança nos estádios, como a Inglaterra; que sofreu ataques segregacionistas e repressivos de grupos chamados “Hooligans” e, para combatê-los, fez o cadastramento de torcedores, o uso de reforço policial e expulsão temporária aos que desviarem da pacificidade entre os jogos. A mídia e os clubes podem promover campanhas de conscientização ao público, a fim de que o reflexo arcaico da Idade Média se converta em um coletivismo ético e que auxilie a integração social do esporte.
Com essa redação exemplar sobre a violência nos estádios de futebol, você pode se preparar caso esse seja o assunto da próxima redação do ENEM ou outros vestibulares. Continue acompanhando o blog da Descomplica e conheça outros modelos de redação, além da violência nos estádios de futebol!