O Massacre da Praça da Paz Celestial (conhecido como o Massacre de 4 de Junho) envolveu uma série de levantes liderados por estudantes na China, que ocorreram entre os dias 15 de abril e 4 de junho de 1989, época de grandes transformações no país.
Como esse é um conteúdo que pode aparecer na prova de história, vale muito a pena revisá-lo, viu?
Por isso, vamos apresentar uma revisão com os pontos principais deste marco histórico. Além disso, ao fim do artigo, você pode resolver algumas questões pra memorizar e praticar o conteúdo. Bora lá?
O que foi o massacre da Praça da Paz Celestial?
Como já dissemos, o massacre da Praça da Paz Celestial envolveu um conjunto de manifestações em Pequim, na China. Os manifestantes eram estudantes universitários e trabalhadores que reivindicavam maior liberdade política.
A repressão do governo para dissolver o movimento se intensificou, gerando a célebre atitude de um jovem impedindo a passagem de um tanque. O governo chinês reprimiu os manifestantes com armas e tanques, causando a morte de vários cidadãos.
É desconhecido o número exato de mortos e feridos. Até o momento, o governo do país reconheceu a morte de centenas de pessoas e o tema é proibido na sociedade chinesa.
Mas por que as manifestações aconteceram?
A China adotou o regime de socialismo de mercado, uma economia aberta ao capital estrageiro. Entretanto, politicamente, mantinha as características do socialismo. Os jovens chineses questionavam o modelo e protestaram por algumas causas, como:
- Liberdade de opinião e imprensa;
- Fim da censura;
- Eleições livres e diretas;
- Pluripartidarismo;
- Maior liberdade política.
Contexto histórico
No final do século XX, vários governos socialistas passaram por questionamentos e crises. Sendo assim, a maioria dos países do bloco socialista entraram em colapso e poucos regimes sobreviveram.
Um deles foi a China, país comunista desde 1949, com adaptações em sua política e economia. Vale ressaltar a participação de Deng Xiaoping, como um dos líderes chineses nos anos 1970.
Zonas Econômicas Especiais
Ao longo da década de 1970, a China passou a investir em sua abertura econômica. Uma das principais estratégias foi a criação das Zonas Econômicas Especiais (ZEEs). O objetivo era viabilizar a economia capitalista do país.
Portanto, as zonas se desenvolveram utilizando mão de obra barata, pra produzir roupas, brinquedos e calçados. Em seguida, começaram a produzir eletrônicos e automóveis.
Assim, a China se abriu ao capital estrangeiro. As ZEEs contam com legislação mais flexível e isenção de impostos. As principais zonas estão localizadas em Shenzhen, Zhuhai, Shantou, Xiamen e província de Hainan.
Desse modo, a China passou a investir na abertura da sociedade e economia. Porém, ainda existe o controle da mídia e da influência cultural externa.
As greves e a reação do governo
Ao longo da década de 1980, Hu Yaobang, um político com ideias reformistas, era líder do Partido Comunista. Em abril de 1989, ele morre e, durante o seu funeral, os estudantes se reúnem na Praça da Paz Celestial, com o objetivo de obter mais liberdade política.
Contudo, não são ouvidos pelas autoridades e iniciam greves em Pequim. Outros setores da sociedade, como operários e camponeses também aderem ao movimento, com objetivo de conquistar melhorias nas condições de vida e liberdade de expressão.
Poucos dias depois, em 20 de maio, é decretada a lei marcial na China. Assim, o governo interfere nos protestos de forma violenta. O evento foi televisionado por emissoras ocidentais, sendo comentado ao redor do mundo até hoje.
Lista de exercícios sobre o massacre da Praça da Paz Celestial
Agora que você já sabe os principais pontos desse evento histórico, vamos praticar? Confira a nossa lista de exercícios!
1.(MACKENZIE – 2011)
O dissidente chinês Liu Xiaobo obteve, nesta sexta-feira, o Prêmio Nobel da Paz 2010, devido ao uso da não-violência na defesa dos direitos humanos, no seu país natal. A China reagiu duramente, qualificando a decisão de uma “blasfêmia” ao próprio prêmio (Folha de S. Paulo, 08/10/2010).
A conquista do Prêmio Nobel pelo ativista chinês, que participou das manifestações ocorridas na Praça da Paz Celestial, em Pequim, e duramente reprimidas pelo governo em 1989, deixam claras as contradições com as quais a China se depara no início do século XXI, porque:
I. a abertura econômica, a partir de 1978, acabou com o coletivismo dos tempos maoístas e foi responsável pelo crescimento do PIB chinês, favorecido pelos investimentos estrangeiros no país.
II. ao assumir o governo, Deng Xiaoping combinou abertura econômica com totalitarismo político e, mesmo constatando o crescimento desigual no interior da China, tem resolvido os impasses políticos por meio de negociações pacíficas.
III. o paradoxo entre o totalitarismo político e adoção de liberdade de mercado na China tem desgastado as instituições de poder, que recorrem ao exercício da força para conservar o poder diante de um país influenciado pela economia de mercado.
É correto afirmar que:
- Somente I está correta.
- Somente II está correta.
- Somente I e II estão corretas.
- Somente I e III estão corretas.
- I, II e III estão corretas.
2.(PUC – RS – 2013)
Com a morte de Mao Tse-Tung, em 1976, a China, sob governantes como Hua Guofeng, Deng Xiaoping e Jiang Zemin, sucessivamente, passa a desenvolver um extenso programa de reformas econômicas, que se aprofundaria, embora enfrentando fases de recuos parciais, ao longo dos anos 1980 e 1990. Dentre os principais aspectos dessas reformas, é correto citar:
- a extinção da propriedade privada na agricultura.
- o fortalecimento dos empregos vitalícios no funcionalismo público.
- o fechamento definitivo da bolsa de valores.
- a abertura ao comércio internacional.
- o desestímulo oficial ao conceito de lucro nas empresas.
- Gabarito: D.
- Gabarito: D.
Bora continuar estudando?
Que bom que você revisou e concluiu os exercícios sobre o massacre da Praça da Paz Celestial. Agora, que tal continuar revisando os conteúdos pras suas provas de História? Ainda há muito a aprender sobre o final do século XX, as crises do socialismo, entre outros temas.
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