Provavelmente você já estudou bastante Revolução Russa, o surgimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e também Guerra Fria, mas e o fim da URSS? Você sabe como rolou?
A desintegração da União Soviética é um assunto super cobrado no vestibular e que envolve vários fatores, então é preciso prestar bastante atenção e estudar bem para saber explicar cada um deles! Para você chegar lá, desenhamos um mapa mental para você entender tudo sobre o fim da URSS:
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Para estudar a fundo cada aspecto da desintegração da URSS, confira agora nosso resumo completão e, após entender tudo da teoria, parta para a prática com a nossa lista de exercícios:
Resumo
A Guerra Fria durou exatamente 46 anos. Em 1945, os Estados Unidos lançaram bombas nucleares nas cidades de Hiroshima e Nagasaki anunciando para o Mundo o seu poderia militar e bélico. Na verdade, a demonstração de força foi direcionada a uma nação: a URSS.
Tanto Estados Unidos quanto União Soviética saíram fortalecidos após o término da Segunda Guerra Mundial, tornando-se as duas maiores potências no globo. Os EUA defendiam o liberalismo e a democracia, enquanto a URSS vivia uma ditadura socialista. Começava a bipolaridade política e econômica que afetaria diversos acontecimentos desde o final da década de 1940 até o princípio de 1990. A Guerra Fria terminou em 1991, quando a União Soviética se desintegrou.
A desestruturação do socialismo soviético
No início da década de 1980, Leonid Brejnev deixou o cargo para a sucessão de Yuri Andropov e Konstantin Chernenko no governo da URSS. Os governos de Andropov e Chernenko agravaram ainda mais a situação da economia soviética e, com o aumento das guerras na década de 1970, a URSS precisou acelerar ainda mais sua produção bélica para acompanhar os Estados Unidos.
A corrida armamentista fez com que o governo soviético gastasse um capital que serviria para melhorar os índices sociais de sua nação, levando o país a uma forte crise econômica e social na década de 1980. As petrolíferas, sem investimentos estatais, já não produziam o suficiente para as indústrias do país. O ramo energético ficou sucateado, como podemos ver no desastre ocorrido em Chernobyl no ano de 1986. A burocratização do governo tornou o país mais engessado e atrasado na política, na economia e nos aspectos sociais. Era necessário caminhar para uma mudança.
O governo de Mikhail Gorbachev
Logo quando assumiu, em 1985, Mikhail Gorbachev anunciou duas mudanças importantes para a URSS: a Glasnost e a Perestroika. A Glasnost significa “transparência política”, ou seja, a URSS passaria por uma modificação em seu regime político: o socialismo baseado na ditadura leninista-stalinista se transformaria, com base nos princípios democráticos, como eleições e pluripartidarismo. Já a Perestroika, “reestruturação econômica”, tinha por finalidade recuperar a economia soviética. Gorbachev anunciou uma menor participação gradativa do Estado na economia soviética, tendendo, portanto, a uma “economia de mercado”, com aumento das privatizações e abertura para o capital estrangeiro.
Tais medidas anunciadas por Mikhail Gorbachev iniciaram uma onda de críticas muito fortes de setores conservadores do Partido Comunista, que queria preservar o regime socialista. Em contrapartida, a sociedade enxergou as medidas de Gorbachev como uma brecha para pressionar o fim da URSS.
Queda do Muro de Berlim
A partir de Novembro de 1989, a Guerra Fria começaria a contar seus dias até o sua conclusão. Na capital da Alemanha, Berlim, uma série de jovens e manifestantes saíram as ruas com ferramentas e marretas para demolir o muro que separava a cidade.
A queda do muro de Berlim é um marco simbólico do fim da Guerra Fria e a extinção da bipolaridade mundial. A URSS não resistiria por muito mais tempo, e uma série de revoltas e movimentos separatistas começaram a se espalhar pelo Leste Europeu. Na Tchecoslováquia, o líder Alexander Dubcek liderou a Revolução de Veludo e conseguiu assumir o governo decretando a sua separação do socialismo soviético. Na Romênia, a população saiu às ruas para tirar o líder comunista Nicolae Ceaucescu do poder. Letônia, Lituânia e Estônia declaravam-se independentes do regime socialista soviético.
O fim da URSS, o fim da Guerra Fria
As propostas modernizantes de Mikhail Gorbachev levaram a uma ruptura política no Partido Comunista da União Soviética. Alas mais conservadores ligadas aos militares e a políticos no governo faziam forte oposição à abertura política e econômica. Todavia, liberais liderados por Boris Ieltsin defendiam a continuidade das mudanças anunciadas por Mikhail Gorbachev e pretendiam aprofundar as reformas com a ampliação da economia de mercado e a privatização do setor industrial. Um grupo de militares receosos com o futuro da URSS nas mãos de liberais tentou dar um golpe político.
O golpe militar fracassou e abriu portas para que os liberais tomassem o poder logo em 1991. Gorbachev renunciou e Boris Ieltsin liderou o processo de reestruturação da antiga URSS, agora Rússia. Temendo maiores agitações políticas na Rússia, as nações que compunham a antiga União Soviética começaram a exigir a independência. Tão logo Letônia, Estônia e Lituânia foram os primeiros países a se separarem e o processo de desmantelamento da antiga URSS concretizou o fim da ordem bipolar mundial.